sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

MELHORES E PIORES DA TV EM 2010

Todo mundo adora listas. E não tem época melhor para fazê-las do que o fim de ano. Depois de um balanço geral, apontamos os melhores e piores da TV em 2010. Claro que muita gente não vai concordar conosco. Mas isso que é bom: poder discordar e postar comentários, contando o porquê! Aproveitamos para agradecer a acolhida ao ESPAÇO TV, nesses primeiros quatro meses de existência, e desejar um ANO NOVO perfeito como os da melhor ficção.


MELHORES PROGRAMAS:
Dalva e Herivelto – A minissérie de Maria Adelaide Amaral emocionou ao contar a história do casal de cantores, ídolos da era do rádio. Adriana Esteves e Fábio Assunção deram show nos papéis de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins. Figurino, cenografia e reconstituição de época também estavam impecáveis.

A Cura – A história de João Emanuel Carneiro não ficou devendo nada a qualquer seriado americano, misturando suspense, mistério e temática sobrenatural. De volta à TV aberta, Selton Mello esteve ótimo como Dimas, médico com o dom de curar. Andréia Horta também se destacou como  Dra. Rosângela.

MELHORES NOVELAS:
Ti-Ti-Ti – Maria Adelaide Amaral acertou no trama baseada no remake da novela de Cassiano Gabus Mendes, e trouxe de volta o humor ao horário das sete. Apesar do exagero na afetação de Jacques Leclair (Alexandre Borges), o restante do elenco está se saindo muito bem. Até Murilo Benício, de quem se tinha dúvidas quanto ao desempenho, dá conta do recado como Ariclenes/Victor Valentim.

Escrito nas Estrelas – Com temática espírita, a novela de Elizabeth Jhin comoveu o público e alavancou a audiência das seis. Destaque para Nathalia Dill e Humberto Martins.

MELHOR REPRISE:
Vale Tudo - A volta das vilanias e dos absurdos ditos por Odete Roitman (Beatriz Segall) foi um presentaço ao telespectador do canal Viva. Vinte e dois anos depois, a novela é de uma (triste) atualidade que dá o que pensar.

QUEM MANDOU BEM:
Rodrigo Faro - Ator, cantor, dançarino, se encontrou apresentando o Melhor do Brasil, na Record. E chegou ao primeiro lugar, no horário, com o quadro Dança Gatinho. Sem medo de ser feliz, travestiu-se, dublou, dançou e arrasou nas performances.

BONS DE RISO:
Pânico – O programa transformou em divertidas novelinhas as procuras por Antônio Nunes e o sujeito do “Cadê o chinelo?”. E ainda teve a transformação da desdentada Gorete, a Paula Veludo, que ganhou prótese dentária e novo guarda-roupa. A saga virou uma espécie de reality, deixando a atração em primeiro lugar.

CQC – Os repórteres do humorístico não deram sossego aos políticos, em Brasília, e aos famosos, em toda a parte. O CQTeste e o Top 5 foram os melhores quadros.

Marcelo Adnet – Surgiu como um dos bons nomes do humor em 2010 na MTV, emissora que vem se revelando como celeiro de bons comediantes.

REALITY SHOW:
A Fazenda 3 - Parecia que o programa ia dar em água, com a saída dos participantes mais famosos. Mas as escolhas do público foram ganhando novos contornos e o final foi merecidíssimo. Nota destoante:o eterno despreparo do apresentador Britto Jr.

PODIA TER SIDO MELHOR:
Clandestinos – Mesclando ficção e documentário, a série baseada no espetáculo de João Falcão começou bem, mas perdeu fôlego e graça nos episódios finais.

As Cariocas – Outro seriado com resultado desigual. A maioria das histórias era datada, sem verossimilhança. Se fossem produzidas como tramas de época poderiam ter emplacado. Mas até que alguns episódios foram bem divertidos.

Afinal, O que Querem as Mulheres? - O seriado 'cabeça' de Luiz Fernando Carvalho (redundância?) buscava respostas para os mistérios da alma feminina, mas acabou deixando meio mundo ainda mais confuso com sua narrativa, linguagem e texto pretensamente sofisticados.

A Vida Alheia – Se o cotidiano de uma revista de celebridades corresponder ao que o autor Miguel Falabella mostrou na série é melhor pararem as máquinas! Parecia vingancinha de quem se acha perseguido pela imprensa.

Força-Tarefa – A segunda temporada do seriado policial teve um pouco mais de ação, mas ainda assim ficou devendo no quesito roteiro. Algumas histórias foram bem fraquinhas.

EXPECTATIVA FRUSTRADA:
Passione – A personagem de Fernanda Montenegro não está à altura da atriz. E, após meses de suspense, a revelação do segredo de Gerson (Marcello Antony) decepcionou o público. Agora, a dúvida é se Totó (Tony Ramos) morreu ou não. Especulações em torno da trama têm sido mais interessantes do que a história em si.

A DESPEDIDA DO ANO:
Hebe - Sempre em época de renovação de contrato, surgia a possibilidade de a loura sair do SBT. Mas nunca acontecia. E não é que, 25 anos depois, aconteceu? Acho que a emissora de Silvio Santos perde muito sem a melhor apresentadora do Brasil.

O ANIVERSARIANTE DO ANO:
Silvio Santos – Ao completar 80 anos, o dono do Baú se deu o direito de ser uma versão de Dercy Gonçalves, falando aos convidados e às colegas de trabalho o que lhe vem à cabeça e protagonizando situações absurdas, ao lado de Lívia Andrade, no quadro Jogo dos Pontinhos. Um mestre.

CANAL DOS CLÁSSICOS:
TCM - Mesmo quem não é insone periga passar as noites acordado vendo os filmes exibidos no canal a cabo. O melhor dos anos de ouro de Hollywood, e séries como Mulher Maravilha, As Panteras, Ilha da Fantasia e MacGyver são imperdíveis.

FOI MAL:
Na Forma da Lei – Fraco do primeiro ao último episódio, com Márcio Garcia muito mal no papel do vilão. Isso sem falar na fraquíssima Luana Piovani.

Hipertensão – Abusou das provas com situações bizarras, banquetes exóticos e bichos nojentos. Glenda Kozlowski merecia ter apresentado coisa melhor.

Separação! - Não tiveram a menor graça as brigas do casal em crise vivido por Débora Bloch e Vladimir Brichta. Texto fraco e atuações histéricas.

Tempos Modernos – Um desastre! Antonio Fagundes pagou um micão nesse fracasso das sete. Só não foi pior porque a Globo decidiu encurtar a novela de Bosco Brasil.

Uma Rosa com Amor – O remake, que marcou a estreia de Tiago Santiago no SBT, não emplacou. Silvio Santos encurtou a trama por falta de audiência, apesar de a emissora e o autor alegarem oficialmente que a trama acabou antes do tempo por causa do horário eleitoral, que forçaria mudanças na grade - uma desculpa boba, porque Silvio sempre mexeu na programação sem dar aviso prévio.
Aprendiz Universitário, com João Dória Jr. - Buscando seu próprio estilo de apresentar a atração, João Dória resolveu ser ainda mais agressivo e indelicado do que Roberto Justus com os participantes. Errou feio a mão!

Extreme Makeover Social, com Cristiana Arcangeli – A proposta do programa é transformar creches, mas usando uma equipe, digamos, de uma realidade social diferente das instituições beneficiadas. Muito frufru, mas o que elas precisam  mesmo é de infraestrutura para atenderem um número maior de crianças.

MORTE ANUNCIADA:
Casseta & Planeta, Urgente! - Após 18 anos no ar, o programa já não tinha a mesma graça, vivia basicamente das (ótimas) paródias das novelas das oito, o que é muito pouco para a trupe.

GRANDES COBERTURAS:
Copa do Mundo – Apesar de 33 câmeras para mostrar os lances em detalhe, quem roubou a cena foi a bola, a Jabulani. Virou até bordão em diferentes versões na voz de Cid Moreira. Fora de campo, foram divertidas as campanhas “Cala boca Galvão”, protestando contra a falação de Galvão Bueno, e “Libertem o Caio”, que pedia uma folga para o comentarista Caio Ribeiro, figura onipresente na transmissão dos jogos. Apresentador do Central da Copa, Tiago Leifert virou sensação nacional, mas exagerava na “espontaneidade” e nas gracinhas.

Resgate dos mineiros no Chile – A operação durou quase 23 horas e virou um grande espetáculo da TV mundial. A Globo News exibiu ao vivo a retirada de cada um dos 33 trabalhadores soterrados na mina de cobre.

