quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Fogueira das vaidades na vinheta de fim de ano da Globo

Era para ser uma mensagem de paz, mas virou uma fogueira de vaidades. A nova vinheta de fim de ano da Globo vem provocando uma grande ciumeira entre alguns famosos, que estão se queixando de sua pequena participação na campanha. Apesar de o cantor Roberto Carlos ser, pela primeira vez, a grande estrela da vinheta, Susana Vieira, Mateus Solano e Glória Maria já teriam manifestado sua decepção por não aparecerem no filme de 75 segundos.

Na gravação, Susana Vieira teria até abraçado Roberto Carlos. No entanto, a cena foi cortada da versão que está indo ao ar. A atriz, que se orgulha de seus 40 anos na emissora, teria ficado chateada por não ter ganhado destaque.
Já Mateus Solano decidiu comentar no Twitter sua decepção por ter ficado fora do filme. “Não me vi na vinheta de fim de ano... Mas pelo menos pude ouvir Roberto cantando à capela!”, escreveu o ator no microblog.
Glória Maria também não teria gostado de sua posição durante a gravação. A jornalista ficou na terceira fila do coral de estrelas da emissora.
Mas os famosos que não apareceram na campanha de fim de ano da Globo ainda podem dar as caras. De acordo com a assessoria de imprensa da emissora, foram gravadas cinco versões da vinheta, com diferentes takes dos artistas que fazem parte do coral de luxo para Roberto Carlos, o que vai permitir que todos apareçam.
Ainda segundo a emissora, já estão no ar duas versões da campanha. Há mais três para serem exibidas.
Este ano, 130 estrelas da Globo — entre atores, apresentadores e jornalistas — participam da tradicional vinheta. Além de trazer Roberto Carlos cantando o tema ‘Um Novo tempo’, o filme mostra os apresentadores interpretando pessoas comuns, entre eles Fausto Silva como garçom, Xuxa como babá e William Bonner como carteiro.

Publicada em O DIA, em 07/12/2011

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

TROLLANDO COM AMANDA: O PIOR DO PIOR DO MUNDO

Por que a inconveniência tem que ser a marca de um repórter? E por repórter estou falando de quem faz perguntas que sejam publicadas ou exibidas na TV, já que não há mais exigência de diploma para exercer o jornalismo. Qualquer um vai pra rua, faz e desfaz, humilha, ridiculariza, não traz informação, e pior: atrapalha quem está realmente trabalhando, quem é repórter de verdade. Pensei em tudo isso por causa do quadro Trollando, do Pânico na TV!. Como a personagem de Amanda Ramalho - acredito que seja uma persona criada para incomodar, porque ninguém pode viver com toda aquela amargura - não estava dando certo, já que o programa descobriu que ridicularizar e ofender entrevistados não é o melhor negócio, resolveram colocá-la em dupla, na porta de um teatro, em dia de estreia. E logo com quem? Evandro Santo, o eterno Christian Pior. Safo, inteligente, mordaz na medida certa e com um ego tão grande quanto o das celebridades abordadas, o humorista não deixava Amanda dar suas "trolladas", porque sabia que reencontraria as mesmas pessoas numa próxima matéria e que elas, possivelmente, o evitariam. E também pra mostrar à moça quem era o dono do pedaço. Irritada, Amanda mandava Evandro calar a boca, dar-lhe mais espaço, falava junto com ele, fazia a linha deslumbrada, num momento de vergonha alheia total para quem vive de entrevistar com responsabilidade e educação as pessoas. No final, ela disse que não queria mais trabalhar com o humorista e mandou um "até a semana que vem, sozinha!". E fiquei aqui pensando... Quem quer ver Amanda Ramalho agredindo gratuitamente artistas ou disputando com Christian Pior a elaboração da piada mais humilhante? Por que dizer, por exemplo, a Ellen Rocche que sua carreira só deslanchou agora "porque ela largou aquele cara que era péssimo ator (Ricardo Macchi)" e ainda chamando Macchi de burro, entre outras coisas. Ellen defendeu-se como pôde. Mas, vem cá, ela foi ao teatro para defender-se de ofensas? Por que atrapalhar o trabalho um repórter que está ralando na noite, pra falar mal do ex-namorado de Ellen Rocche? Isso é engraçado? Bom, deve haver quem ache. Só isso explica essa insistência da "trollagem" de Amanda no Pânico.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O Astro: final digno de um bruxo de araque

O remake de uma novela dificilmente supera o original. Com a versão de O Astro, adaptada por Geraldo Carneiro e Alcides Nogueira da obra de Janete Clair, não foi diferente. A produção teve qualidades, sim, mas pecou na reta final, quando as cenas foram tão picotadas que mais pareciam uma colagem de videoclipe. A impressão foi de que os autores tiveram que correr muito com os desfechos porque não havia mais tempo para desenvolvê-los. Em alguns momentos, essa rapidez atrapalhou a amarração e compreensão da trama. Mas nada se compara aos surpreendentes penúltimo e último capítulos. A transformação de Herculano Quintanilha (Rodrigo Lombardi) em uma pomba foi um dos momentos mais ridículos da TV brasileira este ano. A desculpa do realismo fantástico - só porque o bruxo passou a novela inteira fazendo pequenos truques - não cola. Fiquei com a sensação de estar assistindo a outra novela: Os Mutantes, na qual todos os personagens viravam bicho. Qualquer referência à Saramandaia (1976, de Dias Gomes) é uma triste e infeliz comparação.

