domingo, 31 de julho de 2011

Será que Datena vale quanto pesa?

Esse vai-e-vém de Datena já virou brincadeira. Menos de dois meses depois de sair da Band, ele deixa a Record e volta para a antiga emissora. Para rescindir o contrato, o apresentador alega que estava sendo censurado na TV do bispo Macedo e que a pauta do Cidade Alerta tinha que ser aprovada antes pela direção de jornalismo. Não podia falar de temas religiosos nem noticiar violência contra homossexuais. OK, ele tem todo o direito de se rebelar contra a mordaça imposta pela Record. Mas só uma pergunta: será que Datena não pensou nisso quando assinou contrato? Ele já trabalhou lá e devia saber que quem não reza pela cartilha do bispo não tem muito futuro na igreja... ops!, na casa.
Se a volta para a Band for realmente confirmada, para reassumir o Brasil Urgente no próximo dia 8 de agosto, Datena ainda enfrentará uma dura batalha jurídica para o pagamento de uma indenização milionária por essa nova rescisão com a Record - a primeira foi em 2002. Os dois processos podem chegar a R$ 25 milhões. Será que o apresentador e a Band têm esse cacife? O apresentador é cobiçado pelas emissoras e dono de um estilo que garante audiência a programas policiais, mas custa muito caro quando resolve mudar de ares. O preço que se paga em cada troca-troca de canal é muito alto. Será que Datena vale quanto pesa? Outro detalhe: quem garante agora que ele não vai continuar reclamando ao vivo da equipe, do programa, de falhas técnicas e da própria Band, exatamente como fazia antes? Já estão abertas as apostas para a próxima rescisão do apresentador.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Mostrar homofobia pode; romance gay não pode

O veto da Globo às cenas do casal homossexual Eduardo (Rodrigo Andrade) e Hugo (Marcos Damigo) vai comprometer a história dos personagens em 'Insensato Coração'. Está proibido qualquer referência ao namoro dos dois, apesar de o público já ter visto o início do romance. Não se pode falar nem a palavra "namorado", por isso alguns diálogos foram refeitos. Pelo menos 10 cenas foram jogadas no lixo, porque mostravam os dois em situação romântica. Numa das sequências consideradas mais ousadas pela cúpula da emissora, Sueli (Louise Cardoso) levava o café da manhã no quarto para os pombinhos. Com isso, Eduardo e Hugo praticamente deixam de existir como casal. É censura ou não? Mas, apesar do retrocesso, a campanha contra a homofobia está de pé, com as cenas da surra de pitboys em Xicão (Wendell Bendelack) e a morte por espancamento de Gilvan (Miguel Roncato). Resumindo: mostrar cenas de violência contra homossexuais pode, mas romance gay não pode!

sábado, 16 de julho de 2011

UMA VEZ ODETE, SEMPRE ODETE

Madrugada de sexta, 15. Amaury Jr pergunta a Beatriz Segall o que achou da reprise de Vale Tudo, cujo último capítulo estava indo ao ar naquele dia. "Termina hoje? Não sabia. Não acompanho", disparou a atriz, conhecida pelo seu bom humor. E continuou: "A Odete não foi a primeira vilã que fiz. A primeira foi a Lourdes Mesquita, em Água Viva". Amaury insistia, mas ela refutava: "Cheguei a dar uma olhadinha e havia cenas que, absolutamente, não me lembrava". Mas o apresentador queria elogios à megera de Vale Tudo. Beatriz puxou pela memória: "Odete Roitman era muito querida pelo público, que adorava as bobagens que ela dizia. Bobagens, não, que ela só dizia verdades". E veio com uma nova tese para o final da vilã: "O castigo dela não foi morrer. O grande castigo foi ter se apaixonado pelo César. O, o,o... Como é mesmo?". Foi socorrida pela réporter Laura Wie: "Riccelli!".
 Aos 85 anos, Beatriz continua vaidosa, não apenas pelo excesso de botox. "Nunca mais houve uma conjuminação de qualidades como houve naquela novela". Cortou a possível pergunta da repórter Maria Cândida, que começou dizendo que havia lido em vários lugares que a atriz rejeitava Odete por ter ficado estigmatizada: "Não fiquei estigmatizada coisa nenhuma. Nunca falei isso". E quando Amaury, olhando sua ficha, quis lembrá-la sobre um determinado trabalho, Beatriz "odetizou": "Se eu quiser, pergunto pra você". Chamando vendedor de loja de caixeiro, e taxista de chofer, a atriz queixou-se "dessas meninas e desses rapazinhos que fazem 15 dias de televisão, e já viram celebridades". E soltou um suspiro de alívio, quando Maria Cândida disse: "Mas vamos falar da sua peça!". "Claro. Vim aqui pra isso", esclareceu aos fãs de Odete, que esperaram, em vão, histórias e bastidores de Vale Tudo.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Cenas de nudez fazem O Astro ferver