Invasão da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão – As imagens de centenas de bandidos em fuga da Vila Cruzeiro foram impressionantes. Ninguém tirou os olhos da telinha. Nos dias seguintes, a cobertura da operação policial teve prosseguimento na espetacular retomada do Alemão, com transmissão ao vivo da Globo.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

TOTÓ, O MORTO-VIVO

Totó está morto e enterrado. Certo? É claro que não. Enterro de novela quase sempre mostra o defunto - mesmo que não seja em close. Quando o caixão está fechado e ninguém vê o corpo – como no caso do protagonista de Passione -, pode desconfiar! Essa foi apenas uma das pistas deixadas por Silvio de Abreu para suscitar a dúvida na cabeça dos telespectadores. Antes mesmo de a cena ir ao ar, já se especulava que o assassinato do personagem, vivido honrosamente por Tony Ramos, não passava de mais uma pegadinha do autor, buscando alavancar a trama. Para as revistas especializadas, a volta de Totó já é uma certeza. Mas é aí que mora o perigo. Se o italiano “ressuscitar” nos últimos capítulos, Silvio de Abreu estaria se repetindo, porque já usou a mesma estratégia em Belíssima, na qual todos pensavam que Bia Falcão (Fernanda Montenegro) estava morta. O autor, no entanto, já declarou que não veria o menor problema em apelar novamente para o recurso já tão batido, se isso garantisse surpresa para o público. Mas... que surpresa? A essa altura, o mundo inteiro espera o retorno de Totó. É notícia velha. E se o italiano estiver mesmo morto? Aí, sim, Silvio estaria cometendo uma ousadia. Matar o protagonista bonzinho, interpretado por um ator amado pelo público, seria uma subversão da teledramaturgia. Mas desagradaria uma legião de telespectadores. Enfim, o autor se meteu numa encruzilhada. E, qualquer que seja o caminho escolhido, vai decepcionar muita gente.

Video Show Retrô desanda receita do pastelão

Um resumo dos principais acontecimentos do ano na TV virou tradição no Video Show Retrô. É sempre divertido rever os maiores micos, tapas, beijos e safanões em novelas e programas da Globo. Mas, desta vez, o especial desandou ao forçar a mão no humor gratuito e no teatrinho de quinta entre os apresentadores Ana Furtado e André Marques. Para relembrar as imagens mais marcantes de 2010, o programa promoveu uma espécie de premiação por categorias, como melhor chilique, melhor beijo desentupidor, melhor bofetada, personagem mais chorão, melhor cantada e melhor desmaio - o melhor mico do ano foi, sem dúvida, a queda de Ana Maria Braga de uma cadeira, ao vivo, no Mais Você. Apesar de não ser das mais criativas, a ideia de dividir as imagens por categorias até que não era ruim. O problema é que, antes de anunciar os eleitos, André e Ana sempre faziam uma graça ou um draminha - totalmente artificiais e dispensáveis! Outra novidade que não funcionou bem foram os esquetes entre uma categoria e outra. André e Bruno de Luca protagonizaram várias situações, como aquela em que um cola nas costas do outro um papel com os dizeres "Otário" e "Mané". Tudo muito bobo e até previsível. Pior que isso só mesmo André jogando uma torta na cara de Bruno, junto com Fiorella Matheis e Geovanna Tominaga, numa cozinha cenográfica. Era melhor ter deixado o pastelão apenas para os personagens que concorriam na premiação.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

ESPECIAL DO DIDI: PRA RIR OU CHORAR?


Existe uma expressão no jornalismo que se aplica ao especial de fim de ano Meu Querido Trapalhão, sobre a vida de Renato Aragão: "faltou dizer". A grande preocupação dos redatores e da direção do programa foi contar o início da vida do humorista. Isso num clima puxado para o drama, com uma trilha sonora de entristecer qualquer um e com o homenageado sempre à beira do choro. Foram tantos detalhes dramatizados em tantos minutos, que parece ter faltado tempo para falar mais da carreira de Renato, de seu humor na TV e no cinema. Muito esporadicamente passava uma ceninha de algum filme ou de Os Trapalhões, na Globo. De repente, a atração deu um pulo na vida do comediante: da mudança para o Sudeste à formação do quarteto Didi, Dedé, Mussum e Zacarias. Faltou contar sobre os humorísticos A E I O Urca, A Cidade Se Diverte, Adoráveis Trapalhões (com os cantores Wanderley Cardoso e Ivon Curi, além do lutador de Telecatch Ted Boy Marino), Uma Graça, Mora?, Praça da Alegria, Quartel do Barulho, Café sem Concerto, Os Insociáveis (com a cantora Vanusa e o comediante Roberto Guilherme, o Sargento Pincel) e, aí sim, Os Trapalhões. Não se falou de seu trabalho como Embaixador da Unicef, da apresentação do Criança Esperança e, muito menos, da atual Turma do Didi. Outra coisa: por que Dedé Santana não deu um depoimento sobre o companheiro de tantos anos? Aliás, por que só os parentes falaram sobre Renato, e, mesmo assim, sem créditos que pudéssemos identificá-los? Por que não foram contadas histórias engraçadas, momentos divertidos, o melhor dos 50 anos desse profissional que se dedica a fazer rir, e não a buscar emoção pelas lágrimas? Um programa pra cima, isso sim. Com a cara do Didi Mocó Sonrisépio Colesterol Novalgino Mufumbbo, que alegrou tanto a minha infância e a de milhões de brasileiros. Ah, ia faltando dizer: O ponto alto do especial ficou por conta de Vinícius de Oliveira, que deu um show como Renato Aragão jovem.

domingo, 26 de dezembro de 2010

QUEREM ACABAR COM O REI?


"Ser súdita do Rei é hereditário. Minha avó adorava, minha mãe era fanzoca de carteirinha, e eu gosto demais de Roberto Carlos. Choro sempre nos especiais dele. Mas, mais uma vez, fiquei frustrada com um programa deste fim de ano da Globo. Embora Roberto Talma seja um diretor competente e, há alguns anos, tenha entendido a linguagem de RC e da maioria do público que o acompanha pela TV no dia de Natal, pecou feio dessa vez. Num show que era prometido como ao vivo houve várias interrupções para entrevistas com famosos e anônimos, que não acrescentaram nada. Faltou roteiro, e a edição foi muito ruim. E o que fazia Glória Maria na atração? Juro que não entendi. A escolha dos convidados parece ter querido agradar a gregos e troianos. Só fez desagradar. No especial de Roberto, a ideia, pelo menos para mim, é ouvir... Roberto! E ele cantou poucas músicas. Mas emocionou, como sempre. Em compensação, a desconhecida Paula Fernandes, em seu modelito de gosto duvidosíssimo, buscando segurar a mão do Rei a qualquer custo, cantou até demais. Num pout pourri, que seria delicioso interpretado pelo protagonista da noite, Paula destoou com sua voz na linha sertanejo universitário e engoliu várias sílabas, recebendo o auxílio luxuoso de Roberto. Neguinho da Beija-Flor, no final do programa, foi outro que não conseguiu passar o seu recado. Alguém entendeu toda a letra do samba enredo da escola para 2011? Entre os dois, estiveram mais duas opções erradas: Bruno e Marrone, e Exaltasamba. Os sertanejos cantaram seu carro-chefe pra lá de batido, e fizeram uma versão mexicanizada de Desabafo. Os sambistas, pouco à vontade ao lado de Roberto, ficaram em cima do muro na hora de Nêga e da já tocada no início do show Além do Horizonte. E as crianças do Coral da Rocinha, que se abalaram de casa para cantar apenas a primeira parte de Noite Feliz? No final, Roberto Carlos parecia cansado. Tanto que nem beijou as rosas distribuídas à plateia: só fez menção. Show melancólico, nem um pouco digno de um Rei." (POR SIMONE MAGALHÃES)

"Show de Roberto Carlos é sempre mais do mesmo. Este ano, pra não dizer que foi igual aos anteriores, teve o charme de ser em Copacabana. Surpresa mesmo foi ver o Rei sentado quase o tempo todo num banquinho, por causa de dores no joelho. A postura do cantor deu ares de uma apresentação acústica. Mas, cá entre nós, parecia que RC estava entorpecido, bem mais paradão do que em outros especiais. Mais interessante do que o manjado repertório foram as tiradas do cantor, que tentou demonstrar bom humor. Primeiro, brincou com o nome de Marrone, da dupla com Bruno. Disse que o cantor sertanejo deveria trocar para 'Azulone'. Mas o melhor viria depois, numa declaração inédita. As três coisas de que o Rei mais gosta são sexo, sexo com amor e sorvete. Vocês sabiam? Nem eu! Em entrevistas, Roberto Carlos nunca fala coisas supreendentes. Só essa confissão, dita para mais de 400 mil pessoas em Copa, e para milhões que assistiram pela TV, valeu "o ingresso". A Globo prometeu, a semana inteira, que exibiria o show ao vivo. Mas não cumpriu. A transmissão começou meia hora depois de o cantor ter entrado no palco e interpretado  Emoções, como faz tradicionalmente, há décadas. O pior foi ver a Glória Maria anunciando o tempo inteiro que o espetáculo estava sendo exibido ao vivo. É muita cara de pau!" (POR PAULO RICARDO MOREIRA)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