O final foi ainda mais risível. O que foi aquele circo armado pelo delegado paspalhão vivido por Daniel Dantas para revelar o assassino de Salomão Hayalla (Daniel Filho)? Para morrer, o ricaço precisou ser dopado pelo mordomo, levar uma coronhada do irmão e só depois ser empurrado janela abaixo por Clô (Regina Duarte). OK, valeu pela homenagem a Regina, que mesmo abusando das caras e bocas teve bons momentos na trama - até porque, desde o início, a novela não mostrou compromisso algum com o tom naturalista. Mas não deu pra engolir a prova recolhida contra a perua: além do tufo de cabelo retirado das mãos do morto, um botão de plástico que caiu da roupa de luxo dela! O estilista da personagem devia ser um vanguardista da moda. Mais patéticas ainda foram a prisão de Samir (Marco Ricca) e a morte de Neco (Humberto Martins), apesar de seus respectivos intérpretes terem feito ótimo trabalho. Já o suicídio de Magda (Rosamaria Murtinho) teve um toque poético. O desfecho de Herculano teve a pressa que marcou os últimos capítulos. Depois de forjar a própria morte - numa cena ambígua -, o astro aparece numa ilha deserta com Amanda (Carolina Ferraz) e o filho, a quem ensina seus truques. Final digno de um bruxo de meia tigela.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Pan na Record: tietagem e patriotada na transmissão

Ter exclusividade em evento esportivo não é garantia de aprovação. Ao contrário. Os erros ficam muito mais evidentes. E as críticas são inevitáveis! A Record mandou mais de 200 pessoas para cobrir os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, mas quantidade não significa qualidade. Há muita gente boa na equipe, sim, mas é impossível passar por uma cobertura desse porte sem nenhuma mácula. A repórter Adriana Araújo, que entrevista os nadadores brasileiros, nem espera que eles retomem o fôlego após saírem da piscina para abordá-los. É o trabalho dela, sim, mas a tentativa de parecer íntima dos atletas dá uma vergonha danada. Parece tietagem. Sem falar que as perguntas nunca são, digamos, instigantes... A câmera exclusiva é um bom recurso para mostrar alguma cena interessante, só não pode ser banalizada como vem acontecendo. O ufanismo dá o tom das transmissões. Patriotada sem senso crítico. Os locutores não se limitam a narrar o que estão vendo, torcem descaradamente - e ainda falam do Galvão Bueno! Com toda sinceridade, acho que, em outra emissora, não seria diferente. Essa é uma característica da TV brasileira. A propósito, a Globo está prestando um desserviço ao seu público ignorando o Pan. Deixar de noticiar a competição é uma maneira torta e burra de vingar a perda do direito de transmissão para a concorrente.


Na Record, a cerimônia de abertura teve um quê de Carnaval. Os apresentadores Maurício Torres e Ana Paula Padrão (foto acima) narraram os defiles das delegações como se fossem evolução de escolas de samba. O toque momesco foi dado pelos brasileiros, com chapéus Panamá e camisas verdes, amarelas e azuis, dançando e fazendo trenzinho. Zé Carioca perde! Outra coisa: Maurício e principalmente Ana Paula estavam deslumbradíssimos com a festa, tanto que achavam tudo maravilhoso. Em termos de pirotecnia e tecnologia, o espetáculo foi realmente bonito, só que não dava pra engolir aqueles grupos mexicanos.

Show de humilhação e vergonha alheia

O japonês que participa do quadro Jô Suado, do Pânico na TV, pode até achar que está fazendo comédia, mas o que ele vem sofrendo na mão de Eduardo Sterblitch (o Polvilho) não tem a menor graça. Levar tapa na cara ou na bunda, ser ridicularizado com piadas (piadas?) de natureza sexual, ficar praticamente nu em cena... Isso é engraçado? Com o corpo pintado de verde, ele deve precisar muito do cachê para se submeter a tanta humilhação. E Polvilho é bom comediante, pode fazer melhor do que isso.

Que Rodrigo Faro que nada! A melhor imitação de Justin Bieber foi feita por Anderson Silva, nosso campeão mundial de UFC. O lutador pagou um King Kong ao se vestir como o astro canadense e dançar no programa Caldeirão do Huck. O pior (ou melhor) é que Anderson pareceu estar bem à vontade no palco, soltinho, familiarizado com a coreografia. Quem sabe, quando abandonar o octógono, ele não siga a carreira artística!

Pérola: "Este também é meu neto, mas nasceu de noite", disse Raul Gil, apontando para um menino negro, integrante de um grupo infantil. O apresentador deve estar fazendo escola com o patrão Silvio Santos.

O que foi aquele final de Morde e Assopra? Uma mistura de Parque dos Dinossauros com Viagem ao Centro da Terra. O autor Walcyr Carrasco não economizou nas referências cinematográficas e mergulhou na fantasia. A viagem de Júlia (Adriana Esteves) e Abner (Marcos Pasquim) ao centro da terra, após entrarem numa caverna, pecou pelo excesso, ridículo até. Divertido mesmo foi o show de Áureo (André Gonçalves) e Elaine (Otaviano Costa) como drag queens. Já a morte de Dulce (Cássia Kiss) deu o tom dramático do último capítulo. A propósito, Cássia sobrou na novela.

sábado, 8 de outubro de 2011

Ellen Roche arrasa em cena sensual

De roupa de couro preta, Ellen Roche mostra do que é capaz numa cena sensual em O Astro. Sua personagem, a Valéria, castiga Samir (Marco Ricca), algemado na cama. Rola até chicote e pingo de vela no corpo do amante. "Quem é que manda aqui?", questiona a loura, revoltada com o vilão que a deixou em segundo plano. Fetiche total. E a moça ainda fala em mudança de imagem...
Confira a cena.
http://oastro.globo.com/videos/t/cenas/v/cena-0710-valeria-castiga-samir/1655837/

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Band põe mordaça em Rafinha

Rafinha Bastos está pagando pela língua. Suspenso do CQC, o humorista vai ter tempo para refletir sobre as piadas de mau gosto que disse no programa. Não dá para achar graça de comentários infelizes como o que ele fez sobre a gravidez da cantora Wanessa Camargo: "Eu comeria ela e o bebê". Quando chamou de cadela a apresentadora Daniela Albuquerque, da RedeTV!, Rafinha já havia passado dos limites. A retratação pública ficou barato. Agora, a punição aplicada pela Band é vista como censura por alguns, por acharem que o humor - como qualquer outra forma de expressão artística - não obedece regras. Mas não é bem assim. Rafinha errou na dose e resvalou na ofensa pessoal. Desta vez, o azar dele é que gente muito influente, como Ronaldo Fenômeno, amigo de Marcos Buaiz, marido de Wanessa, entrou no circuito.
Nesta segunda-feira (dia 3/10), Mônica Iozzi assumiu a bancada no lugar de Rafinha e não disse a que veio. Ou melhor, para não se comprometer, evitou piadas que pudessem ser mal interpretadas. Se voltar ao programa, quem sabe Rafinha não siga o exemplo da colega. Ninguém espera que ele seja fofo, mas precisa manter o mínimo de compostura.
Uma questão ainda não ficou clara: se a Band resolveu colocar temporariamente uma mordaça no humorista e ainda estuda o que vai ser do seu futuro, por que não veio a público anunciar sua punição? Em vez disso, a emissora orientou os outros integrantes do programa a não falarem sobre o caso. Isso, sim, pode ser interpretado como censura.

