sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Olivier Anquier diz que 'Cozinheiros em Ação' não tem terror

Rio - Com seu peculiar sotaque francês, o chef Olivier Anquier resume o espírito de ‘Cozinheiros em Ação’, a competição de culinária que estreia sua terceira temporada hoje, às 21h, no GNT: “Tem tempo para realizar as provas, regras, mas existe uma relação humana. É o que distingue nosso programa de qualquer outro. Não tem terror. Os produtos concorrentes são baseados no terror. Mas acho que a gente pode fazer melhor.”

Para Olivier, os participantes são submetidos a uma pressão normal do jogo. No papel de mediador das provas, ele diz que não faz tipo e tenta ajudar a todos com suas dicas, mesmo que alguns não aceitem. “Não me vejo diferente no programa. Até porque sou absolutamente incapaz de interpretar um personagem”, garante.

Diferentemente de outros programas, os jurados Ivan Achcar, Mônica Rangel e Renata Vanzetto — todos donos de restaurantes — não exageram nas críticas, mas eventualmente até chamam de gororoba um prato com aparência ruim ou comparam um molho mal feito ao gosto de sabão de coco.

Aos 55 anos, dos quais 34 está no Brasil e 20 na televisão, Olivier diz que sua culinária é baseada em uma filosofia de família. Tratar mal quem trabalha na cozinha não faz parte de seu repertório. “Eu ia à feira com meu pai comprar os ingredientes, conversava com feirantes e voltava para casa para cozinhar. Essa é a minha escola”, conta ele, que não tem formação acadêmica. “Nunca tive approach com a culinária aterrorizante, nunca fui à faculdade, nunca tive que seguir uma disciplina, nunca passei por constrangimento.”

Dono de dois restaurantes em São Paulo, ele não costuma ir a outros lugares para comer. Prefere receber os amigos em sua casa, ao lado da mulher, a atriz Adriana Alves. “Hoje em dia, eu cozinho cada vez menos. Tenho uma mulher como antigamente, que cuida do seu homem e cozinha muito bem. Quando fazemos jantares em casa, ela prepara a entrada, e eu faço o prato principal”, conta.

Na nova temporada de ‘Cozinheiros em Ação’, os 18 participantes competem em duplas com alguma ligação familiar. “O programa investe mais nas histórias dos candidatos e menos no climão do jogo, para ficar mais leve”, diz o diretor Roberto D’Avila.


Publicada em 6/08/2015 - O DIA
Foto Divulgação

Ticiana Villas Boas deixa o jornalismo e comanda o reality 'Bake Off Brasil'

Rio - Após sete anos no ‘Jornal da Band’, Ticiana Villas Boas concluiu que estava na hora de mudar. A ideia era seguir o mesmo caminho feito por Fátima Bernardes e Ana Paula Padrão, que trocaram o jornalismo pelo entretenimento. A apresentadora só não imaginava estar comandando um reality de culinária como o ‘Bake Off Brasil — Mão na Massa’, uma competição entre confeiteiros amadores, que estreia neste sábado, às 21h30, no SBT.

“Fiquei muito tempo na bancada. Senti que não estava mais evoluindo. Nos últimos dois anos, parei de crescer. Durante minha licença-maternidade, pensei em não voltar para a mesma rotina, queria fazer algo diferente. Aí apareceu a proposta do SBT. Era o que eu queria, mas nunca tinha pensado em apresentar um reality, ainda mais de culinária, porque não tinha afinidade”, diz a apresentadora, que teve em janeiro seu primeiro filho, Joesley Filho, fruto de seu casamento com o empresário Joesley Batista.

Gravando há um mês em uma fazenda em Salto de Pirapora, no interior de São Paulo, Ticiana acha que o formato do programa, criado pela BBC, é ideal para sua transição para o entretenimento. “Ele já foi testado, é um sucesso em vários países (Inglaterra, Itália, França, entre outros). A postura como apresentadora tem muito a ver com a de jornalista, para conduzir, entrevistar os participantes. Isso me dá mais segurança, me sinto mais à vontade, leve. Está sendo mais fácil do que eu esperava”, garante ela, que assume estar preparada para críticas. “Sei que é arriscado sair de uma emissora onde eu tinha uma carreira sólida, mas esse é o momento. Fechou-se um ciclo importante. Tenho que circular no mercado, conhecer outras empresas.”