COMO DERRUBAR FÁBIO JR EM APENAS UM PROGRAMA

Adoro Fábio Jr. Foi amor à primeira novela. E confesso: adolescente, colei atrás da porta do meu armário uma foto dele como Anjo, em Nina (1977). E confesso, outra vez: sempre choro quando ouço Pai. Por isso e por mais de 30 anos acompanhando a carreira de Fábio, tenho absoluta certeza de que ele não merecia o especial de fim de ano Tal filho, tal pai. O ator serviu de escada para Fiuk! E ficou no meio do caminho entre o excesso dramático (como chorou o Fábio!) e as suas tiradinhas engraçadas, com as quais tentou dar alguma veracidade àquela relação entre pai e filho. Na primeira aparição, ao telefone, o ator/cantor estava trêmulo. E ficou pouco à vontade durante todo o programa, repleto de palavrões e alfinetadas desnecessários. Tive pena de Fiuk. Verde como ator e como cantor, o rapaz não conseguia expressar os sentimentos do Fiuk da ficção. Ele não abria nem a boca! E não estou falando do playback, na cena do show. Alessandra Negrini como a crítica musical Bárbara Leão (mistura de Bárbara Heliodora e Tom Leão???) fez papel de... Alessandra Negrini. Que postura jornalística, que nada. Isso passou longe. E, no final, ainda deu uns beijinhos no galã do especial. Fábio Jr? Não, gente: Fiuk! O elenco do segundo escalão foi tão sofrível quanto. Sem contar, o visual dos protagonistas. O que era aquele cabelo furta-cor do Fábio??? O corte à la Prince que fizeram no Fiuk ficou feio demais, assim como as calças à la Restart. E enquanto Fábio Jr trocava de camisa a cada segundo, Alessandra Negrini só tinha um shortinho branco. Resumo: "Tem hora que bate uma tristeza tão grande, que eu não sei o que fazer...". Acho que, a muito custo, é melhor fingir que o especial não aconteceu.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

SAI BRITTO JR E ENTRA RODRIGO FARO

Não basta perder 12 quilos: tem que ser bom apresentador! Está certo que Britto Jr é boa praça, está se esforçando há dois anos, mas a Record já podia ter entendido que o lugar dele é no matutino Hoje em Dia, e não na Fazenda. Britto já trocou o figurino, já ficou magérrimo, já tentou ser distante dos peões, já fez a linha ombro amigo... Mas não há quem aguente seus gritos, totalmente desnecessários e que não causam um pingo de emoção - acho que essa era a intenção, né??? Tudo bem: ele está confinado em Itu, há três meses, vive o programa com intensidade, o cansaço bate... Mas nada justifica a troca constante de nomes dos participantes, as enrolações quando não há o que dizer, os pitacos absurdos durante as votações das roças e a falta de jogo de cintura para falar algo interessante, quando numa situação saia justa. E, sejamos francos, empatia e uma certa versatilidade contam muito na apresentação de um programa como esse. Por essas outras, acho que o polivalente Rodrigo Faro deveria assumir a quarta edição de A Fazenda. Além de ter as manhas de ator, Faro revelou-se talentoso como apresentador, tem carisma e fala a língua do público. Então, é isso: quem volta pra cidade agora é você... Britto Jr!!!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

À espera do 'sim' do dono do Baú

O filme sobre a história de Silvio Santos está empacado. Os jornalistas Elias Abrão e Sonia Abrão, donos da produtora Câmera 5, que compraram os direitos do livro A Fantástica História de Silvio Santos, de Arlindo Silva, estão à espera da autorização do dono do Baú. Responsável pela adaptação da obra para o cinema, Sonia já escreveu um pré-roteiro. A ideia era filmar este ano, aproveitando a comemoração dos 80 anos de Silvio, mas o próprio apresentador pediu, no ano passado, que a jornalista esperasse mais um pouco, porque estava focado nos problemas da emissora. A esperança da dupla é que, findas as homenagens pelo aniversário e passada a crise do Banco PanAmericano, o "patrão" autorize a filmagem em 2011. O elenco não deve ter atores famosos, porque, segundo os produtores, a estrela do longa-metragem tem que ser Silvio Santos.

domingo, 12 de dezembro de 2010

SILVIO SANTOS É COISA NOSSA!

Faço parte de uma legião de telespectadores que cresceu assistindo ao Programa Silvio Santos, aos domingos. No início dos anos 70, lá em casa, tínhamos apenas uma televisão, em preto e branco. E meus pais, fãs do dono do Baú, controlavam o seletor de canais. Não tinha jeito de assistir a outra coisa. Quando minha avó nos visitava, então, pedir para trocar de canal era quase uma ofensa. Ela adorava o animador, que passava quase o dia inteiro conduzindo quadros como Qual é a Música?, Show de Calouros, Porta da Esperança e Boa noite, Cinderela. Se pudesse escolher, eu veria minhas séries favoritas na época: Os Três Patetas, Abbott & Costello e Os Banana Splits. Como não tinha opção, acabava me aboletando no sofá e assistindo a Silvio, seus convidados famosos e seus jurados. Mas, com 6 ou 7 anos, não entendia a graça que minha avó, meus pais, minha família inteira viam naquele sujeito de paletó e gravata, que tinha uma risada engraçada e dava prêmios. A musiquinha do programa foi um hit da minha infância: “Agora é hora de alegria, vamos sorrir e cantar, do mundo não se leva nada, vamos sorrir e cantar... Silvio Santos vem aí... Papãpãpãpã”.
Só muito tempo depois, já formado em jornalismo, comecei a compreender por que tanta gente o admirava, o idolatrava: Silvio tem um incrível carisma e um dom inigualável para falar a língua do povo. Quando criança, jamais poderia imaginar que um dia conheceria pessoalmente aquele homem que preencheu as minhas tardes de domingo na TV, desde a infância até hoje. Como jornalista, participei oito vezes do júri do Troféu Imprensa e fiquei cara a cara com o “homem”. A cada encontro no camarim do SBT, uma emoção diferente. É um privilégio para poucos na profissão. Ver de perto a tintura que ele usa no cabelo, o tanto de maquiagem que cobre seu rosto e o elegante paletó que veste, da grife Ricardo Almeida, apertar sua mão, ouvir sua preleção antes da gravação, sua inconfundível risada e o modo como "aquece" o auditório, contando piadas... são experiências que não têm preço. Levei esse tempo todo para descobrir o que meu pai e minha avó, que nunca tiveram a oportunidade de conhecê-lo, já sabiam: Silvio Santos é coisa nossa!!!
Esta também é uma homenagem ao meu pai, Paulo Jorge, falecido em março deste ano, aos 76 anos, e à minha avó, Lucina, que também já nos deixou, há 11, e teria 100 anos. Os dois compravam o carnê do Baú porque acreditavam em Silvio Santos, e certamente, se hoje estivessem aqui, fariam parte da legião que confia em sua volta por cima.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Será que Gerson cheira o computador?

Estou com a cantora Rita Lee, que manifestou no Twitter sua indignação e revolta com a revelação do fetiche de Gerson (Marcello Antony), em Passione:  “Desculpe o baixo calão, mas o segredo de Gerson foi muito peido para pouca b...”. Foi uma das definições mais duras e engraçadas. Após meses de suspense em torno do assunto, todo mundo se sentiu meio traído ao saber que o personagem gosta mesmo é de ver gente fazendo sexo em lugares fétidos. O transtorno de Gerson mistura voyeurismo, bizarrice e escatologia – nada tão impactante quanto os temas especulados, como pedofilia ou necrofilia. Enfim, o autor Silvio de Abreu frustrou os telespectadores, que esperavam coisas mais bombásticas e escabrosas. Agora, uma pergunta que não quer calar: se o que atrai Gerson é o cheiro do “sexo sujo”, como ele concretizava suas fantasias vendo fotos na internet? Que eu saiba, ainda não inventaram computador que exale odores.

Novela das nove já é um drama antes da estreia

Fiquei surpreso com o pedido de afastamento de Fábio Assunção da próxima novela das nove da Globo, Insensato Coração. Mas a decisão do ator, que alegou não estar em condições de enfrentar um longo período de trabalho, deve ser respeitada. Só que ele podia ter chegado a esta conclusão antes de começar a gravar. Teria poupado os autores Gilberto Braga e Ricardo Linhares e o diretor Dennis Carvalho de escolherem um substituto às pressas e jogarem fora tudo o que já foi feito. Era a chance de Fábio consolidar seu retorno à TV, já que foi muito bem na minissérie Dalva e Herivelto, seu primeiro trabalho após um período de quase um ano de tratamento contra drogas. Para uma trama que já havia perdido a protagonista Ana Paula Arósio – afastada por ter faltado às gravações em Florianópolis – a nova baixa significa um péssimo começo. O folhetim já passa por um drama antes mesmo da estreia. Imagina o que ainda pode vir por aí...