O bumbum de Thiago Fragoso ainda está dando o que falar. Graças aos atributos físicos, o ator, um dos protagonistas da novela O Astro, virou um dos assuntos mais comentados do Twitter. A cena em que seu personagem, Márcio Hayalla, tira a roupa e anda nu no meio dos convidados teve grande carga dramática, mas... quem viu a cena original com Tony Ramos, em 1977, não tem como evitar comparações. O segundo capítulo também chamou a atenção pela seminudez de Guilhermina Guinle, a Beatriz, que apareceu com os seios de fora numa cena de transa com Marco Ricca, o Samir. Até agora, a novela tem mantido o clima quente, com cenas picantes. Escorados no argumento de que o horário das 23h permite mais ousadia, os autores Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro estão caprichando nas cenas de nudez. Tomara que eles consigam dosar a sensualidade para não resvalar na apelação.

Thiago Fragoso ficou surpreso com a repercussão da cena em que ficou pelado. Confira o que ele disse ao blog:

Como foi fazer a cena de nudez no meio da festa? Teve dificuldade ou vergonha de se despir diante de uma plateia?
Me preparei muito pra fazer essa cena. Ela tinha uma carga emocional fora do comum, além disso eram duas páginas de monólogo. Posso garantir que ficar nu foi o de menos. Nem percebi as quase cem pessoas, entre atores e figuração que estavam ali. O meu foco era a relação Salomão Hayalla e Marcio Hayalla. Foi uma catarse criativa, uma cena que vai ficar marcada na minha vida.

Como se sente fazendo um personagem tão conhecido e que foi interpretado por Tony Ramos?
Sou fã do Tony Ramos como profissional e como pessoa. Acho que esse personagem é uma grande oportunidade, um desafio maravilhoso. Tenho liberdade criativa total em relação ao Márcio. A novela foi ao ar há muito anos e a nossa abordagem é outra.

Você viu alguma cena da primeira versão? Conversou com Tony?
Vi algumas coisas pelo YouTube por curiosidade. Queria ver o Tony no início da carreira, me emocionar com ele, mas a minha composição não tem nenhuma ligação com a do Tony. Não conversei com ele, mas adoraria saber o que ele está achando do meu trabalho. Tenho feito tudo com muito carinho e dedicação.

Por causa da cena do bumbum, seu nome foi parar no topo dos assuntos mais comentados do Twitter mundial. O que achou dessa repercussão toda?
Fiquei sabendo, mas nunca poderia imaginar esse barulho todo em função do meu trabalho. Sou um cara plugado na tecnologia e tento ler sempre as mensagens que recebo. Quando possível, respondo... Muita gente se comunicou comigo pelo meu twitter (@fragosothiago).

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O (DES)ASTRO

Sabem o que se salvou no primeiro capítulo de O Astro? The Commodors, Barry White e Donna Summer. Afinal, em que época se passa a trama ou será mais uma dessas que deixa o telespectador dessituado? Músicas dos anos 70, cabelo da Regina Duarte fica entre os 60 e 70 (uma coisa meio Ao Mestre Com Carinho), o modelito da Carolina Ferraz não poderia ser mais feio, Daniel Filho - pra variar - um tom acima. Com o turbante e olhos muito pintados de preto, Rodrigo Lombardi estava mais pro indiano Raj do que para o Herculano. Parecia que a qualquer minuto ia começar aquela dancinha do pescoço. Henri Castelli não convenceu como o sedutor Felipe. E o coitado do Thiago Fragoso? Recebeu um papel forte, denso, mas de muita sensibilidade, interpretado incrivelmente por Tony Ramos. Impossível não compará-los. Saudades de Cuoco, o verdadeiro Astro. Será que amanhã melhora? (SM/PRM)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