Rock in Rio: até que enfim acabou, bebê

O Multishow parece ter entendido o recado. Após o bombardeio de críticas na primeira semana de cobertura do Rock in Rio, o canal se redimiu, em parte, na segunda semana, corrigindo algumas falhas. A principal delas diz respeito às apresentadoras Didi Wagner e Luisa Micheletti. Ponto fraco da cobertura, a dupla foi socorrida com fichas contendo mais informações sobre as bandas, além de saírem mais do estúdio para fazer entrevistas. Os intervalos entre um show e outro deixaram de ser um suplício, uma encheção de linguiça sem fim, até porque a emissora também preencheu esse tempo com reportagens gravadas. O resultado das mudanças é que as apresentadoras cometeram menos gafes.
Mesmo assim, elas não escaparam de momentos constrangedores, como a entrevista com os mexicanos do Maná. Didi assumiu não falar espanhol, enquanto Luisa fazia perguntas em inglês, e os músicos respondiam ora em inglês, ora em espanhol e, às vezes, em bom 'portunhol'.
A emissora também soube aproveitar melhor as câmeras nos bastidores, mostrando os músicos antes e depois de se apresentarem. Apesar do nervosismo, Didi marcou ponto ao entrevistar, ao vivo, os integrantes do Coldplay momentos antes de começarem o show. Mas uma pergunta não quer calar: por que entrevistar a Shakira em inglês se a cantora colombiana sabe falar muito bem o português?
Já Beto Lee limitou-se a narrar quem entrava e quem saía do palco, além de fazer comentários óbvios que nada acrescentavam à transmissão. Na área Vip, Dani Monteiro teve o trabalho facilitado ao se deparar com entrevistados falastrões como William Bonner, que mostrou muito bom humor ao defender o ecletismo musical do Rock in Rio, e Malvino Salvador, que fez piadinha sobre Axl Rose e revelou: na adolescência, imitava o líder do Guns'n Roses usando até uma peruca. Mas, se tem uma coisa que marcou a cobertura do RiR, foi a divertida entrevista de Dani com Christiane Torloni. A frase da atriz já virou slogan para as próximas edições do festival: "Hoje é dia de rock, bebê".

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Rock in Rio: cobertura desastrosa no Multishow

Um desastre a cobertura dos três primeiros dias de Rock in Rio pelo Multishow. À exceção dos shows em si, o canal mostrou despreparo para transmitir um evento ao vivo ao longo de 12 horas. Um dos problemas é a dupla de apresentadoras, as ex-VJs Didi Wagner e Luisa Micheletti (na foto com Claudia Leitte), que não têm informação nem jogo de cintura para ancorar. As duas ficam totalmente perdidas, sem ter o que falar - ou dizendo bobagens -, quando precisam preencher o tempo antes dos shows. Não sabem improvisar, além de não terem conhecimento sobre os artistas que se apresentam. No desespero, elas passam a bola para o músico Beto Lee, que também não dá conta e devolve a batata quente rapidinho para o estúdio. O jogo de empurra segue com o humorista Fernando Caruso. Na pista, em meio ao público, ele tem a missão ingrata de fazer humor. Difícil ser divertido ou criativo com um bando de gente gritando, fazendo careta e querendo aparecer na TV. No sábado, o máximo que  ele conseguiu foi uma disputa entre fãs do Red Hot para ver quem comia mais pimenta. Não teve graça.
Outra escolha equivocada foi a de Dani Monteiro para fazer entrevistas na área vip. No primeiro dia de festival, foi um show de gafes e momentos constrangedores. A conversa com a atriz Christiane Torloni, a Tereza Cristina de Fina Estampa, foi de rolar de rir. A repórter perguntava uma coisa, e a atriz respondia outra. "Hoje é dia de rock, bebê", disse Torloni. As imagens foram parar no YouTube e viraram hit.
Falta ao Multishow uma espécie de Lecy Brandão do rock, um comentarista que conheça e fale com autoridade sobre todos os tiozinhos e vovôs roqueiros. No Carnaval, isso faz a diferença. Quem sabe não funcionaria no Rock in Rio. Vamos ver como o canal vai se sair nos últimos dias de festival.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

'Pânico' não sabe a hora de parar

Brincadeira - com ou sem graça - tem limite. Um dos problemas do Pânico na TV é que o programa não sabe a hora de parar. A piada sobre a cinturinha do Zeca Camargo já deu o que tinha que dar. Rendeu até críticas do próprio apresentador, que chamou de bullying essa perseguição contra ele, em seu blog no G1. Mas o humorístico da RedeTV! voltou ao tema este domingo, lançando uma nova campanha boboca: o povo do Twitter foi convocado a escolher um dos seus apresentadores para engordar até chegar aos 104kg, peso que Zeca teria alcançado após sua participação no quadro Medida Certa, do Fantástico. Tudo isso para se ter a ideia da real circunferência abdominal do apresentador.