Pimentel domina o Alemão

A cobertura da ocupação do Complexo do Alemão chamou a atenção para dois personagens, que ficaram horas no ar, ao longo das edições especiais do RJ-TV: a apresentadora Ana Paula Araújo e o comentarista de segurança Rodrigo Pimentel. Os dois se saíram superbem nas transmissões ao vivo, informando e esmiuçando detalhes da operação. Para quem não desgrudou os olhos da TV, as imagens do conflito remeteram ao filme “Tropa de Elite 2”. Sem perder tempo, os camelôs da cidade, que lançaram o DVD do primeiro longa antes mesmo da estreia, já estão vendendo os “melhores momentos” da cobertura da guerra contra o tráfico no Rio. Na internet, Pimentel, ex-capitão do Bope, virou alvo de piadas por passar tanto tempo na emissora, ganhou até uma campanha: “Libertem o Rodrigo Pimentel”. É o Caio Ribeiro da vez – durante a Copa, o comentarista esportivo não saía do “cativeiro” na Globo. Brincadeiras à parte, Pimentel fez um bom trabalho, mas, assim como o público, não imaginava a fuga em massa de bandidos pela rede de esgoto. O mais curioso é que, no dia da retomada do Alemão, em meio a uma comemoração desmedida, nenhuma emissora estranhou o fato de tantos traficantes terem sumido misteriosamente.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Onda de ataques no Mais Você

 A onda de ataques de bandidos no Rio de Janeiro virou assunto do Mais Você desta quinta-feira, na Globo. O programa abriu com imagens de carros incendiados durante a madrugada. De repente, um flagrante! A bordo do Globocop, a repórter Tatiana Nascimento mostrou, ao vivo, um ônibus que havia acabado de ser incendiado na Zona Norte. O helicóptero registrou, inclusive, o momento em que o veículo explodia e a chegada dos bombeiros para apagar o fogo. No estúdio, Ana Maria Braga entrevistou por telefone uma vítima dos ataques ocorridos na segunda-feira. Por motivo de segurança, o homem se identificou com nome falso e revelou como foi abordado pelos marginais, que carregavam garrafas pet com gasolina. “Eles chegaram dizendo: 'Perdeu, perdeu! É o Borel'”, contou. A apresentadora também recebeu em seu sofá o coronel Lima Castro, da PM, que falou sobre as operações policiais para inibir a violência, e conversou ainda com o comentarista de segurança pública Rodrigo Pimentel. Nesse momento dramático vivido pela cidade, informação e prestação de serviço são fundamentais.

sábado, 20 de novembro de 2010

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Odete Roitman tem receita para acabar com violência no Brasil

Valeu a pena ficar acordado até de madrugada para assistir a uma cena antológica de Odete Roitman (Beatriz Segall) na reprise de Vale Tudo, no canal Viva. Durante um jantar com Celina (Nathália Timberg), Heleninha (Renata Sorrah), Renato (Adriano Reis), Ivan (Antônio Fagundes), Afonso (Cássio Gabus Mendes) e Solange (Lídia Brondi), a vilã destilou todo o seu desprezo pelo Brasil. Enquanto ela fazia comentários preconceituosos sobre o povo brasileiro, caçoava da crise e dava receita para acabar com a violência, todos à mesa se entreolhavam constrangidos com as ideias fascistas da anfitriã. Passados mais de 20 anos, a megera que o público ama odiar continua imbatível. Nota 10 para o texto de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Basséres. E, claro, todos os aplausos a Beatriz Segall, que fez uma Odete inesquecível.

O que Odete acha do Brasil e do povo:
“Eu também gosto (do Brasil), acho lindo, uma beleza, mas de longe, só em cartão-postal. Essa terra aqui não tem jeito. Esse povo não vai pra frente, as pessoas aqui não trabalham. Só se fala em crise. Desde que me conheço por gente que se fala em crise nesse país. É um povo preguiçoso!”

“Isso aqui é uma mistura de raças que não deu certo. É isso que é o Brasil!”

Quando Solange pergunta se Odete acha que todo brasileiro é preguiçoso, ela responde:
“Não, conheço dois ou três que não são (dando um risinho debochado). Você pega, por exemplo, os imigrantes que vieram para cá. Me mostra um alemão, um italiano, um português, um espanhol que tenha morrido de fome. Eles vêm pra cá pra trabalhar, e progridem. Depois de alguns anos, eles são donos de um botequim, de uma padaria, de um comércio qualquer”

O que a vilã faria para acabar com a violência:
"Só há uma solução, é evidente que é a pena de morte. E pra ladrão e assaltante, cortar a mão em praça pública".
"Não acredito que os índices de violência possam ser justificados pela situação econômica desse país. Pobreza sempre existiu"

Sobre o aumento da criminalidade, Odete tem uma explicação:
“Droga! Essa gente toda se droga. É só isso”

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

QUIZ: VOCÊ CONHECE A TV EM CORES?

Muita gente colocava papel celofane colorido no tubo de imagem, outros procuravam as revistas especializadas para ver de que cores eram as roupas, os carros, os cenários e tudo que fazia parte da magia dos programas e novelas de TV. Nunca me esquecerei da emoção que tive ao assistir, em 1972, ao primeiro programa totalmente gravado em cores: o caso especial Meu Primeiro Baile, na Globo. A partir dali, todos os tons explodiram na tela. E foi necessário um período de ajustes. Até chegar ao equilíbrio de hoje. Este QUIZ é uma homenagem a inserção das cores na TV. E, como sempre, não vale colar, hein!? Respostas no sábado! E boa sorte!!!

1) Em Meu Primeiro Baile, a nostálgica Marina (Glória Menezes) relembra sua festa de 15 anos e os pretendentes com quem dançou. No final do programa, ela se casa com...
a) Luciano (Francisco Cuoco)
b) Renato (Tarcísio Meira)
c) Gastão (Sérgio Cardoso)
d) Oswaldo (Paulo José)

2) Trama das 22h da Globo, o Bem-Amado foi a primeira novela em cores, no Brasil (1973). O prefeito Odorico Paraguaçu (Paulo Gracindo) tinha um inimigo que, mal começava a beber, já passava a insultá-lo. Era Nezinho do Jegue, personagem vivido pelo ator...
a) Arnaldo Weiss
b) Wilson Aguiar
c) Augusto Olímpio
d) Apolo Corrêa

3) Primeira novela das seis em cores, Senhora (1975) tinha como protagonista Aurélia (Norma Blum), mulher voluntariosa que usou seu dote elevado para conseguir tirar Fernando (Cláudio Marzo) da noiva, Adelaide (Fátima Freire). De quanto era esse dote?
a) 30 contos de réis
b) 50 contos de réis
c) 100 contos de réis
d) 130 contos de réis

4) Em 1977, foi exibida a primeira novela das sete totalmente colorida: Locomotivas. A música-tema de Milena (Aracy Balabanian) e Fábio (Walmor Chagas) era...
a) Eu Preciso Te Esquecer, com Cláudia Telles
b) Coleção, com Cassiano
c) Desencontro de Primavera, com Hermes Aquino
d) Vôo Sobre o Horizonte, com o grupo Azimuth

5) Em Pecado Capital (1975), primeira novela das oito exibida em cores, o ricaço Salviano Lisboa (Lima Duarte) era dono de uma fábrica de roupas, cujo nome tinha ligação com a cultura grega. A confecção se chamava...
a) Hermes
b) Pegasus
c) Afrodite
d) Centauro

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Nova série com tecnologia do Google Earth

O vídeo promocional de Law & Order: Los Angeles está bombando na internet. A nova série estreia na próxima terça-feira, dia 23, no Universal Channel. O teaser foi criado pelo Google Earth, com imagens de satélite em 3D. Resta saber se tanta tecnologia usada para fazer a promo vai valer a pena. Confira  o vídeo.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Silvio Santos aperta o cinto no SBT

 
Não sei se liguei a TV num domingo ruim ou o quadro Não Erre a Letra, do Programa Silvio Santos, já está sofrendo com a descapitalização do patrão. Os convidados a acertarem letras de músicas e nomes dos cantores (uma espécie de Qual É a Música? beeeem piorado) eram nada mais, nada menos do que o promoter David Brazil, a ex-BBB Maíra Cardi, o pagodeiro Dodô, a cantora Lilian, a escritora e peladona do carnaval Angela Bismarchi, e o crooner Djalma Lúcio (quem se lembra dele, participando do coro do velho Qual É a Música? Era o cantor-galã...). Logo de início, o homem do Baú vai até a plateia e pergunta se alguém sabe com quem Lilian fazia dupla, nos anos 60/70. As menininhas, nem tchum. Mas uma senhorinha grita: "Leno!". E sabe o que ela ganha? Que aviãozinho de dinheiro, nada! Um disco de divulgação de Lilian! Será que os cintos já estão sendo apertados? Bom, programa que segue. E as seis "celebridades" se engalfinham para bater um sino e dizer o nome de quem está cantando. Aí, Silvio abre a mão: cem reais para o convidado que acerta, e cinquentinha pra colega de trabalho, caso o participante erre. Em meio às tentativas para conseguir em caraminguás o que o dono do SBT vem lutando para retomar em bilhões, escondidinha no coro do Não Erre a Letra estava a ex-apresentadora infantil Mariane. Isso mesmo, aquela que já comandou uma atração na emissora, durante dois anos. Tá ruim pra todo mundo, penso. Mas está pior pra quem estende as mãos a Silvio Santos, no final do quadro, esperando mais uns reais, e ele só paga a quem se saiu melhor na competição.

sábado, 13 de novembro de 2010

Que fim merece a Valentina, de Passione?