Para fazer bonito no novo programa, a apresentadora fez um curso de confeitaria em Nova York durante o período de licença-maternidade. “Sei fazer risoto, massa e brigadeiro. No curso, aprendi a fazer bolos, cupcakes e ganaches. Agora eu tenho um repertório para fazer perguntas aos participantes. Não tive tempo ainda para fazer as receitas do programa em casa. A gente grava o dia inteiro”, conta ela, que sente falta do filho por causa do ritmo das gravações. “Eu já o levei para o estúdio. Mas conto muito com a ajuda da minha sogra para ficar com ele, já que a minha mãe mora na Bahia.”

Ao longo de 13 episódios, a função de Ticiana é conduzir as provas e contar as histórias dos 12 participantes, avaliados por dois jurados que prometem ser muito rigorosos: o empresário Fabrizio Fasano Jr. e a chef confeiteira Carolina Fiorentino. “Vou à casa deles, mostro como vivem, o que fazem. Logo no primeiro, fazemos um ‘quem é quem’, para o telespectador conhecer os candidatos e torcer”, adianta.
A cada edição, os confeiteiros amadores passam por três tipos de provas, nas quais criam suas próprias receitas de bolo, pães e tortas ou seguem um tema proposto pela direção. Um é eliminado ao final de cada episódio. O vencedor vai ter seu livro de receitas publicado.


Publicado em 23/07/2015 - O DIA

Ex-CQC, Oscar Filho estreia como ator no cinema e em série de TV

Rio - Após sete anos no ‘CQC’, Oscar Filho ficou sabendo de seu desligamento do programa da Band através da imprensa. Passado o susto inicial, ele não demorou para trocar a chave de ‘repórter’ para a de ‘ator’, o que garante que sempre foi. Sem o conhecido terno preto que o tornou famoso nacionalmente, ele agora se aventura em uma dupla estreia na dramaturgia: interpretando um vilão em ‘Carrossel — O Filme’, que entra em cartaz amanhã nos cinemas, e atuando na sitcom ‘Aí Eu Vi Vantagem’, série estrelada por Samantha Schmütz, que vai ao ar a partir de 17 de agosto no Multishow.

“Eu pensava em deixar o ‘CQC’, mas não tinha efetivamente decidido sair. Quando aconteceu, pensei: ‘Oi, como assim?’ Mas essa sensação durou pouco tempo. As coisas precisavam mudar mesmo. É um recomeço”, diz.

No programa da Band, Oscar comandou o quadro ‘Proteste Já’, investigando denúncias de comunidades por todo o país, durante quatro anos. Na bancada, ficou quase dois anos. “Gostava de fazer o quadro, mas não queria ficar marcado. Passei por todos os níveis do programa, não tinha mais para onde ir. A não ser que fosse para o lugar do Marcelo Tas, o que eu não gostaria de fazer, porque é muita responsabilidade”, explica o ator. “Acho que o que me fez ficar tanto tempo no programa foi uma certa acomodação. Às vezes, precisamos de uma chacoalhada”, admite.

Aos 36 anos, ele acredita que a passagem pelo ‘CQC’ o preparou para o resto da carreira e para a vida. No entanto, quando se viu fora do ar, ficou tomado por dúvidas. “As pessoas me conhecem como repórter. Pensei: ‘Será que elas sabem que sou ator?’”, lembra.

Ao participar de sua primeira seleção de elenco, Oscar levou bomba. “Fui mal no teste para a série ‘#PartiuShopping’ (de Tom Cavalcante), estava com dores nas costas... Mas acabei sendo chamado para a série da Samantha Schmütz por um diretor que nunca tinha visto o meu trabalho”, revela.

Em ‘Aí Eu Vi Vantagem’, ele vive o encostado OJ, filho de Jurandir (Stepan Nercessian) e Glória (Fafy Siqueira). Solteiro por pura preguiça, o personagem é ex-namorado de Jéssica (Samantha), que ajuda a família dele a promover um cabaré recebido como herança e tenta ficar com ele a todo custo. “OJ é muito lento, diferente de tudo o que fiz em teatro. Sou um cara mais expansivo, elétrico”, compara ele, que se surpreendeu com a entrega da protagonista: “Samantha não tem esse problema de vaidade, que algumas mulheres humoristas têm. Ela embarca na história, faz um homem, coça o saco... É uma p... comediante e pessoa.”

