segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

CADÊ OS GALÃS MÁSCULOS DE ANTIGAMENTE?

Pode me chamar de nostálgica, mas adoro os grandes astros dos anos glamourosos de Hollywood e, como minha mãe dizia, os galãs da Metro. E, ao ver na entrega do Oscar, pelo TNT, dois vikings - um, vivíssimo, aos 94 anos, e outro, apenas uma foto no telão, porque se foi, em 2010 - chorei. Kirk Douglas e Tony Curtis. Tão belos quanto envolventes, eles mexeram com imaginário feminino de algumas gerações. Galãs como já não se fazem mais. Virilidade, força, caráter, espírito de aventura, uma certa dose de humor quando necessária, beijos redundantemente cinematográficos, enfim, inspirações de sonhos e desejos! Eles representaram tudo isso e muito mais.
Acho que o estereótipo do mocinho - ou mesmo do vilão - mudou, de algum tempo pra cá. Principalmente as mais jovens têm preferido no cinema homens com um quê de fragilidade, aparência anêmica - às vezes, até meio feminina -, com excesso de sensibilidade, e com quem podem discutir a relação milhares de vezes, sem chegar a lugar algum. Nada de paixão enlouquecedora, incandescente, do homem que sabe arrebatar uma mulher, que dá segurança, que luta contra os piratas por ela, e a trata como princesa. Tudo muito insípido e complicado. Relacionamentos difíceis e sem fôlego. Sem capa e espada, sem vikings, sem spartacus, sem príncipe árabe, e sem quanto mais quente melhor...

sábado, 26 de fevereiro de 2011

TUDO DE FORA NO BBB11

 

Intimidade é uma... tristeza! Tudo bem que quem paga pay-per-view do BBB 11 quer ver detalhes do que acontece na casa mais devassada do Brasil. Mas, 10 minutos de Diogo raspando as pernas, a virilha e partes pudendas, antes da festa, que está prestes a começar, é dose! O que venho reparando nessas últimas edições é o excesso de exposição dos participantes (é, ainda há espaço pra se expor mais!!!). Sem medo de ser feliz, cada um dá o seu melhor. Seios à mostra já não causam surpresa. Agora há pouco,  no quarto dos doces, Mau Mau colocou um tubo de balas dentro da braguilha, simulou um strip tease e, quando Maria entrou, colocou o tubinho pra fora. "Fininho desse jeito! Não quero, não! Deixo pra quem quiser!", gritou a seletiva moça. Logo depois, Jaqueline chamou Maria e Paulinha para baixo do edredom, e mostrou sua calcinha "diferente". No pulo que deu na cama de Jaque, a atriz paulista mostrou mais do que devia. "Maria! Cuidado. Deu pra ver que você está sem calcinha!", comentou a contida Diana. Tudo isso, enquanto Talula tirava o biquíni, colocava blusa e minissaia, comentando que ia ficar sem nada por baixo, até chegar a roupa da festa. Bom, tudo isso e muito mais na intimidade dos BBBs, que, sem ser pudica, poderia ser um pouquinho mais velada.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

MACHISMO DE MAU MAU CASTIGA MARIA

Uma das coisas que mais detesto na vida é humilhação. Em qualquer situação, por qualquer pessoa, por qualquer motivo. Assim, não consigo deixar de sofrer ao acompanhar o dia a dia da Maria, do BBB11. Acredito que ela deva ter passado por problemas muito sérios na infância e na adolescência para chegar a essa falta de amor próprio que demonstra agora. Na festa da madrugada de quinta, ela chegou ao cúmulo de implorar, repetidas vezes, que Mau Mau ficasse com ela "só por hoje". E a angústia pelos "nãos", também repetidos, era tanta, que Maria foi ao fundo do poço: "Só por hoje mesmo! Juro! Em nome do meu pai, que já morreu!". Uma dependente química em tratamento às avessas, suplicando por apenas 24 horas da sua droga: carinho à base de humilhação. E Mau Mau fazendo a linha gostosão-que-não-quer-perder-a-presa, deixava a moça suplicar e... ria! Eu acho que, nos dias em que passou fora da casa, ele ficou sabendo sobre os vídeos, sites e fotos pornôs feitos por Maria. Só isso justificaria a mudança de comportamento em relação a ela, já que a história com Wesley ficou bem esclarecida, logo de cara. Estaria Mau Mau castigando Maria, levando o machismo às últimas consequências, por ela fazer trabalhos que a sociedade ainda vê com maus olhos? Claro que a sister não deveria se humilhar daquela forma, mas isso só muitos anos de análise pra resolver. Certo é que de bonzinho Mau Mau não tem nada. Duvido que na hora em que precisar despachar definitivamente a sofrida Maria, ele vá usar a tal nobreza que tanto prega...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Não tem casa do terror que levante o BBB 11