Valentina (Daisy Lucidi), de Passione, vai sair da cadeia. O que você acha que deveria acontecer com a personagem?

Confira o resultado da enquete:

Mofar na cadeia  - 60%
Enlouquecer e parar no hospício - 20%
Morrer - 0%
Arrepender-se e mudar de vida -  20%

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Afinal, o que quer Luiz Fernando Carvalho?

Os homens ainda vão precisar de muitas vidas para entender a essência da alma feminina. Certamente, mais do que os seis episódios da série Afinal, o Que Querem as Mulheres?, idealizada e dirigida por Luiz Fernando Carvalho. Se houvesse resposta simples para a pergunta feita no título, a ideia não daria um programa dividido em seis semanas. No fundo, a questão é só um pretexto para mais uma “viagem” estilística do diretor. Assim como nas microsséries Capitu e Hoje é Dia de Maria, do mesmo LFC, a série foge do naturalismo que nos acostumamos a ver na teledramaturgia. É a marca de Luiz Fernando, com o tom de farsa - que, às vezes, cansa um pouco -, intensidade nas expressões faciais, cenários apinhados de elementos - simbólicos ou não -, e uma câmera ágil, que treme, gira, entorta imagens... A isso tudo o diretor e alguns críticos convencionaram chamar de sofisticação. O que não significa necessariamente que seja bom (ou ruim). O fato é que a linguagem diferente ainda causa estranheza. E nos faz pensar: é ousadia ou hermetismo? É para alguns ou para todos? Talvez o público ainda precise de mais algumas produções similares para termos as respostas. Na trama, confusa e repleta de clichês sobre o universo feminino, Michel Melamed faz o jovem estudante de psicologia André, que busca respostas para a questão enunciada no título e vê Freud (será que o povão sabe quem foi o “pai da psicanálise”?) por toda parte. Não assisti a Paola Oliveira, recentemente, em As Cariocas, mas gostei da atriz no papel da artista plástica Lívia. Momentos de brilho para uma Vera Fischer mal-aproveitada. Em alguns momentos, a história precisava de legendas para entendermos o que Melamed dizia. Problemas de áudio ou de dicção do intérprete? Seja como for, o ator precisa se adequar ao veículo televisão. 

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

CQC abduziu Bilu

Não se fala em outra coisa nas redes sociais. O ET Bilu ganhou status de celebridade desde que uma equipe do Domingo Espetacular, da Record, se despencou até Corguinho, no Mato Grosso do Sul, para registrar imagens inéditas do alienígena camarada. Quer dizer, imagens escuras, cheias de sombras, que sugerem mais do que mostram a face do ser vindo de outro planeta. Até agora não sei se tenho mais vergonha do programa, que deu ar de seriedade a uma história absurda, ou do próprio Bilu. Por quê? Vamos combinar: pelo pouco que a gente consegue ver, o ET tem a cara do Mister M! Não duvido que use uma máscara barata, comprada na loja Turano. Com o propósito de desvendar a farsa, o CQC também fez uma visitinha a Bilu no meio do mato, acompanhado pelo ufólogo Urandir Fernandes, criador do Projeto Portal – a comunidade instalada lá nos cafundós de Corguinho que se prepara para receber uma invasão de extraterrestres. Desta vez, valeram a pena o tempo e o dinheiro gastos. Apesar de as imagens captadas pelo programa da Band não serem muito melhores do que as da Record, o mistério em torno da suposta criatura interplanetária foi tratado como merece: uma piada. Debochado como ele só, o repórter Danilo Gentili perguntou, entre outras coisas, se Bilu estava com o bilau de pé. E o ET, um ser de hábitos noturnos que não sai de trás da moita, se fez de desentendido para não responder. Quanta vergonha alheia! Antes de a turma que acredita em disco voador sair correndo para o Mato Grosso do Sul, em busca de um contato imediato de terceiro grau, aí vai uma mensagem de desestímulo: “Busquem conhecimento!”

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Quem tem inveja de Fernanda Torres?

Todo mundo sabe que a inveja é uma m... E o quarto episódio de As Cariocas só não foi pior do que os anteriores porque Fernanda Torres estava simplesmente maravilhosa. A atriz arrasou no papel de Cris, A Invejosa de Ipanema. Deu gosto de vê-la interpretar, com muito humor, uma alpinista social, casada com um velho rico (Luis Gustavo) e amante de um cirurgião plástico (Guilherme Fontes) que exige ter tudo o que a mulher do amante ganha. Fernanda carregou o programa nas costas. Até porque a história foi bem fraquinha, boba – o que vem se tornando um ponto negativo da série. A sorte dos autores e diretores é que a atriz estava inspirada, como naqueles melhores dias de Os Normais, e salvou mais uma trama sem pé nem cabeça – Cris tenta usar o marido e o amante para conseguir seu sonho de consumo, a Ferrari amarela do playboy Chiquinho (Rafael Primo), mas o plano dela acaba dando errado. A produção e a direção tiveram o padrão de qualidade de sempre, mas a narração de Daniel Filho, destaque desde a estreia, desta vez perdeu um pouco do brilho devido ao texto. Se a intenção era pontuar a história com piadinhas, as frases deixaram a desejar: “Quando (Cris) declara que perdeu a graça, é sempre uma desgraça para a conta bancária de alguém”, “Como todo Pelé do bisturi, Luis Fernando tinha, ao lado do consultório, um cafofo para fazer suas intervenções sem fins lucrativos”, “Cris representa tão bem que, se entrasse para a política, seria senadora da república”, “Chiquinho se achava mais gostoso que Zé Mayer em novela de Manoel Carlos”. Alguma graça?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Adelaide rouba a cena em Clandestinos

Quando parecia que mais nada de bom aconteceria neste fim de ano na TV, estreou Clandestinos na Globo. Uma ótima surpresa. Inspirada em peça homônima de João Falcão, a série retrata os bastidores de um processo de seleção de atores. Até aí nada de novo. A grande sacada é a forma de contar a história desse grupo de aspirantes a um papel, misturando ficção e realidade. Ou seja, correndo o risco de errar a mão, o autor mesclou fantasia e histórias reais – algumas dramáticas, outras ingênuas - ouvidas durante os testes. Em alguns momentos, o tom é quase documental, com os personagens narrando seus perrengues para chegar ali, no teatro, o principal cenário da produção. Outras vezes, a trama tem um quê de reality show, como Ídolos, em que os candidatos estão em busca de um sonho. E ainda há instantes de pura invencionice, como quando a mineirinha Adelaide – Adelaide de Castro - esbarra em Fábio Assunção durante uma gravação nas ruas do Rio. Tudo com muita delicadeza, bom humor e emoção na medida certa. No elenco de desconhecidos, o destaque absoluto foi Adelaide de Castro, que já faz sucesso na peça. A jovem de 20 anos é um achado. Se seguir na TV, tem um futuro promissor. As gêmeas Michelle e Giselle Batista, que cansaram de fazer o mesmo papel, também brilharam no primeiro episódio. A julgar pela ótima estreia, vai dar gosto acompanhar a série.

domingo, 7 de novembro de 2010

Hebe topa tudo por dinheiro


Foi o momento mais esperado por Silvio Santos no Teleton. Afinal, Hebe Camargo deitando-se no chão significaria, como em outras edições, que o programa havia atingido a meta – 20 milhões de reais, este ano. Mas o que muita gente não esperava é que a apresentadora, aos 81 anos, ainda se recuperando de um câncer, usando peruca por causa da perda do cabelo com a quimioterapia, fosse deitar e rolar - ah, e ser balançada por Silvio, pelo assistente de palco Liminha, pelo cantor Daniel, entre outros, que tentaram tornar engraçada a constrangedora situação. Poucas horas antes, a loura já tinha se estirado no palco do estúdio, ao receber um telefonema do generoso bilionário Eike Batista. No final da maratona para construir uma nova sede da AACD, ela tentou parecer natural, segurando o checão de uma empresa de crédito, deitada de barriga para baixo, mas ficou patente a preocupação do patrão e das demais pessoas no palco, tentando levantá-la. A esta altura do campeonato, Hebe pode tudo, mas deve priorizar os cuidados com a saúde. Até porque ela e Silvio declararam que querem chegar aos 90, apresentando o Teleton.