Já as filmagens do longa inspirado na novela ‘Carrossel’, do SBT, fizeram Oscar voltar à época de infância. “Eu assistia à novela (versão mexicana) quando era criança e morava em Atibaia (SP)”, conta ele, que vive o vilão Gonzalito, parceiro de Gonzales (Paulo Miklos). “É uma dupla bem caricata. Foi muito divertido. Vilão pode fazer qualquer coisa, não tem limite. Pode até errar”, exagera.

Cercado por crianças, ele ficou impressionado com a pequena atriz Maisa Silva. “Acho um gênio, falei muito dela no ‘CQC’. Ela é fluente, uma graça. Isso é muito legal, porque, às vezes, a gente vê um prodígio que não dá muito certo”, avalia.


Publicada em 22/07/2015 - O DIA
Foto: Daniel Castelo Branco

Ceará dá cara a tapa em 'A Grande Farsa' e fala de sua saída do 'Pânico'

Rio - Silvio Santos, Gabi Herpes, Dantena e Regina Ralé. O que eles têm em comum? Todos são imitações feitas pelo humorista Wellington Muniz, o Ceará, que deixou o ‘Pânico na Band’ em dezembro passado para se aventurar em programa solo na TV por assinatura. Na próxima segunda-feira, às 22h30, no Multishow, ele estreia no comando de ‘A Grande Farsa’, em que apresenta esquetes, recebe convidados e interpreta seus conhecidos personagens, além de outros tipos criados especialmente para a atração.

“Eu sempre quis ter um programa como apresentador, em que eu pudesse desfilar meus personagens, com plateia. O título do programa não foi eu que dei, mas acho que combina bem com a atração, com a coisa do teatro. Porque eu não sou o Silvio Santos, sou um farsante, e não me levo a sério em momento algum”, diz Ceará.

No programa, com direção de Márcio Trigo, nada é o que parece ser. O humorista, que também aparecerá de cara limpa, conta que deve ser surpreendido pela produção em vários momentos. “É uma oportunidade para o público que só conhecia meus personagens me ver também como comunicador. Para mim também é algo novo, vou dar a cara para bater”, admite.

Cada um de seus tipos já conhecidos dos telespectadores vai ter um quadro. Em ‘Diferente com Gabi’, Ceará encarna a Gabi Herpes para entrevistar personalidades. Já Silvio Santos aparece no ‘Show de Caloucos’, em que os candidatos testam seu talento e passam pelo crivo dos jurados. No ‘Ixxquentão no Palco’, Regina Ralé dá dicas para ficar na moda gastando pouco.

“Eu também vou participar das brincadeiras, assim como a plateia e convidados. Neste programa, a grande estrela é o público”, explica ele, que vai contar com participações especiais de famosos como Adriane Galisteu, Danilo Gentili, Otavio Mesquita, Rafinha Bastos, Sabrina Sato e Mr. Catra.

Além das imitações consagradas, Ceará criou 20 personagens inspirados em profissões brasileiras. No quadro ‘Povo Falha’, a cada semana, ele interpretará um tipo diferente, indo às ruas para conversar com as pessoas.

“São tipos do cotidiano, gente que não é famosa, mas faz o nosso país. Vou para a rua e falo com o povo. As externas são perto do estúdio Quanta, onde gravamos (em São Paulo). Mas não é nada a sério”, adianta.

SAÍDA DO ‘PÂNICO’
Animado com o novo programa, Ceará diz que a decisão de deixar o ‘Pânico na Band’ foi tomada depois do nascimento de sua filha com Mirella Santos. Ele fez parte da trupe do humorístico comandado por Emílio Surita durante 17 anos. “A gente tem que saber o momento certo de sair. Quando minha filha nasceu, pensei: ‘É hora de arriscar.’ Sou muito grato a eles”, conta o humorista, que garantiu ter saído sem traumas e se referiu ao antigo programa como “página virada”.

Apesar de confessar um medinho no início da transição, Ceará garante que está confiante. “Hoje é pensar pra frente”, diz ele, que completa: “Não estou criando muita expectativa, só peço que as pessoas assistam e depois falem o que acharam.”


Publicado em 16/07/2015 - O DIA

No 'Meninas do Dan', Danilo Gentili reúne time que só fala bobagem

Rio - Apresentador do ‘The Noite’, do SBT, Danilo Gentili olha para Renata Frisson, a Mulher Melão, e pergunta com toda a seriedade que o assunto merece: “O que você faria para diminuir a inflação?” Enfiada num microvestido que deixa seus pernões à mostra, ela dispara: “Minha ideia é ir pra Brasília e fazer um protesto. O que vocês acham, tipo assim, de as mulheres tirarem a roupa?”