O Pânico já debochou da forma roliça de Zeca ao mostrar sua pancinha e seus pneuzinhos. Era a hora de encerrar o assunto por cima. Ao persistir nele, só reforça a suspeita de que está faltando pauta e criatividade. E sobra apelação!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Duende Verde pega o banquinho e sai de mansinho

Assim como as novelas, é comum os reality shows apresentarem participantes com estereótipos. Existe o bom moço, a mocinha, o vilão, o falso, o engraçado, a deprimida, a barraqueira... Em A Fazenda 4, não é difícil encaixar cada peão numa categoria. Gui Pádua, o Duende Verde - o que é aquele cabelo? -, faz o papel do antagonista, odiado pelo público e pelos companheiros de confinamento. O paraquedista brigou com todo mundo, ofendeu, fez intrigas, mas recebeu o merecido castigo popular, sendo eliminado com 72% dos votos na roça contra Monique Evans, a Titia. Gui pegou o banquinho - onde tinha tanto medo de se sentar - e saiu de mansinho!
Sem o Duende Verde, o jogo não será mais o mesmo. Só não perde a graça porque Dinei, a Vera Verão (ou Duas Caras?), ainda permanece na fazenda, para dar escândalo, tricotar e fazer xixi nas coisas dos outros. O ex-jogador é especialista em leva-e-traz. Mas a xerifa Joana Machado, que adora um barraco, está lá para botar o cabresto no corintiano. Ela só não pode errar a mão ao tentar enquadrar todos os peões.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Miss Universo: show de cafonice e diversão

Antes tarde do que nunca, algumas considerações sobre o Miss Universo 2011: foi cafona de doer, mas muito, muito divertido. O figurino de Claudia Leitte merecia um prêmio à parte. Quem escolheu aquele maiô com penachos negros? Cantando em inglês e espanhol, a loura parecia destaque de escola de samba. Um mico para gringo ver. O desfile das misses chamou mais a atenção pela magreza anoréxica do que pela beleza rara das candidatas. O passeio das beldades por São Paulo foi, no mínimo, exótico. O que elas foram fazer no Carrefour? Saíram do mercado com sacolinhas nas mãos, como se precisassem comprar comida ou produto de beleza que já não tivessem no hotel de luxo onde ficaram hospedadas.

Justiça seja feita, a angolana Leila Lopes foi coroada Miss Universo com sobras. Era a segunda opção da torcida brasileira, até porque vem de um país onde se fala português e ficou amiga da Miss Brasil Priscila Machado. Alguém ainda duvidava que a candidata brasileira ficaria pelo menos em terceiro lugar (como ficou)? Prêmio de consolação pelo fato de o concurso ser organizado pela primeira vez no Brasil.
Na transmissão paralela da Band - a rede oficial, NBC, exibiu para quase 200 países -, Adriane Galisteu teve jogo de cintura para contornar alguns probleminhas, mas deixou uma questão no ar: será que ela apostou dinheiro na raquítica e sem-sal Miss China para defendê-la tanto? Engraçado mesmo foi ver os comentários da jornalista Susana Barbosa, editora de moda da revista 'Elle', quase sempre discordando da apresentadora ou fazendo análises no mínimo curiosas como: "A Miss Kosovo é achatada na ‘parte de trás’".

domingo, 11 de setembro de 2011

O cabelinho Playmobil do Rei e a debutante Glória Maria


Aos 70 anos, Roberto Carlos tem o dom de emocionar as plateias. Seja a bordo de um navio, no teatro ou na praia de Copacabana. Não foi diferente em Jerusalém. Apesar de o show em Israel não trazer novidade no conteúdo - exceto pelo cenário e pelas imagens da visita do cantor a lugares sagrados -, o Rei cantou melhor do que na apresentação de fim de ano no Rio. O repertório conhecido sempre ajuda, é infalível! Nas redes sociais, o show ficou ainda mais divertido. A 'fina estampa' de RC foi alvo de muitos comentários. O que era aquele cabelinho de Playmobil? Grudado e com franjinha... Ridículo! Teve gente comparando o Rei a Chico Xavier e a uma índia velha. O ponto eletrônico que ele usava nas duas orelhas parecia aparelho de surdez.
Mas nada foi tão patético quanto a entrada no palco de Glória Maria. Com vestido azul esvoaçante e postura de debutante, a jornalista dançou uma música com Roberto e depois saiu com carinha de apaixonada. Vergonha alheia. No fim, como se fora a súdita número um, ela recebeu uma rosa das mãos do ídolo, e novamente deu aquele sorrisinho de "fui a escolhida".

sábado, 10 de setembro de 2011

Cris Vianna em momento Garota da Laje

A casa de Dagmar, vivida por Cris Vianna em Fina Estampa, não deve ter chuveiro, ou o banheiro dela está interditado. Só isso pode explicar o fato de a beldade ter aparecido nua, tomando banho de mangueira, no capítulo da última quinta-feira (08/09). Enquanto joga água no corpo, ela passa lentamente o sabonete, nos ombros e nas pernas, deixando à mostra uma palinha dos seios e do bumbum. A cena não tem contexto algum. Gratuita e apelativa. Parece um clipe do concurso 'Garota da Laje', ou pior, um programa daqueles que o Multishow produz e chama de sensual. Valeu somente para a atriz exibir o corpão.



Faltou sapato e sobrou Lilia Cabral

A cena em que Griselda desmascara Antenor em Fina Estampa só serviu para comprovar o que todo mundo já sabe: Lilia Cabral é show, apesar da sua 'marido de aluguel', às vezes, forçar a mão no jeitão masculinizado. A atriz foi a única a brihar na sequência em que a faz-tudo acaba com a farsa do filho e lhe dá uma surra no meio da sala da família Velmont. Assim mesmo, achei a cena fraquinha. Caio Castro e Adriana Birolli, o casal Antenor e Patricia, ficaram apagadinhos e, quando precisaram mostrar serviço, não convenceram; Dalton Vigh, o Renê, foi mero figurante; Ângela Vieira, que vinha bem como a falsa mãe, também sumiu com a (falta de) reação de sua personagem, que sequer esboçou a defesa do rapaz para sustentar a mentira. Só Christiane Torloni, a esnobe Tereza Cristina, tirou uma casquinha da cena, dando aqueles gritos insuportáveis que ainda vão lhe causar uma rouquidão.
Além da explosão de Griselda, a cena chamou a atenção, momentos antes, pelo fato de Ângela Vieira aparecer sem um dos sapatos. A explicação para estar descalça é que a atriz sofreu uma torção no pé esquerdo. Ela improvisou! O problema é que a imagem vazou, e ninguém da produção percebeu o erro. Vacilo imperdoável!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Muita estampa para pouca finesse