sábado, 30 de outubro de 2010

Mion se dá bem em cima de A Fazenda

Confesso que não tenho boa vontade com Legendários desde a estreia, na Record. O programa de Marcos Mion foi vendido como algo novo, revolucionário, mas, já nas primeiras semanas, se revelou um fiasco. Projeto pretensioso demais para pouco resultado. Sem falar que contava com um elenco inchado – sem espaço para tantos humoristas. Esse problema foi solucionado com o corte de algumas cabeças, como a da gostosona Jaque Khury (que nunca foi humorista, nem disse a que veio). Quando parecia fadado a perder espaço na grade, a atração contrariou todas as previsões e ganhou mais tempo no ar. Mas não resolveu a questão do conteúdo – atira em todas as direções, mostrando desde reportagens documentais até o humor mal aproveitado do grupo Hermes e Renato, passando pelas "entrevistas" constrangedoras da Teena (vergonha alheia total!) e apresentações de Alexandre Frota com seu grupo de funk. Há algumas semanas, porém, o Legendários encontrou uma tábua de salvação: A Fazenda 3. O dia a dia dos peões no reality show virou motivo de piada no quadro Vale a Pena Ver Direito, no qual Marcos Mion tira sarro dos participantes, aponta falhas e curiosidades em cima das imagens - algo que já fazia com clipes na MTV. Resumindo: virou a melhor opção de humor do Legendários.

Aliás, A Fazenda é assunto obrigatório em vários programas da Record, como Gugu, Domingo Espetacular e Hoje em Dia, que pegam carona na boa audiência do reality. Mas não dá pra condenar a emissora pela exploração de seu principal produto na programação. Bem melhor do que atrações de outros canais, que levam ex-participantes de qualquer reality para debaterem os temas mais absurdos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A Vingativa do Méier valeu pelo elenco

Que homem bem casado se tranca num quartinho de casa para se dedicar à prática do prazer solitário, folheando uma revista masculina? Ou espiando a vizinha sensual por um buraco na parede? Fica difícil acreditar, se esse sujeito vive no século 21 e tem uma mulher linda e fogosa, como Celi (Adriana Esteves), ou melhor, A Vingativa do Méier, do segundo episódio de As Cariocas. Nesse caso, a falta de verossimilhança da história não é responsabilidade de Sérgio Porto, em cuja obra, datada, a série da Globo é inspirada. O episódio em questão não faz parte dos seis contos originais do jornalista e escritor carioca, embora o texto de Euclides Marinho tente manter o espírito gaiato do autor. Na verdade, se encarada tão somente como obra de ficção, a trama foi bem mais divertida do que a do episódio de estreia. Uma boa comédia romântica, com direção, cenários e fotografia impecáveis. Mas o que salvou o enredo pouco crível foi o desempenho do elenco. Adriana Esteves deu show como Celi, a professora primária que se sente traída pelo marido e resolve se vingar. Nascida no Méier, a atriz tirou de letra o jeito suburbano da personagem, e encontrou em Aílton Graça, o Djalma, um parceiro à altura para bater bola. Também estiveram muito bem Bárbara Paz, como a vizinha espiada, e o casal Agildo Ribeiro e Myrian Persia, pais da protagonista. Aliás, um dos grandes trunfos do programa é resgatar veteranos maravilhosos.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

TEM NOVAS SÉRIES NO CANAL WARNER

Para quem é fã de séries, a semana que vem será animadíssima. O Warner estreia nada menos do que quatro novas produções. Confira abaixo, em primeira mão, os vídeos promocionais da comédia MIKE & MOLLY (dia 1º de novembro, às 20h30), da comédia romântica BETTER WITH YOU (dia 1º, às 20h30), da série policial CHASE (dia 1º, às 22h) e da trama de espionagem NIKITA (dia 2, às 21h). Esta última promete ser um dos grandes trunfos do canal. A nova versão de Nikita traz Maggie Q no papel da espiã assassina, ainda mais sedutora e vingativa, que volta para destruir a organização secreta do governo que a treinou para ser uma máquina de matar.







domingo, 24 de outubro de 2010

MULHER GATO É TUDO DE BOM!

Sempre amei a Mulher Gato, de Julie Newmar. E sempre amei também a Bat Girl, de Yvonne Craig. No imaginário da menina-que-não-desgrudava-da-TV havia uma divisão séria, diante dos episódios de Batman (1967/69, depois reprisados milhões de vezes). As duas eram lindas e tinham corpos perfeitos. Sem falar nos uniformes sedutores. Para os que não sabem foi Newmar quem bolou sua fantasia felina, abusando na época ao utilizar lurex, aquela lycra brilhante e purpurinada, num colant inteiriço. Deslumbre total! Mas, voltemos à minha eterna divisão: enquanto na heroína faltava uma pitadinha de sal, na vilã sobrava mel. E, aos poucos, percebi que as duas se complementavam. Que nem Craig era absolutamente boazinha, nem Julie exercitava vilanias tão imperdoáveis assim. Acho que, consciente ou inconscientemente, é uma junção com que toda mulher sonha. Além disso, elas tinham um componente romântico maravilhoso: ambas apaixonadas por Batman (o roliço Adam West), sempre tiravam uma casquinha, mas nunca conseguiam ficar com ele. E não vai aí qualquer suspeita sobre a relação entre o homem-morcego e Robin (Burt Ward). Até porque nunca os vi como casal, sempre como dupla dinâmica. Nem preciso contar como fiquei arrasada quando Julie Newmar deixou a série, sendo substituída por Lee Mariwether, no primeiro filme colorido do morcegão, e por Ertha Kitt, na TV. Lindas, mas sem o charme e a sensualidade latente de Newmar. Bom, tudo isso para dizer que, para mim, vale muiiiiiito a pena esperar até as 4 da manhã para ver 15 ou 20 minutinhos de Batman, no TCM. Principalmente, quando elas aparecem. No episódio de hoje, Mulher Gato se livra da prisão, pela enésima vez, e corre para contar ao Comissário Gordon e ao Chefe O´Hara que agora se dedicará à música. Interessante ver como os dois sérios homens da Lei também se deixam seduzir pelos miados da felina. Mas como seu alvo sempre foi e será Batman - dividida entre acabar ou transar com ele -, a Cat Woman se traveste de feiosa professora de dança, que vai dar aulas a domicílio ao bobão do Robin. Acaba sendo descoberta, foge, mas reencontra a dupla do bem. Muito pow, zlopp, splatt... E na hora em que vai ser presa, a bela lança mão de uma estratégia sensacional. Como não quer ir "com o rosto brilhando" para o xilindró faz um último pedido: usar pó compacto. Com suas enormes garras, a felina arranha o pó, o mantém nas unhas, e depois é só jogá-los em direção a Batman e Robin, deixando-os tontos e à mercê de seus desejos. Poderosa demais! Corta para a dupla dinânima presa no que seria um foguete de plástico transparente, com uma enorme bica em cima. A gata quer aniquilá-los com tortura chinesa. Isso mesmo. Gotas pesadas e compassada batendo no teto de plástico, até eles enlouquecerem e... morrerem! Mas, é claro, que conseguem se ver livre da agonia, e Mulher Gato volta, temporariamente, à prisão. Tudo isso sem desalinhar um fio de cabelo, estragar a maquiagem ou ter um rasguinho sequer no uniforme. Só se valendo de suas artimanhas. Agora me digam, ela é ou não é o máximo???















sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Hipertensão e Tico já foram tarde

Hipertensão acabou. e Tico Santa Cruz foi eliminado de A Fazenda. Já foram tarde! A gincana da Globo não deixa saudade, depois de ter abusado das provas com situações bizarras, banquetes exóticos e bichos asquerosos. Enfim, um show de horrores. A surpresa é que na final, vencida por Toshi, o expediente não foi usado. No entanto, o reality serviu para revelar uma nova faceta de Glenda Kozlowski, competente âncora e repórter de esportes. Estreante no campo do entretenimento, mostrou ter maturidade e jogo de cintura para conduzir um programa desse gênero, fazendo papel de apresentadora e juíza das provas. Foi enérgica com os participantes, quando preciso, embora, algumas vezes, subisse o tom de voz mais do que o necessário.
A saída de Tico já era esperada. Prepotente e arrogante, o vocalista dos Detonautas pegou pesado com o meio-infantil-meio-preguiçoso  Dudu Pelizzari, e acabou (merecidamente!) pagando o pato. Mas Tico deixa um discípulo para que seja mantida a dinâmica (leia-se, confusão) do jogo: Sérgio Abreu, que segue a linha do mentor no quesito prepotência. Além de Sérgio, Luiza é "viúva" dos rompantes do detonauta. Ou seja, ainda vem muita confusão por aí.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Nudez de Alinne em contexto machista