A proposta da modelo sem noção é uma das muitas pérolas produzidas no quadro ‘Meninas do Dan’, uma sátira do talk-show de Danilo ao ‘Meninas do Jô’, do ‘Programa do Jô’. Na atração, além de Melão, ‘webcelebridades’ como Geisy Arruda, Inês Brasil, Heloísa Faissol e Dona Irene debatem temas ligados à economia, política e crise mundial. Os comentários não têm qualquer objetividade, mas garantem boas risadas.

“Sério mesmo que, depois de um dia cheio e pesado, depois de ter lido tudo que podia a respeito das notícias do dia, o telespectador quer sentar no sofá e assistir a mais jornalistas comentando seriamente as notícias?”, indaga Danilo, que emenda: “O ‘Meninas do Dan’ é uma sátira justamente a isso. No fim das contas, o que importa a opinião das meninas ou dos meninos? Já vi um monte de analista se levando a sério em programas por aí e falando só besteiras. Então, a gente fala besteira assumidamente.”

Para o apresentador, assim como a opinião das jornalistas do quadro de Jô Soares não muda a vida de ninguém, suas comentaristas estão lá apenas para divertir. ‘Meninas do Dan’ vai ao ar sempre às quartas-feiras, com rodízio entre as participantes. A Operação Lava Jato, a alta do dólar e a redução da maioridade penal já foram alvo de palpites das moças.

“A Inês Brasil e a Heloisa Faissol têm revelado opiniões muito bem equilibradas e coerentes”, crava Danilo, acrescentando que o comentário de Inês sobre a moeda americana deve ser levado a sério — “O dólar é famoso internacionalmente”, disse ela.

Cantora e dançarina, Inês Brasil é um show à parte. Sem calcinha, ela abre e fecha as pernas o tempo inteiro, e gosta de mexer com Danilo. “Dá um tesão quando você fala Lava Jato. Penso em você com um jato me levando pro espaço”, provocou. Apesar das indiretas, o apresentador fica em cima do muro ao apontar a participante mais engraçada. “Todas têm seus momentos divertidos”, garante ele.

O quadro tem ajudado a manter a média de audiência do programa, vice-líder em São Paulo com 4,6 pontos e no Rio com 4,7. “Na próxima edição, vou perguntar o que elas acham disso”, promete.

Pérolas sobre quase tudo

Operação Lava Jato : “Adoro! Tudo que é lavar é bom pra ficar limpinho. Falou em jato, estou dentro dele” — Inês Brasil.

Inflação : “Eu sei que o ministro da Fazenda é bem charmoso. Agora, não sei direito o que ele faz” — Mulher Melão.

Crise na Ucrânia : “Não sei, eu só assisto ao ‘TV Fama’, coisa de fofoca” — Geisy Arruda.

Paraíso Fiscal : “Onde fica esse paraíso, que eu quero conhecer?” — Mulher Melão

PEC da Terceirização : “Não sei. Estou na coluna do meio” — Dona Irene.

Como melhorar o visual da presidenta Dilma : “Morre e nasce de novo” — Melão.


Publicada em 12/07/2015 - O DIA

Protagonista de série, Cacau Protásio diz que não perdeu a simplicidade

Rio - Há três anos, Cacau Protásio morava na Tijuca, pegava ônibus, van e mototáxi, e não saía da quadra do Salgueiro. “A Praça Saenz Peña era o meu quintal”, conta. Mas, após ser revelada em ‘Avenida Brasil’ (2012), a atriz viu sua vida dar uma guinada e tanto. Protagonista da série ‘Trair e Coçar É Só Começar’, que estreia a segunda temporada em 17 de agosto no Multishow, ela hoje vive na Barra da Tijuca, tem seu carrão e raramente usa transporte.

“A novela foi um divisor de águas. Minha vida mudou muito, graças a Deus. Não ando mais de ônibus, mas, se precisar, eu pego. Continuo indo ao Centro, vou a Madureira, faço tudo o que fazia antes. Agora tenho carro, e o canal tem automóvel para me levar e buscar em casa. Então, eu vou de carro, né?”, diz ela, que fazia e vendia relicários para complementar a renda.