HOMOFOBIA NO PÂNICO


Em tempos de campanha contra a homofobia, nota zero para o Pânico na TV. A transexual Ariadna, ex-BBB 11, fez uma participação especial no programa e mais parecia um peixe para ser observado num aquário. Como se não bastasse a morena não ficar ao lado das panicats, e sim num canto do palco, fizeram-na participar do quadro Afogando o Ganso, com participantes homossexuais, para que ela reencontrasse o velho "amigo" Marcelo Bolinha, diretor de externas. Constrangido, ele se afastou dela e deixou Marcos Chiesa, o Bola, comandando o quadro. Todas as vezes que Ariadna se aproximava, Bolinha a repelia. Mas o pior aconteceu no palco, no final do programa. Em mais uma situação vexatória, tentaram fazer com que a modelo e o diretor relembrassem o passado e se beijassem. Mais uma vez, ele a rejeitou ostensivamente. Quando Emilio Surita viu que não conseguiria colocar no ar o tão esperado beijo, despediu-se da moça, com a plateia aos gritos de "selinho, selinho!". O apresentador atendeu aos pedidos. Do nada, todo o elenco do programa começou a pular, gritar e dar parabéns a ele pelo feito, como se fosse um extremo ato de coragem dar um selinho num transexual. Humilhação em todos os sentidos.

domingo, 10 de julho de 2011

Novela desperta mais interesse do que a Seleção


O alerta foi dado por Tiago Leifert: Neymar está jogando mal na Seleção Brasileira porque não está assistindo à Insensato Coração na Argentina, onde a trama da Globo não é exibida. Será que o jovem craque, viciado em novela, estaria sofrendo uma crise de abstinência? No Central da Copa deste sábado, após o suado empate do Brasil com o Paraguai, o papo sobre o folhetim pareceu ser mais interessante do que o futebolzinnho muquirana do time de Mano Menezes. Até porque, entre os convidados, estava o ator Eriberto Leão, o Pedro da trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares - outra presença ilustre era Paulinho Vilhena, de Morde & Assopra. "Como é ser protagonista?", quis saber Tiago. "Novela é que nem Seleção, todo mundo se intromete", comparou Eriberto. Na falta de coisa melhor do Brasil para mostrar, o apresentador engraçadinho insistiu em saber o final da história. O galã, que falou de futebol com autoridade de "professor", escondeu o jogo: "Tem muita coisa pra acontecer". Pelo visto, Eriberto deve ter se inspirado em entrevistas de boleiros, que pouca coisa têm a dizer de útil após as partidas. Mas o ator e o apresentador deram ideia para uma campanha: "deixem o Neymar assistir à novela". Quem sabe o craque reencontre seu bom futebol - e o caminho para o gol - se voltar a acompanhar a vingança de Norma (Gloria Pires) contra Léo (Gabriel Braga Nunes), o romance vai-e-vem de Pedro e Marina (Paola Oliveira), as loucuras de Natalie (Deborah Secco)... Libera aí, Mano!

CALA BOCA GALVÃO - Já virou tradição na Globo mostrar as faixas que os torcedores levam para o estádio. Não foi diferente no intervalo do jogo Brasil e Paraguai. Galvão Bueno mostrou - e leu - várias mensagens de brasileiros que queriam aparecer. Mas uma das faixas o narrador viu, mas preferiu ignorar. Calou-se. Dizia: "Galvão, não cala a boca, não. Sem você não tem emoção". Na Copa da África do Sul, Galvão foi alvo de campanha mundial no Twitter para falar menos durante os jogos.