Quando o ambicioso Antenor (Caio Castro) esculachou a mãe, Griselda (Lilia Cabral), na estreia de Fina Estampa, pensei estar assistindo a uma versão da novela das sete. A trama é a mesma de Morde e Assopra, em que o filho metido a besta, Guilherme (Klebber Toledo), tem vergonha da mãe batalhadora e sem estudo, Dulce (Cássia Kiss). Se os personagens trocassem de folhetim, daria no mesmo. Mas este é apenas um dos muitos clichês da nova novela das nove: tem ainda a mulher que apanha do marido - Celeste (Dira Paes) e Baltazar (Alexandre Nero) -, e a dondoca rica, Tereza Cristina (Chrtistiane Torloni), que gosta de humilhar os empregados por puro prazer. Vai ser duro acompanhar 180 capítulos com Torloni gritando e dando chiliques. Sem falar que a personagem é parecida com outras que a atriz já fez, como a histérica Melissa, de Caminho das Índias. Para enfatizar o jeitão masculino de Griselda, a 'marido de aluguel', vulgo Pereirão, a turma do figurino e da caracterização abusou do estereótipo. Sorte de Lilia Cabral que não vai vestir macacão nem carregar caixas de ferramenta por muito tempo, já que a protagonista vai ganhar na loteria e tomar um banho de loja - olha aí outro clichê: o patinho feio que vira cisne! A abertura é de doer: tem cara de comercial de perfume com música ruim.

De bermuda e chinelos, Silvio Santos ensina caminho do sucesso



Em seu discurso pelos 30 anos do SBT, no Hotel Jequiti, em Guarujá, Silvio Santos apareceu de bermuda rosa, camisa floral e chinelos. Um visual surpreendente para quem vê o dono do Baú vestindo terno todos os domingos. Sabatinado por funcionários da emissora, ele falou que a Globo é um muro, deu dicas de como ser um empresário de sucesso e revelou que seu grande sonha era ter uma vida de classe média. Confira o vídeo!

sábado, 20 de agosto de 2011

Final de Insensato: Faltou surpresa, sobrou lugar comum

Bem que os autores Gilberto Braga e Ricardo Linhares tentaram despistar, escrevendo cenas falsas, mas não teve jeito. O final de Insensato Coração foi exatamente igual a tudo o que foi publicado em sites, jornais e revistas nas últimas semanas. Ou seja, o último capítulo não trouxe surpresas. E o pior: não teve grandes emoções. A escolha de Wanda (Natália do Vale) como a assassina de Norma (Gloria Pires) foi pule de dez. Ainda tinha esperança de um azarão, para chacoalhar o telespectador, mas os autores se mantiveram fiéis à sinopse. Depois de passar a novela inteira com cenas mornas ou gélidas e até um sumiço desnecessário, Natália do Vale teve seu grande momento ao apagar das luzes, nas sequências em que revelou a Marina (Paola Oliveira) ser a assassina de Norma, e depois na delegacia, expondo a loucura de sua personagem. Porém, o flashback que reconstitui a morte, sob o ponto de vista de Wanda, tem um erro grosseiro de continuidade: ao ver sua assassina, Norma diz: "Não faz uma bobagem dessa"!. Pra quem não lembra, na cena da morte, exibida na última terça-feira, a técnica de enfermagem disse: "Não faz uma besteira dessa!".

Já Gabriel Braga Nunes, dono absoluto da novela, foi ótimo do início ao fim. Muito boa a cena em que Léo morre, jogado do alto do prédio da cadeia, a mando de Cortez (Herson Capri, outro que se destacou na trama). Cristina Galvão, a Jandira, fiel escudeira de Norma, também mecere aplausos. No mais, os finais felizes dos casais - inclusive o formado pelo sem sal Pedro (Eriberto Leão) e a sem graça Marina. Um porém: a união estável entre Eduardo (Rodrigo Andrade) e Hugo (Marcos Damigo) parecia a assinatura da compra de um imóvel. Merecia mais emoção, afetividade, e tudo que foi cortado pela emissora entre os personagens gays. E o André (Lázaro Ramos)? Após um câncer, não se regenerou, como se imaginava, e terminou ridiculamente como o  mesmo garanhão do início. Encerrando a trama, o show de Mart'nália cumpriu a tarefa de reunir a equipe, fazendo média com a turma que fica atrás das câmeras e nunca aparece, com a maioria usando camiseta com a inscrição "Dennis Forever", "homenagem" ao diretor de núcleo Dennis Carvalho. E a derrapada final: ao exibir fotos do elenco, foram vetados os atores cujos personagens morreram na trama, como Tarcísio Meira, Hugo Carvana, Cristiana Oliveira e José de Abreu. Será que foi uma questão de falta de tempo para exibir todos, já que mais de 20 foram para o além durante a novela?

Compadre Washington ataca Joana na Fazenda

Bem que Joana Machado avisou, depois da saída de João Kléber, de A Fazenda 4, que ia "tomar todas e... muito!", na noite de sexta. Não sei se foi a bebida ou a carência, mas a Imperatriz extrapolou na Festa Black, que será exibida neste sábado.
Com uma microssaia dourada, que deixava a calcinha preta à mostra, a loura tentou seduzir Dinei dando lambidas na barriga e no peito do ex-jogador. Meio cabreiro, ele foi se afastando, mas quando viu estava ao lado do pole dance, onde a ex-noiva de Adriano rebolou e recomeçou a sessão de vem-cá-meu-bem. Com medo de ser mal interpretado, digamos assim, pelo namorado da beldade - policial e lutador de jiu-jítsu -, Dinei saiu fora. E deu espaço a Compadre Washington.
O baiano deitou e rolou! Aproveitou o abuso etílico de Joana e tirou todas as casquinhas que pôde. E mandou até seu famoso: "Vai, ordinária!". Visivelmente excitado, Compadre, num ato reflexo, toda hora empurrava a cabeça da gostosona pra baixo. Mas ela subia! E descia do... pole! "Esse bagulho é muito doido!", desabafou o cantor. Parecia uma mistura de boquinha da garrafa com a dança da cordinha.
Só que o compadre ficou na saudade: pelo menos, por enquanto, ele não segurou o tchan. Mas como Joana já disse que se, quando sair do programa não tiver mais namorado vai dar uma chance a João Kléber e comentou que queria a visita do "bonitinho" Edu Guedes à casa, quem sabe o baiano come e dorme não consegue mais uma loura do tchan pra sua coleção???    