No fim do ano passado, Cacau investiu o dinheiro que juntou em uma paixão antiga: comprou uma loja de vestidos de noivas, a Bem Vestida, que fica num shopping da Barra. “Amo tudo que é relacionado a noivas. Acho lindo, romântico”, admite. Apesar do foco nas gordinhas, ela garante que tem roupas para todos os tamanhos e tipos de mulheres: “Quando viajo e vejo uma peça bonita, trago para a loja. Pra mim, não é prejuízo, é lucro!”

A dificuldade de encontrar o próprio vestido de noiva fez com que a atriz também criasse o modelo que vai usar em seu casamento com o fotógrafo Janderson Pires, em julho. Os dois já dividem o mesmo teto há três anos, mas ela agora quer oficializar a união. “Nunca casei. Meu marido e eu fomos morar juntos depois de três meses. Vamos comemorar”, conta ela, sem entregar a data e o local da cerimônia: “Quero a bênção de um pastor, um padre, ou um cerimonialista dizendo palavras bonitas. Quero tudo como manda o figurino, acho lindo.”

O mergulho no universo das noivas ainda vai dar novos frutos. Em parceria com Mariana Caruso, mulher do comediante Fernando Caruso, Cacau vai fazer um programa dando dicas de como economizar na cerimônia. A ideia é gravar vídeos sobre onde encontrar vestidos, bufês, salões e serviços mais baratos e lançar na internet. “O programa vai se chamar ‘Casamento Sem Orçamento’, ou ‘Casamento com Pouco Orçamento’. Tudo relacionado a noiva é muito caro, um absurdo. Mas se você souber procurar, consegue fazer um casamento como o meu, BBB: bom, bonito e barato”, diverte-se.

Autoestima elevada

Depois de várias dietas e reeducação alimentar, Cacau já perdeu alguns quilos, mas recuperou novamente. Estar acima do peso, no entanto, nunca foi um obstáculo, por exemplo, para arrumar namorado. “Sou bem-resolvida, minha autoestima é boa. Nunca tive problema por ser gorda, negra, nada disso. Sempre namorei, mas não tive todo mundo que eu quis, né? Queria namorar algumas pessoas aí, mas não me quiseram, tudo bem!”, diz ela, aos risos. “A única coisa que me deixava chateada era não encontrar roupa do meu tamanho”, completa.

Na segunda temporada de ‘Trair e Coçar É Só Começar’, a comediante volta a fazer a protagonista Olímpia, a empregada que leva tudo ao pé da letra. “Ela agora está trabalhando para a Inês (Márcia Cabrita) e para um ídolo do funk, o Neco (Bento Ribeiro), que veio do Rio”, adianta. Na semana passada, Cacau começou a gravar como a escandalosa Terezinha a nova temporada de ‘Vai que Cola’, também do Multishow.

“Conheço uma mulher como a Terezinha e me inspiro nela. Eu a admiro muito. Ela fala alto e me chama de nega”, revela a atriz, que admite semelhanças com os tipos populares. “Vivo nesse mundo, então é mais fácil para eu fazer, imitar. Minha família é assim, tem uma galera escandalosa, brigona, protetora. Então, tenho um pouquinho de cada personagem.”


Publicada em 28/06/2015 - O DIA

Sucesso reality ‘Lucky Ladies’, MC Carol diz: "Não sou diva, sou bandida"