Para o jornalista e escritor carioca Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, cada bairro do Rio tinha um tipo específico de mulher. A ideia é totalmente discutível e até machista, mas deu origem a um dos livros mais cultuados do autor, As Cariocas, no qual descreve, com humor sarcástico, a sensualidade das garotas de acordo com o local onde moram. Inspirada na obra do autor, a série As Cariocas estreou na Globo com o episódio A Noiva do Catete, protagonizado por Alinne Moraes. A adaptação de Euclydes Marinhos trouxe a história, datada, para os dias de hoje. Mas poderia ter sido produzida como episódio de época.  Afinal, os contos foram escritos quando os padrões morais eram mais rígidos, e o que era "picante" nos anos 60, hoje em dia é encarado quase como algo banal. O primeiro episódio foi meia-bomba, apesar de Alinne Moraes ter mostrado calcinha e seios em cenas de nudez - o que por si só já faria subir a temperatura da trama. Não subiu... Pra mim, a atriz não convenceu no papel de mulher fatal e devoradora de homens. Mas o episódio teve coisas interessantes, como a produção, a direção, a cenografia, com o padrão Globo de sempre. O tom "Stanislawisco"  e divertido da história ficou por conta da narração (na voz de Daniel Filho, diretor da série), com frases como "Mulher que fala feito criança, geralmente costura pra fora" ou "Se mulher fosse fácil, o diabo não teria chifres". Engraçadinhas, mas ordinárias - numa brincadeira com Nelson Rodrigues, que pareceu fazer parceria com Sérgio Porto o tempo todo.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Viola e Daniel dão show no chuveiro da Fazenda!



Nunca entendi por que os realities enfatizam os banhos - de sol e de chuveiro -, trocas de roupas e danças sensuais das participantes, enquanto os homens só aparecem como elenco de apoio. Na Fazenda, Andressa Melancia ocupa todo o espaço (com ou sem trocadilho) das lentes das câmeras. Sobra uma brechinha para Piu-Piu, para a chatinha da Carol, a desestruturada da Janaína e até para a andrógina Luiza. Mas, e os bonitões do pedaço? Na minha opinião, Viola e Daniel dão show. O primeiro com muiiiito sal. Não sabe falar uma palavra em português, mas mantém, aos 41 anos, 82 quilos muito bem distribuídos em 1,80m. E aquele estilo meio cafajeste, pegador, que tantas mulheres gostam. Já o "touro reprodutor" Daniel (como é chamado pelo feioso-esquisito Tico) tem pouquíssimo sal. Mas gostosura e formosura em excesso. Quem não babou ao ver o modelo, serrando aquela tora de madeira na prova do líder? Que mão e que braço são aqueles??? Aos 33 anos e saúde pra dar e vender, Daniel só tem uma mancha no currículo: ter namorado Luana Piovani. Mas diante da visão desses dois apolos, tomando uma ducha, a gente releva até essas derrapadas, né, não?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

De Miss Calada, Geisy não tem nada!

Geisy Arruda perdeu a oportunidade de ficar calada... E ir bem mais longe em A Fazenda. Se não tivesse brigado com Sérgio Mallandro, a moça provavelmente ainda estaria no reality show, cuidando do burro e protagonizando a divertida novelinha "Miss Calada", criada pelo apresentador. Mas o problema é que Geisy não se conformou com o papel da bobinha, da tonta que não sabe nada e fala errado, e quis provar que é mais do que uma estudante ofendida por usar um vestidinho rosa justo. Transformou sua dificuldade em se relacionar com os outros peões numa questão de preconceito, fez alianças erradas e confundiu o que ela pensa que é -  não é atriz, nem modelo, nem apresentadora - com o papel que deveria ter assumido. Mallandro não tem nada de palhaço desinteressado, nem Geisy de jovem inocente. Ele viu nela a possibilidade de uma escada para suas gracinhas. E ela? Sem ambiente com as subcelebridades escoladas, poderia ter vislumbrado na brincadeira de Mallandro uma chance para se enturmar ou mesmo para traçar uma estratégia de jogo. Mas não, ela disse que não joga. Foi o que declarou no Gugu e no Hoje em Dia, programas nos quais bateu ponto após a eliminação. Aliás, ficou surpresa com a votação, porque tinha certeza de que voltaria da roça. Ah, humildade... Fora do confinamento, Geisy, que de calada não tem nada, abriu o verbo: chamou Dudu de falso, Viola de fofoqueiro e Lisi Piu-Piu de invejosa. E ainda detonou Melancia por expor demais o bumbum, assumidamente seu ganha pão. Se criticou o exibicionismo de Melancia e acusou Lisi de usar o corpo para ganhar dinheiro, por que Geisy posou para a revista Sexy? "Fiz a revista por uma questão de dinheiro, mas é contra minha índole. Posei porque quero comprar uma casa", admitiu ela, no Hoje em Dia. Pimenta nos olhos dos outros é refresco, Geisy?

Tico, vem encontrar o Teco!
Se Geisy não aproveitou o papel de calada, Tico Santa Cruz assumiu o de poderoso chefão da fazenda. Dá ordens, dita regras e coage outros peões, como fez com o fazendeiro da semana, Daniel. Na roça por ter perdido o desafio da semana, o cantor pediu que o modelo indicasse à berlinda o ator Dudu Pelizzari, a quem chamou de Judas, traidor e bundão há uma semana. Está na hora do Tico sair do confinamento e encontrar o Teco.

domingo, 17 de outubro de 2010

Ana Paula Arósio precisa repensar a carreira

Esse filme eu já vi... Ana Paula Arósio foi afastada da próxima trama das nove, Insensato Coração, por ter faltado às gravações em Florianópolis. Enquanto a assessoria da atriz alega problemas pessoais – sem revelá-los –, o autor Gilberto Braga põe o dedo na ferida ao classificar o comportamento da moça como antiprofissional. Não é a primeira vez que Ana Paula tem problemas em novelas. A atriz já passou por momentos conturbados em Esperança e Páginas da Vida, sofrendo desmaios inexplicáveis, chegando atrasada ou faltando às gravações, e não vindo com o texto decorado. Na época, os incidentes não trouxeram maiores consequências, mas agora parece que a falta foi mais grave e a paciência da Globo esgotou-se. O caso de Ana Paula me fez lembrar da deusa Vera Fischer. Eu cobria a novela Pátria Minha, do mesmo Gilberto Braga, entre 1994 e 95, quando Vera, desestruturada, saía no pau com o então marido Felipe Camargo. Nos estúdios Tycoon, na Barra, onde a novela era gravada, dei plantão por dois dias para ouvir alguém do elenco sobre a briga. Tarcísio Meira, o protagonista Raul Pellegrini, concordou em falar, mas aliviou sua parceira de cena. Com o antebraço esquerdo quebrado, Vera ficou afastada por um tempo, mas depois voltou a gravar. No entanto, não chegou ao fim da trama. Os constantes atrasos e discussões com Felipe fizeram com que o casal levasse cartão vermelho da emissora. Para justificar a saída dos dois, seus personagens morreram num incêndio. Pensando bem, pode ter sido melhor para Ana Paula Arósio ser cortada de Insensato Coração antes mesmo da estreia, em janeiro. Corria o risco de ter sua personagem, a protagonista Marina, morta no meio da novela. Ana Paula precisa repensar a carreira...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Muita gosma verde na entrega dos Meus Prêmios Nick