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A amante de Silvio Santos, a arrumadeira e o guarda

Um dos espaços preferidos de Silvio Santos no Complexo Anhanguera é o Memorial do SBT, que fica na entrada principal do prédio do centro de produções da emissora, em São Paulo. O museu conta um pouco da trajetória do dono do Baú e guarda centenas de fotos, troféus, painéis com os apresentadores, equipamentos e objetos que fizeram a história da emissora nesses 30 anos. O local também mostra o lado excêntrico de SS que pouca gente conhece. No segundo andar há quatro bonecos em tamanho de pessoas adultas, entre eles uma mulher nua, que Silvio chama carinhosamente de "minha amante".
A boneca foi comprada por SS numa de suas viagens aos Estados Unidos há cerca de 20 anos. A réplica da peladona, que tem até pelos pubianos, ficava no escritório do apresentador, no Ibirapuera, e foi levada, em 2009, junto com os outros três bonecos - um mordomo, uma arrumadeira sensual e um guarda - para o Memorial. Os bonecos custaram entre 3 mil e 40  mil dólares. Silvio conta que se divertia quando alguém ia ao escritório e se constrangia ao dar de cara com "sua amante".



As fotos foram tiradas com meu celular, quando estive no SBT para a gravação do Troféu Imprensa, em março de 2009.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Pôneis malditos mataram Norma

A morte de Norma (Gloria Pires) em Insensato Coração foi a coisa mais sem graça a que assisti em novelas nos último tempos. Há quem defenda a tese de que o vazamento do capítulo ajudou a quebrar um tanto do impacto. Pode ser. Mas não foi só isso. Por mais que o desfecho fosse o esperado, a cena ficou devendo. Foi morna, fraca, sem grandes emoções. E uma pergunta não cala: por que diabos Norma se levanta da poltrona e mexe nas almofadas do sofá? Vão dizer que ela estava procurando o celular... Ahãn! Talvez. É claro que a vilã não podia olhar na direção da porta, por onde entra o assassino. O recurso da câmera subjetiva, sem mostrar a pessoa que segura a arma, é manjado. Mas a edição podia ter mostrado ao menos o cano do revólver e Norma recebendo os tiros. Por que cortar para a fachada da mansão e deixar apenas o som dos balaços? Detalhe: quando diz ao assassino "Não faz uma besteira dessas!", Norma está mais para o canto do escritório, próximo ao abajur, mas seu corpo aparece no meio da sala. O flashback que revelará quem matou também deverá solucionar esse mistério do corpo que anda.
Melhores e mais criativos do que a cena foram os comentários nas redes sociais. Um blogueiro deu a seguinte manchete: "Globo suspeita de Record na morte de Norma". O post ainda traz uma montagem com a foto do corpo da defunta de Insensato e Odete Roitman, de Vale Tudo, dizendo: "A Globo já afastou a polícia carioca das investigações!". No Twitter, um gaiato diz que quem matou Norma foram os "Pôneis malditos", numa referência aos personagens do anúncio da Nissan. Outro tuiteiro faz piada misturando também personagens de Insensato e Vale Tudo: "Após décadas, Maria de Fátima termina como Odete Roitman. Na Globo se faz, na Globo se paga". Até o evento "Missa de sétimo dia de Norma Pimentel Amaral", marcado para o próximo dia 23, foi criado por um usuário no Facebook. Quem vai?

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Especial do Chaves no SBT: Foi sem querer querendo

"Isso, isso, isso!". Para comemorar os 30 anos, o SBT gravou um especial do Chaves com artistas da emissora. O episódio foi adaptado do original Bilhetes Trocados e vai ao ar nesta sexta-feira, dia 19, data do aniversário da emissora de Silvio Santos. Confira como ficou a caracterização do elenco e o cenário.






Elenco: Carlos Alberto de Nóbrega (Professor Girafales), Christina Rocha (Dona Clotilde), Felipe Levoto (Seu Madruga), Lívia Andrade (Dona Florinda), Marlei Cevada (Chiquinha), Ratinho (Senhor Barriga), Renê Loureiro (Chaves), Zé Américo (Kiko).

Fotos: Roberto Nemanis/SBT

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Patricia serve de escada para as gracinhas de Silvio Santos

Depois de zoar a menina Maisa e extrapolar nas piadas de duplo sentido com a exuberante Lívia Andrade, Silvio Santos encontrou uma nova vítima e parceira para suas brincadeiras de gosto, muitas vezes, duvidoso: a filha Patricia Abravanel. No Jogo das Três Pistas, o dono do Baú não perdoa a mais nova apresentadora do SBT e sua futura sucessora, zombando até da sua inteligência - vale lembrar que ele já a chamou de feia em outro programa! "Não terminou o Ensino Fundamental", dispara ele, às gargalhadas, após a moça errar a resposta das pistas - santo, rio brasileiro e cidade dos EUA - que tinham como resposta São Francisco. "Sou formada em Administração. E você, estudou?", devolve ela na mesma moeda, sabendo obviamente que o pai é o melhor exemplo do cara que venceu pelo próprio esforço e talento no País.
Patricia entra no jogo de Silvio, sorri e finge irritação quando ele não a favorece. "É a ovelha negra da família!", diz o apresentador para Lígia Mendes, outra apresentadora da emissora que disputava o game com a filha do patrão. Nem a vida pessoal de Patricia escapa de uma piadinha. "É por isso que o namorado deixou ela", provoca Silvio. "Quantos anos você tem? 40? Vai ficar pra titia", completa ele. Mas a caçula não deixa barato: "É bom você torcer pra eu casar logo. Se eu ficar pra titia, vou ficar no seu pé a vida inteira".
Quando uma das assistentes de palco, Milene, manifesta sua torcida por Patricia, Silvio é rápido na resposta bem-humorada que só ele seria capaz de dar: "A Milene quer progredir aqui na casa e tá puxando seu saco. Se eu for pra terra dos pés juntos, ela sabe que você vai ficar aí". Gargalhadas no auditório.
Pai e filha são cúmplices e garantem, sim, boas risadas, até porque compartilham as mesmas histórias. Por enquanto, Patricia cai bem como escada para as gozações de Silvio. Mas, como apresentadora, ela ainda tem que vender muito Jequiti e TeleSena para herdar o microfone que o dono do Baú carrega no pescoço. Cheia de caras e bocas, a moça carece de maior traquejo no palco, naturalidade, empatia com o público... Está apenas engatinhando na carreira, mas tem um mestre em casa à sua disposição 24 horas.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

"Quem vai morrer?" é mais importante do que "Quem matou?"