Rio - Quando era criança, MC Carol queria ser advogada e, depois, virar juíza. “Ninguém sonha ser MC”, diz. Mas foi o funk que transformou a vida da autora do hit ‘Minha Vó Tá Maluca’. Com personalidade forte e carisma, ela agora faz sucesso no reality ‘Lucky Ladies’, da Fox Life, e está bombando nas redes sociais com fotos e comentários abusados. Mesmo tímida, a funkeira de 21 anos, que gosta de ser chamada de Carol Bandida, transborda autoestima, mas não se acha uma diva, como já é proclamada pelos fãs.
“Não sou diva. Sou bandida! Pra mim, diva é a Beyoncé, a Nicki Minaj, a Rihanna, a Madonna. Não dou força pra isso. Acho ridículo”, dispara ela, que gosta mesmo é de ser comparada a Tati Quebra-Barraco, sua mentora no reality. “Ela é como uma mãe pra mim. A gente tem o mesmo sobrenome (Lourenço), e a filha dela tem o meu nome e a minha idade.”
Moradora do Morro do Preventório, em Niterói, Carol encontra inspiração para suas composições nas histórias de amigos, vizinhos e parentes. “Não faço música do nada. Quando não tem algo interessante na minha vida, foco na dos outros”, conta. Foi assim que surgiu a música para a avó e o funk ‘Jorginho Me Empresta a 12’, dedicada a uma amiga, cujo namorado a deixou em casa para ir ao baile com outra. “Falei para ela dar um tiro nele”, brinca. A mulher que queimava o lixo ao lado de sua casa inspirou ‘Minha Vizinha É Louca’. “Quando era solteira, eu fazia muita festa em casa até de manhã, e ela ficava louca”, diverte-se.
Na comunidade, Carolina de Oliveira Lourenço, seu nome de batismo, teve uma infância e adolescência sofridas, mas garante que nunca se envolveu em coisa errada. Com a mãe morando em local ignorado e o pai preso, ela foi criada pelos bisavós. “Fui expulsa de casa por um tio aos 14 anos. Pensei em ir pro Rio e morar na rua, pedir esmola, mas fiquei com medo dessas paradas que acontecem”, conta ela, que pediu abrigo na casa da avó. “Eram oito pessoas em dois cômodos. Os cinco adultos consumiam drogas. Mas, graças a Deus, nunca usei, nem tive curiosidade. Não sei se tenho pavor ou nojo, acho que os dois”, afirma.
Carol não bebe cerveja nem fuma. Mas o vinho é seu fraco. Após uma festa de Natal, já embriagada, foi chamada para cantar e esqueceu a letra. “Deu um branco, mas aí criei na hora a música ‘Bateu Uma Onda Forte’. A galera amou”, lembra. No reality da Fox, uma festinha regada a vinho deixou a funkeira mais soltinha a ponto de fazer um strip-tease e pagar calcinha. “Não tive vergonha, faria tudo de novo. Meu marido viu e deu um piti, mas tá tranquilo”, garante.
Casada há quatro anos com o ajudante de pedreiro Alecssandro, de 22, ela sabe administrar o ciúme do marido. “Agora ele está melhor. Mas falei: ‘Ou você anda do meu lado, ou vai ficar para trás’”, diz ela, que já tinha namorado o rapaz e o reencontrou na sarjeta. “Ele tinha problemas com drogas. Eu o internei, cuidei dele, levei pra casa. Por isso, ficou obsessivo por mim”, revela.
Em homenagem ao amado, ela compôs ‘Meu Namorado É Maior Otário’. “Ele lava minhas calcinhas, faz comida, me ajuda em tudo. Mas não o acho otário, ele é um exemplo. Os homens têm de ser menos machistas e dividir as tarefas”, defende.
No programa, deu o que falar sua revelação que faz sexo com Alecssandro nove vezes por dia. “Acham que são nove direto, mas não é, pelo amor de Deus! São três de manhã, três de tarde e três de noite. A gente briga, faz as pazes e depois transa”, detalha. Além de jurar que nunca pisou na bola com o amado, ela deixa claro que não perdoaria uma traição. “Se pegasse ele com outra, não sei se mataria ou mandaria matar. Não trabalho com o perdão, não”, decreta, aos risos, emendando: “Acho que procuraria um homem melhor que ele.”
A autoestima é tão elevada que a MC posta nas redes sociais mensagens do tipo “Sou gostosa, sou feliz, sou sexy” e fotos sensuais. “Nunca sofri preconceito por ser gordinha. Os homens que eu queria, eu tinha. Mas escolhia muito. Eu sempre me achei”, admite ela, que não sobe numa balança há tempos: “Estou pesando mais de 100 quilos, mas quero chegar aos 90.”
A convivência com as outras funkeiras do reality a deixou mais vaidosa. “Antes, não tinha preocupação com isso. Agora tenho parceria com uma marca de roupas plus size, aprendi a me maquiar e a cuidar do cabelo.”
Desde que estourou no reality, o número de shows aumentou e o cachê subiu. Se antes fazia baile por R$ 500, hoje cobra entre R$ 3 mil e R$ 5 mil para cantar em casas da Lapa e na região oceânica. “Faço muito show em boate gay”, diz ela. Na época das vacas magras, Carol se contentava com bem menos. “Quando comecei, há cinco anos, fazia shows em troca do dinheiro da passagem de volta para casa e uma garrafa de vinho”, entrega.

Publicada em 05/07/2015 - O DIA
Foto: Márcio Mercante