Tudo esperado na entrega dos Meus Prêmios Nick 2010, no canal a cabo Nickelodeon. Luan Santana já entrou no palco, cantando Meteoro. Tinha muita gente com celular e máquinas fotográficas, principalmente as mulheres, que gritaram mais no refrão. Outra que já entrou gritando foi María Gabriela de Faría, a Isa da novela Isa TK+. Quando ela saiu, jogaram slime na plateia, uma gosma verde, que a Nick inventou. Foi a maior confusão. Mini Lady Gaga entrou e apresentou Restart, enlouquecendo a galera com a música Levo Comigo. O apresentador Lucas Silveira, do Fresno, apareceu vestido de havaiana, e Di Ferrero, do NX Zero, de gorila. Lucas perguntou a Ferrero se ele era o Tony Ramos, por causa dos pelos. Aí, Pitty e Rodrigo Faro chamaram o ganhador da categoria Cantor do Ano. Adivinha? Luan Santana. Depois, Serginho, do BBB10, e Dani Calabresa apresentaram o Gato do Ano. Antes, ela repetiu a frase mais famosa do Serginho: "Bate, rebate, finge que bate, faz carão". O ganhador foi Dudu Surita, filho de Emílio Surita, do Pânico na TV!. Veio um vídeo de animação com Bob Esponja, Isa e Alex, de Isa TK+, e Ottis, do Segredo dos Animais. Isso tudo para apresentar Claudia Leitte. Mais gritos, fotos de celulares e coraçõeszinhos feitos com as mãos. E de novo, um slime attack. Preta Gil entrou e disse: "Pensaram que era Beyoncé? Tô mais pra Beyoncéone, mistura de Beyoncé com Alcione!". E veio o ganhador da categoria melhor humorista, Marcius Melhem. Muito bom! Dois integrantes da banda Jota Quest - que eu adoro -, apresentaram o Melhor Ator. Mateus Solano ganhou, mas pena que não pôde ir ao palco por algum motivo. Lucas Silveira e Di Ferrero fizeram um rap, colocando o nome de Angélica no meio. Ela apareceu para anunciar a Cantora do Ano, mas dentro do envelope tinha uma charada, que a resposta era "slime". E Angélica teve que pegar o nome da cantora dentro do pote com a gosma. Claudia Leitte venceu. Depois, Cacau, do BBB10, apresentou a banda Hevo 84, dizendo que eles levam mais de uma hora para arrumar o cabelo. Os personagens do seriado I Carly agradeceram no cenário da série, dizendo, em português, "Obrigado, Brasil!" e "Valeu". O programa arrecadou roupas para instituições de crianças carentes. A revelação do ano foi o grupo Caps Lock. María Gabriela de Faría e Renaldo, de Isa TK+, apresentaram Drake Bell, que cantou o tema da série Drake & Josh. Drake entrou em cena com uma gravata colorida, que parecia do Restart. Fernanda Vasconcellos e Mari Molina apresentaram a banda favorita: NX Zero. E a banda Cine chamou a Gata do Ano, Sabrina Sato. Ela fez o coraçãozinho com as mãos, exatamente como os músicos do Restart. Fiuk apresentou a banda Rádio Comida, que brinca com as músicas transformando-as em letras engraçadas que têm a ver com comida. NX Zero cantou sua música nova, Só Rezo, e foi aplaudida pela galera. Bob Burnquist e Drake Bell fizeram um duelo de slime no meio do palco. Os dois saíram encharcados. No final, teve show do Fresno. Meus Prêmos Nick foi muito bom, cheio de coraçõeszinhos e muito, muito slime!   Por João Paulo M. Moreira

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Resgate dos mineiros, o espetáculo

Nem as baixarias de A Fazenda, nem o final enigmático de A Cura. O que vem monopolizando a atenção do público desde a noite desta terça-feira é o resgate dos mineiros no Chile, transmitido ao vivo por emissoras abertas e fechadas. A operação de salvamento dos 33 homens soterrados a quase 700m de profundidade transformou-se em mais um espetáculo da televisão. Mas isso não chega a ser novidade. Grandes tragédias causam comoção mundial, provocam uma curiosidade natural do telespectador e são foco obrigatório de extensas coberturas, como os atentados de 11 de setembro nos EUA, o tsunami na Indonésia em 2004, o furacão Katrina que devastou Nova Orleans em 2005, o terremoto que arrasou o Haiti no início deste ano e agora os mineiros presos no fundo da terra no Chile. É emocionante assistir ao resgate de cada homem numa pequena cápsula, mas fica também a sensação de que algumas emissoras extrapolam. Até que ponto uma cobertura televisiva cumpre o dever da informação e resvala na espetacularização da catástrofe? Pausa para todos pensarem.

Final sem cura!
O último episódio de A Cura foi, no mínimo, intrigante. Dimas (Selton Melo) foi parar na cadeia pelos crimes de Otto (Juca de Oliveira), enquanto Rosângela (Andréia Horta), ferida de morte e deitada na cama do hospital, abriu os olhos repentinamente na cena final da série tal como um zumbi. Para quem acompanhou a história desde o início, não era esse o desfecho esperado. Mas o autor João Emanuel Carneiro deu pistas de que a trama terá continuação numa segunda temporada. A melhor prova disso foi o diálogo entre Dimas e Camilo (Caco Ciocler), que prometeu tirar o paranormal da prisão para irem atrás de Otto. Que venham os próximos capítulos!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

MORTE DE SAULO DECEPCIONA

A morte de Saulo (Werner Schünemann) em Passione não foi surpresa. Desde o início da trama já se falava que o primogênito da família Gouveia seria assassinado. Tanto que todas as revistas especializadas cravaram o vilão como vítima. A personagem de Carolina Dieckmann, Diana, também estava marcada para morrer, com as cenas já escritas e gravadas. Mas, diante do nariz torcido da atriz para sair da trama, o autor Silvio de Abreu resolveu criar cinco opções de assassinatos para não ficar tão óbvia sua escolha e manter algum suspense. Na tentativa de driblar a imprensa e atrair o interesse do público para um momento crucial de Passione, as fotos dos prováveis mortos foram postadas no site da novela, e até o Fantástico acionado, mostrando as cenas dos assassinatos de Saulo, Fred (Reynaldo Gianecchini), Melina (Mayana Moura), Gérson (Marcello Antony) e Diana (Carolina Dieckmann). A pergunta "Quem vai morrer?", em vez da batida "Quem matou?", poderia ter sido um sucesso se o escolhido não fosse Saulo. A solução decepcionou. Morreu o personagem que todo mundo esperava. E também não agradou aos que adorariam que fosse Diana, desde sempre rejeitada pelo público. Nos próximos capítulos, segue a velha brincadeira de descobrir quem é o assassino. E fica a pergunta: o envenenamento de Eugênio (Mauro Mendonça) será deixado de lado ou também ganhará a solução fácil de ter sido provocado pelo mesmo assassino de Saulo?

domingo, 10 de outubro de 2010

RODRIGO FARO VOLTA AO DOMINÓ

 Rodrigo Faro sempre foi chegado numa calça laranja. O apresentador do Melhor do Brasil, na Record, resolveu entrar no túnel do tempo e voltou aos cítricos anos 80, quando se requebrava ao som de "Manequim, o teu sorriso é um colar de marfim" e "Tô p da vida, tão pondo fogo no planeta". E não é que o ator/cantor/dançarino/imitador lançou mão de uma calça skinny cor de abóbora, e chacoalhou seus 37 anos ao lado dos 18 de Pe Lanza, vocalista do grupo Restart? Sem medo nenhum de ser feliz! Na onda de imitar cantores e cantoras no quadro Vai Dar Namoro, Rodrigo já fez de tudo. E pagou todos os king kongs que um performer pode pagar. Mas ficou patente que foi com o Restart que ele se (re)encontrou. Todo caprichado no figurino coloridinho - como chamam as fãs dos pequeninos Pe Lanza, Pelu, Koba e Thomas -, Rodrigo voltou a ser aquele garoto energizado, da última formação do Dominó. E cantou e dublou e pulou ao som dos hits(!!!) Recomeçar e Levo Comigo, do grupo paulistano. Estava em casa! Também peguei o túnel do Rodrigo e comecei a me lembrar do "Não se reprima, não se reprima", do Menudo; de "Isso é tremendo!", do Tremendo; de "Dá pra mim! O seu amor... Dá pra mim!", do Polegar;  de "Mas o que elas gostam é de namorado descartável, do tipo one way", do Ciclone; e de "Vamos a la playa, ô, ôô, ôô", do Bom Bom. E cheguei à conclusão de que Rodrigo Faro tinha toda razão em se divertir muiiiiiiiito!

sábado, 9 de outubro de 2010

O HAVAÍ É AQUI

Sempre gostei de séries policiais. Nos anos 70, uma das minhas preferidas era Havaí 5-0, com Jack Lord. Lembro-me de que era exibida à noite, na Globo. Eu tinha uns 10 anos, e achava o máximo os casos solucionados pelo detetive Steve McGarrett e seu parceiro, Danny Williams. Tanto quanto as histórias, adorava a abertura, com tema musical inesquecível - certamente, um dos melhores já produzidos para introduzir um seriado. A música, a edição de imagens das praias havaianas com belas mulheres, somadas a cenas dos episódios, me faziam sonhar em conhecer aquela ilha paradisíaca. Não fui ao Havaí (pelo menos, até hoje), mas o seriado supriu um pouco da minha vontade. Agora, a série clássica da CBS, produzida entre 1968 e 1980, ganhou uma versão modernosa, Hawaii Five-0, que estreia no próximo dia 20, às 22h, no canal a cabo Liv. Estrelado por Alex O'Loughlin (Steve McGarrett) e Scott Caan (Danny Williams), o remake é bem mais movimentado do que o original. Assisti ao primeiro episódio, muito bom! Cheio de explosões, tiroteios, perseguições. Na história, McGarrett recebe um pedido da governadora do Havaí para combater o crime organizado na ilha. Ele aceita e forma um grupo de elite, o Five-0, mas sua intenção, na verdade, é vingar a morte do pai, assassinado por terroristas. Mais não conto, senão perde a graça. Compare a abertura da nova versão (abaixo) com a da antiga. Eu prefiro a original. E você?