Na reta final de Insensato Coração, as especulações sobre os desfechos dos personagens estão bem mais interessantres e criativas do que os capítulos que vão ao ar. Para tentar confundir a imprensa e manter o suspense, os autores Gilberto Braga e Ricardo Linhares escreveram cenas falsas e, pelo menos, duas possibilidades de finais. Mais importante do que o tradicional "Quem matou?", um clichê presente em toda obra de Gilberto, a novela agora lança outra questão: "Quem vai morrer?". Afinal, com o vazamento de duas versões de textos, Norma (Gloria Pires) e/ou Léo (Gabriel Braga Nunes) são a bola da vez. No caso de a técnica de enfermagem morrer com três tiros, tudo leva a crer que Wanda (Natália do Valle) é a assassina. Nessa versão, o vilão seria morto na cadeia por Cortez (Herson Capri) no último capítulo. Mas, se em vez de Norma é Léo quem morre na mansão com uma facada nas costas, Eunice (Debrah Evelyn) surge como a principal suspeita de tê-lo esfaqueado.
Apesar das possibilidades, ninguém pode garantir que os autores não tenham uma última carta na manga, até porque os últimos capítulos possuem cenas sigilosas. Torço para que eles ainda surpreendam o público com finais inesperados - qualquer uma das versões que vazaram não causará mais o mesmo impacto.

Foto: Divulgação/TV Globo

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Vítima do próprio tapa

Duda Yankovich acertou um tapa na orelha de Thiago Gagliasso, mas foi ela quem beijou a lona. Perdeu! E vamos combinar: ao expulsá-la de A Fazenda 4, a direção não fez mais do que a obrigação, cumprindo a regra. Não dá para sair por aí distribuindo sopapos impunemente. Se a lutadora não fosse eliminada, o programa abriria um precedente perigoso. Todo peão poderia se sentir à vontade ou estimulado a resolver suas diferenças na mão. Ao agredir o ator, Duda mostrou descontrole. Por mais apoio que ela venha recebendo aqui fora - é o que diz sua assessoria -, o gesto não ficou bem pra sua imagem e pode comprometer sua carreira. Queimou o filme! No dia em que a expulsão foi anunciada, Britto Jr. irritou, fazendo um suspense ridículo e previsível. Aliás, o apresentador está ainda mais repetitivo do que nas edições anteriores.
Na fazenda, após a saída de Duda, os participantes já falaram em ajudá-la quando o programa terminar. Teve muita gente fazendo ceninha para as câmeras, posando de melhor amigo(a) de infância. Patético!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Mais amor, menos revolução, nenhuma satisfação

Não é só a Globo que anda vetando cenas em Insensato Coração. O SBT também está censurando sequências que considera inadequadas em Amor e Revolução. Os cortes são feitos na edição para evitar o baixo nível e palavras de baixo calão. Depois de exibir o beijo gay entre duas mulheres - Gisele Tigre (Marina) e Luciana Vendramini (Marcela) -, a emissora de Silvio Santos decidiu recuar, reduzindo as cenas de violência e desistindo de mostrar o beijo entre dois homens - Jeová (Lui Mendes) e Chico (Carlos Artur Thiré). As mudanças foram feitas depois que a "TV mais feliz do Brasil" realizou uma pesquisa de satisfação junto ao público.
De fato, no início, a trama de Tiago Santiago estava pecando pelo excesso, com muitas cenas de tortura e morte nos porões do Dops, sem retorno de audiência. A alternativa do autor foi apostar no romance, com direito a casais fazendo sexo.
O problema é que, mais uma vez, a história esbarrou em um tema proibitivo: padre Inácio (Pedro Lemos) já transou com Nina (Patrícia Dejesus) na sacristia e agora engravidou uma mulher. Não se sabe ainda qual o desfecho desse imbroglio - se o padreco vai largar a batina ou não -, mas Tiago e o SBT resolveram não polemizar mais, desistindo de mostrar o padre Bento (Diogo Savala Picchi) como homossexual.
Amor e Revolução tem um tema interessante, mas ainda obscuro para a maioria da população, os Anos de Chumbo. A novela tem a seu favor uma discussão bem atual: a instalação da Comissão da Verdade, que tem por objetivo esclarecer casos de violação de direitos humanos ocorridos no período da ditadura (1964-1985). Mas nem assim a trama decola. Na verdade, a história anda sem rumo, perdida entre cortes de cenas de violência, desbunde dos anos 60 e erotismo raso. Sem falar no elenco fraco, carente de direção - alguns atores parecem que só decoram o texto, mas não o falam com naturalidade, ou então se limitam a usar o tom didático do autor, chatérrimo, quando se trata de explicar o golpe dos militares e o papel da guerrilha. Sofrível.

domingo, 7 de agosto de 2011

Uma chacina em horário nobre

Com o assassinato de Gilvam (Miguel Roncato), Insensato Coração chega à incrível marca de 22 mortes. Deve ser recorde em novelas, embora a trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares não seja policial. Não é nada, não é nada, é quase uma chacina em horário nobre! Os vilões Léo (Gabriel Braga Nunes), Norma (Gloria Pires) e Cortez (Herson Capri) são responsáveis, direta ou indiretamente, por 13 defuntos. O blog do colega e jornalista Maurício Stycer, do UOL, se deu ao trabalho de listar cada uma das mortes, que o ESPAÇO TV reproduz abaixo. No entanto, a contagem de corpos deve aumentar, já que os autores vão matar Léo ou Norma nos últimos capítulos.