BANHO DE LOJA - Galvão também é personal stylist. Ao ver o comentarista Caio Ribeiro vestindo uma camisa polo, o narrador achou estranho e pediu que Tiago Leifert arrumasse um paletó para o colega. Leifert prometeu que daria um banho de loja no comentarista. Quando o Central da Copa começou, Caio já usava uma jaqueta. Desse jeito, Galvão tira o emprego da figurinista da Globo...

sábado, 9 de julho de 2011

O reencontro emocionante de Júnior com o algoz do Fla

Não sei se Angélica entende de futebol, nem se torce pelo Flamengo. Mas a apresentadora do Estrelas marcou um belo gol ao fazer uma entrevista com Júnior, ex-jogador rubro-negro e comentarista esportivo da Globo, no Estádio Nacional de Santiago, no Chile, onde o Mengão disputou o segundo jogo das finais da Libertadores de 1981 contra o Cobreloa. A partida foi uma guerra. Zico foi caçado em campo. Adílio sofreu um corte no rosto. Lico saiu com olho roxo. Júnior, caído, levou pisão na perna. Um zagueiro chileno foi apontado como o principal vilão: o botinudo Mario Souto. Trinta anos depois, o ex-lateral esquerdo do Fla contava a Angélica detalhes e lances daquele jogo violento quando um senhor grisalho e barrigudo entrou em campo. Para surpresa do Maestro, era o algoz do rubro-negro. Souto abraçou e reverenciou Júnior como grande jogador, mas disse que, na época da decisão, eram todos iguais dentro das quatro linhas. De aparência frágil e educado, ele nem parecia aquele beque desleal que distribuiu socos e pontapés nos rubro-negros. O encontro foi emocionante - Júnior chegou a esfregar as mãos nos olhos pra conter as lágrimas. Evitando as rixas do passado, Souto negou a acusação de que usara uma pedra ou um objeto cortante, escondido nas mãos, para ferir os craques do Fla. Não convenceu muito. Mas o ex-zagueiro tem razão numa coisa: acabou, isso é passado! Até porque essa história teve um final em vermelho e preto, com o Mengão vencendo o terceiro jogo e sagrando-se campeão das Américas. 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Insensato Coração: tanto esculacho para o vilão virar o jogo

Essa história de a Norma tratar o Léo como escravo em Insensato Coração está indo longe demais. Comer sobras de alimento, dormir num canil, perder os dentes, revirar o lixo... O canalha suporta tudo isso para não ir para a cadeia. Bem que ele merece castigo por ter feito a ex-enfermeira pagar pena por um crime que não cometeu, mas tanto esculacho beira o ridículo. Algumas humilhações são até infantis. A próxima vergonha que a viúva de Teodoro vai impor ao pilantra é digna de riso: engraxar os sapatos de seu capanga, Ismael. Lustrar o pisante nem parece tão ruim assim para um sujeito como Léo, que já percebeu que Norma ainda arrasta um caminhão por ele. Obedecer as ordens da viúva, sem oferecer muita resistência, é parte do seu plano para virar o jogo. E o mais incrível é que ele vai conseguir, enganando e roubando novamente a ex-enfermeira. Sei não, mas parece uma traição com o público que esperou - muito tempo até! - e torceu pela vingança de Norma. Vai ser duro de engolir mais essa reviravolta.

Enquanto Norma enfiava a mão na cara de Léo - um dos momentos mais dramáticos do duelo dos vilões -, Ratinho comandava o furdunço no SBT, ao vivo. Enfeitado com uma peruca loura, à la Xuxa, e ao som de Ilariê, o apresentador ria de si mesmo e disparava: "Como pode um programa tão bagunçado como este estar em segundo lugar?". Era o que eu também me perguntava sobre a estreia do Clube do Ratinho, uma versão do antigo Boteco do Ratinho, com participação de personagens como a secretária Valentina e Markito. Num cenário de bar, o apresentador recebeu convidados do naipe de Dicró, o cantor italiano Toni Angeli e a dupla sertaneja Marcos & Belutti. Mas a coisa só esquentou quando as paquitas Catuxita e Miuxa entraram em cena, cantando sucessos da antiga patroa. Com sua peculiar sensibilidade e bom humor, Ratinho comentou: "Todo garoto queria pegar as paquitas". E elas? Fizeram cara de paisagem e continuaram a cantar e dançar. É melhor deixar quieto...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