Entra-e-sai de participantes, paredões extras, casa de vidro... Quando se imaginava que a direção do BBB 11 já havia apelado para quase tudo, eis que surge o quarto do terror, mais uma tentativa desesperada de roubar a atenção do telespectador e recuperar a audiência perdida. O diretor Boninho está se esforçando para tornar o programa mais atraente, mas o problema é mais embaixo. Ou melhor, está dentro da própria casa: os participantes são, de longe, os piores hóspedes da história do reality. Fracos, limitados, sem carisma. E de quem é a culpa? Da produção, claro, que selecionou mal. Não é à toa que até agora o programa não tem um favorito.
Quem tem atraído algum tipo de simpatia é Daniel, que fica divertidíssimo (e desbocado!) quando exagera na bebida durante as festas. O pernambucano, que também gosta de uma fofoca, parece ter sido o único a perceber o perigo que representa Diogo, um baiano que se acha o mais engraçado, amigo e autêntico da casa. O Gago, no entanto, não consegue sustentar seu marketing pessoal fajuto quando é confrontado. No jogo, sua estratégia é a intimidação. Numa discussão, grita, xinga, ofende, como fez com Paulinha. Também mente, ouve aqui e reproduz ali, sempre dando sua versão distorcida dos fatos. Presunçoso - e preguiçoso, porque não faz nada na casa -, o baiano já decretou até quem são os três finalistas: ele; Rodrigão, uma samambaia infiltrada na casa, uma "natureza morta" que se escora na beleza e só se preocupa com o cabelo, e Maurício, o Mau-Mau, um tipinho arrogante que julga saber tudo só porque saiu e depois voltou ao jogo. Só não dá para entender por que ninguém vota nesse gago.

Teatrinho constrangedor nos jogos de futebol

Que a Globo tem uma produção de dramaturgia de primeiro mundo, isso não se discute. O problema é quando a emissora tenta "inovar" e levar essa excelência a outros campos da programação. Estou falando do Paixão de Torcedor, uma série de esquetes exibida durante as transmissões dos jogos de futebol. As histórias mostram situações pretensamente engraçadas com torcedores, mas são inacreditavelmente bobas, sem graça nehuma. Algumas chegam a ser constrangedoras. Pobre do narrador Luis Roberto, que deve se sentir obrigado a rir, por educação, depois de apresentá-las. A esquete de domingo passado (dia 20/02), envolvendo Flamengo x Botafogo, não foi das piores - teve até a participação da "voz marcante" de Léo Batista -, mas deixou claro, mais uma vez, que esse tipo de "novidade" não pega entre os boleiros. Vamos combinar: quem acompanha futebol não quer ver teatrinho amador, com ares de besteirol, feito por atores desconhecidos. Para a galera, artistas mesmo são os jogadores, e a única coisa que importa é bola na rede, de preferência com a vitória de seu time ao fim da partida. Só nos resta torcer para que a Globo se redima desse "gol contra" e volte logo com o quadro que resgatava imagens de arquivo de jogos antigos. Aquilo, sim, era um golaço.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Torcida do América só comemora na novela das nove


Qual a probabilidade de um casal se juntar por ter em comum a paixão pelo América? Só mesmo em novela, caso de Carol (Camila Pitanga) e André (Lázaro Ramos), em Insensato Coração. No sábado, foi exibida a cena em que os dois torcem pelo Mequinha na arquibancada do Engenhão. A sequência ficou um tanto fake com um punhado de figurantes usando camisas vermelhas. Isto sem falar que, quando a câmera fechava nos atores, parecia que estavam em estúdio, e não num estádio. Mas o pior foi uma infeliz coincidência, um desastre que a produção não podia prever. Na trama, o time rubro venceu o adversário em um amistoso – e Carol e André comemoraram depois transando dentro do carro. Só que no mesmo dia, horas antes, o América levara uma goleada histórica do Vasco por 9 a 0, pela última rodada da Taça Guanabara. A paixão pelo Mequinha foi um interessante recurso dramatúrgico para aproximar dois personagens que buscavam alguma afinidade. Mas faltou combinar com o time cruzmaltino que não era para esculachar o Mequinha no dia em que receberia a homenagem. Pobre torcida americana, que só tem motivo para festejar na ficção.

Elenco de Ti-ti-ti paga mico com Xuxa


Que Ti-ti-ti tem resvalado no humor pastelão, todo mundo já viu. Mas, neste sábado, a novela das sete chegou ao ápice da comicidade a qualquer custo com a participação de Xuxa. A loura apareceu na festa de aniversário de Jaqueline (Claudia Raia), que desde o primeiro capítulo deixou claro sua idolatria pela outrora Rainha dos Baixinhos. Se foi engraçado? Depende do ponto de vista. Deu para rir, sim, pelo mico que o elenco inteiro pagou ao cantar e dançar 'Ilariê' como se fosse um bando de paquitas desengonçadas da apresentadora. Muita vergonha alheia! Xuxa não parecia estar muito à vontade com a “homenagem”, acho até que ela chegou a dar uma olhadinha para a câmera – pecado imperdoável para quem faz televisão há tempos. Vale ressaltar, digamos, o desprendimento de Claudia Raia, que se jogou na cena sem medo do ridículo. Mas que foi um micaço histórico, isso foi!