Léo (Gabriel Braga Nunes) é responsável por cinco mortes:
1. Luciana (Fernanda Machado)
2. Olegário Silveira (Hugo Carvana)
3. Andrade (Paulo Vespúcio), bandido que tentou chantageá-lo
4. Carmen (Nívea Maria)
5. Irene (Fernanda Paes Leme)



Norma (Gloria Pires) tem quatro mortes nas costas:
6. Araci (Cristiana Oliveira)
7. Teodoro (Tarcísio Meira)
8. Milton (José de Abreu)
9. Zeca (André Barros)

Cortez (Herson Capri) matou dois:
10. Aderbal, motorista
11. Clarice (Ana Beatriz Nogueira)

A polícia de Florianópolis matou um, em consequência do roubo no navio, armado por Cortez e Léo:
12. Henrique (Ricardo Pereira)

Vinicius (Thiago Martins) assassinou um:
13. Gilvam (Miguel Roncato)

Araci (Cristina Oliveira) é responsável por duas mortes numa rebelião no presídio:
14. Claudete (Gláucia Rodriges), funcionária
15. Edite (Karen Coelho), prisioneira

Celso (Marcelo Varzea), falso advogado, causou uma morte:
16. Dalva (Susana Ribeiro), “amiga” que engana Norma

Morte natural:
17. Gregório (Milton Gonçalves), pai de André (Lázaro Ramos)

Sequestro do avião:
18. Jonas (Tuca Andrada) morreu depois de causar uma morte
19. Piloto do avião (Marcos França) sequestrado por Jonas

A polícia matou três bandidos da máfia do videogame em Florianópolis:
20. Afrânio (Nelson Diniz)
21. Capanga 1
22. Capanga 2

Insensato Coração: Violência gera violência

Já falei no assunto, mas não custa nada um "vale a pena comentar de novo". Depois que a Globo vetou as cenas do casal Hugo (Marcos Damigo) e Eduardo (Rodrigo Andrade), os autores Gilberto Braga e Ricardo Linhares passaram a se concentrar única e exclusivamente na campanha contra a homofobia em Insensato Coração. Acho louvável o combate a qualquer tipo de violência, seja contra gays, mulheres, negros ou qualquer grupo social desfavorecido. O problema é que a trama ficou resumida a isso, ao ódio contra homossexuais, como se todo dia, na Zona Sul no Rio - onde se passa a ação da novela - a gente tivesse notícia de um ataque dessa natureza. Talvez os autores estejam errando a mão. Ou não? A cena do assassinato de Gilvam (Miguel Roncato) foi bem executada e coisa e tal; Thiago Martins, ótimo como intérprete do pitboy Vinícius, também se superou, passando toda a raiva que sente pelos gays. No entanto, esse tipo de cena pode gerar um efeito contrário. Existe um ditado que diz: "Violência gera violência". Em vez de servir ao propósito dos autores, que estão bem intencionados e só querem alertar contra as agressões, os ataques da ficção podem estimular ainda mais o ódio e a intolerância.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Fuga de Cortez: só bandido tem boa pontaria

Com requintes de superprodução, a fuga de Cortez (Herson Capri) foi bem realizada tecnicamente, mas deixou brechas para alguns questionamentos, em Insensato Coração. A cena teve a tensão e o ritmo necessários. Tudo ao som de Que País É Esse?, hit do Legião Urbana apropriado para o momento. Herson Capri, que vem se destacando na trama merecidamente, deu conta do recado mais uma vez. Ou alguém ainda esperava que ele ficasse pendurado na escada do helicóptero durante o voo? Não, isso é trabalho para dublê. Apesar de cinematográfica, a ação em si não escapa de uma análise mais rigorosa: Como é que pode um só bandido, de dentro do helicóptero, atirar e atingir tantos seguranças do presídio? Foi quase uma chacina! Com tantos agentes penitenciários armados em terra, como é que nenhum deles acerta um tiro sequer na aeronave em pleno voo? Pelo visto, só marginais são bons de mira - que o digam os traficantes do Morro dos Macacos, que derrubaram um helicóptero da PM em 2009!
Por mais inverossímil que pareça a fuga de Cortez, a gente se rende à ficção ao constatar que a realidade pode ser ainda mais absurda. E o melhor exemplo é a fuga do traficante Escadinha num helicóptero, do presídio da Ilha Grande, em 1986, na qual a cena da trama das nove foi inspirada. Coisa de novela!

domingo, 31 de julho de 2011

Será que Datena vale quanto pesa?

Esse vai-e-vém de Datena já virou brincadeira. Menos de dois meses depois de sair da Band, ele deixa a Record e volta para a antiga emissora. Para rescindir o contrato, o apresentador alega que estava sendo censurado na TV do bispo Macedo e que a pauta do Cidade Alerta tinha que ser aprovada antes pela direção de jornalismo. Não podia falar de temas religiosos nem noticiar violência contra homossexuais. OK, ele tem todo o direito de se rebelar contra a mordaça imposta pela Record. Mas só uma pergunta: será que Datena não pensou nisso quando assinou contrato? Ele já trabalhou lá e devia saber que quem não reza pela cartilha do bispo não tem muito futuro na igreja... ops!, na casa.
Se a volta para a Band for realmente confirmada, para reassumir o Brasil Urgente no próximo dia 8 de agosto, Datena ainda enfrentará uma dura batalha jurídica para o pagamento de uma indenização milionária por essa nova rescisão com a Record - a primeira foi em 2002. Os dois processos podem chegar a R$ 25 milhões. Será que o apresentador e a Band têm esse cacife? O apresentador é cobiçado pelas emissoras e dono de um estilo que garante audiência a programas policiais, mas custa muito caro quando resolve mudar de ares. O preço que se paga em cada troca-troca de canal é muito alto. Será que Datena vale quanto pesa? Outro detalhe: quem garante agora que ele não vai continuar reclamando ao vivo da equipe, do programa, de falhas técnicas e da própria Band, exatamente como fazia antes? Já estão abertas as apostas para a próxima rescisão do apresentador.