DEITAR NA CAMA DO MOTEL E NÃO GANHAR FAMA

Antes de qualquer coisa, alguém pode me explicar por que as coleguinhas do Huck, as panicats, as legendetes do Mion, entre outras, ficam o tempo todo com sorriso congelado e fazendo aquela dancinha sem sair do lugar, mesmo quando não tem música na atração? É tão fake, tão despropositado, que chega às raias do ridículo. E, quanto mais trash o programa, mais a situação das moças fica humilhante. O Utopia na TV, aos domingos, na CNT, tem a Garota Utopia, que também é a Garota Fitness 2011, Sabrina Soares. Saradíssima, 24 anos, 1,65m de altura e 58 quilos, a morena - pasmem - é advogada, mas prefere dedicar-se à carreira de modelo e ser chamariz do programa apresentado pelo jovem escritor (sim, ele tem textos publicados) José Luiz Bottino. Além de passar o tempo todo com aquele sorriso do Coringa, a curvilínea assistente tem um quadro, Dicas da Sabrina, oferecendo ao público indicações de lugares "interessantes".
E não é que ela levou seu reboladinho incansável e o sorrisão à maior suíte de motel que se tem notícia no Brasil? Sabrina desfilou pelos mais de 300 metros quadrados, provou e aprovou as duas camas, a pista de dança, a cachoeira, a churrasqueira (!!!), o tatame (!!!), com um vestido tão curto e justo, que mal conseguia fazer a dancinha nos momentos em que parava num dos aposentos. O que ela falou (tive dúvidas se era mesmo advogada...) não importa. O câmera man só queria dar closes das exuberâncias da moça, que tem um enorme peixe inindentificável tatuado na altura das costelas. Assim foram fartos os detalhes quando ela resolveu curtir a piscina do local.
 O telespectador ficou sem saber onde era o motel, quanto custava a suíte e outras informações. Mas, pensando bem, acho que não era o mais importante para quem queria ver a dancinha da Sabrina. No final, o apresentador/escritor lembrou que as inscrições para a terceira edição da Casa das Modelos - na qual a Garota Utopia foi descoberta - ainda estavam abertas. Fiquei me penitenciando: Como é que perdi as outras duas, meu Deus?????

domingo, 3 de julho de 2011

Sem querer querendo, Chaves virou trunfo do SBT

Sempre achei Chaves ridículo e patético. Mas devo reconhecer que o seriado mexicano tem lá sua graça e relevância ao conquistar um espaço na TV brasileira, exatamente por trazer um humor inofensivo e infantil. O SBT se deu bem ao apostar no potencial do garoto que mora num barril e repete bordões como "Ninguém tem paciência comigo" e "Foi sem querer querendo". O personagem virou fenômeno e principal tapa-buraco da programação da emissora de Silvio Santos. Em três décadas, o seriado já foi exibido em todos os horários possíveis e imagináveis, obtendo sempre bons resultados de audiência. O Festival SBT 30 Anos, apresentado por Patricia Abravanel (filha de SS), relembrou neste sábado a história desse personagem, trazendo curiosidades sobre o seriado, bastidores de gravação e entrevistas com os atores, como o cultuado Roberto Bolaños, criador e intérprete de Chaves e Chapolin, o super-herói atrapalhado. O especial também desmitificou uma lenda urbana: os episódios perdidos de Chaves. Em busca desse "tesouro", Patricia falou com funcionários da emissora, como Roque e Liminha, e apresentadores, como Celso Portiolli. Uma brincadeirinha boba, já que a resposta estava com um executivo da programação: os episódios "perdidos" estão bem guardados, mas não são exibidos porque a qualidade é ruim e as histórias são semelhantes, mudando apenas o figurino. Desfeito o mistério, os fãs-clubes agora devem parar de bombardear o SBT. Como apresentadora, cheia de caras e bocas, Patricia Abravanel ainda tem que vender muito Jequiti e TeleSena para chegar aos pés do pai famoso. Mas, como diria Chapolin, "seus movimentos são friamente calculados" e, quem sabe, ela não chega lá. Para os fãs do seriado, vale um lembrete: o especial mostrou um trechinho da entrevista que Ratinho fez com Bolaños na casa dele, no México. Vai ao ar em breve. Vamos aguardar!