domingo, 4 de outubro de 2015

João Barone lança série sobre a Segunda Guerra no Philos

Rio - Apaixonado pela Segunda Guerra Mundial, João Barone está de volta ao tema. Desta vez, o escritor, documentarista e baterista do Paralamas do Sucesso apresenta o seu terceiro filme sobre a participação dos soldados brasileiros no conflito: a série '1942 – O Brasil e Sua Guerra Quase Desconhecida', que estreia dia 6 (terça-feira) no Philos - canal on demand da Globosat. Dividido em quatro episódios, o material é baseado no livro homônimo de Barone, lançado em 2013.
O desafio de fazer a série a partir do livro foi manter sua linha mestra de jornalismo histórico e tirar este tema do arcabouço onde ficou guardado por décadas”, conta Barone, que é filho do ex-combatente João de Lavor Reis e Silva, um dos 25 mil pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB).
A série traz imagens gravadas na Itália, além de imagens de arquivo e entrevistas com historiadores, jornalistas e ex-combatentes. Personalidades como Pedro Bial, Marcelo Madureira, Bi Ribeiro, William Waack e Luiz Fernando Veríssimo também dão depoimentos por terem alguma relação com a Segunda Guerra.

 “Para compor o programa, convidei pessoas conhecidas que se interessam pelo tema, outras que foram testemunhas e vivenciaram aqueles tempos. Jorge Carlos Ribeiro (pai de Bi Ribeiro, companheiro de Barone nos Paralamas) estava morando em Berlim em 1940 com os pais, quando o Brasil rompeu com a Alemanha e a família teve de voltar”, lembra Barone. “Já Bial é filho de judeus convertidos que fugiram do Holocausto. William Wack foi correspondente de guerra em conflitos recentes e escreveu 'As duas faces da glória', sobre os soldados da FEB”, completa.

Publicada em 4/10/2015 - O DIA

Lawrence Wahba estreia série 'Todas as Manhãs do Mundo' no Nat Geo

Neste domingo, no Dia Mundial dos Animais e também Dia da Natureza o Nat Geo comemora com uma estreia que rodará o mundo em busca de um dos momentos mais surpreendentes do reino animal, a 'troca de turno'. Em 'Todas As Manhãs do Mundo' Lawrence Wahba viaja pelo Brasil, Canadá, México, Noruega e Zâmbia em busca de imagens impressionantes e momentos de tirar o fôlego que os telespectadores poderão conferir a partir deste domingo, dia 4 de outubro, domingo, às 22h15.
Em cinco episódios, a série percorre os cinco santuários naturais para captar o momento em que os animais noturnos se recolhem e os animais de hábitos diurnos saem em busca de comida e sobrevivência ao longo do dia. Encontros com bichos pouco vistos até hoje, o nascer do sol em diferentes pontos de vista - do deserto ao fundo do mar - e a impressionante harmonia em que a "troca de turno" acontece faz de "Todas As Manhãs do Mundo" a grande estreia do mês de outubro do Nat Geo.

No episódio de estreia, Wahba viaja para Amazônia e na floresta tropical os gritos dos bugios anunciam um novo amanhecer. Poderemos acompanhar milhares de tartarugas desovando e jacarés cuidando de seus ninhos, além de ter a oportunidade de assistir o encontro com animais quase invisíveis. A aventura leva o telespectador ao encontro do mundo animal de uma perspectiva jamais vista antes e com muito bom-humor ao lado do premiado documentarista brasileiro.

Segunda temporada de 'Psi' estreia neste domingo no HBO

Rio - A história do médico psiquiatra e psicanalista Carlo Antonini, vivido por Emílio de Mello na série 'Psi', segue com novos casos e dilemas. Na segunda temporada do programa, que estreia neste domingo, às 22h, no canal HBO, Carlo volta ao Brasil após passar um ano em Veneza, na Itália. O psicanalista vai assumir o cargo de coordenador clínico de uma ONG especializada no cuidado a vítimas de violência doméstica.
Com dez episódios inéditos, a série também vai abordar temas como exorcismo e sadomasoquismo. Na trama, Carlo reencontra o seu entusiasmo pela profissão e seu desejo em ser terapeuta. Apesar de assumir o trabalho na ONG, ele não deixa de lado os pacientes da clínica, que agora divide com sua amiga Valentina (Claudia Ohana), além de se dedicar a outros casos envolvendo detentas de um presídio feminino, adolescentes de um colégio de classe alta, uma modelo internacional e uma jovem possuída pelo demônio.


Publicada em 4/10/2015 - O DIA

Segunda temporada de 'The Leftovers' estreia neste domingo no HBO

Rio - A segunda temporada de 'The Leftovers' estreia neste domingo, às 23h, no HBO, simultaneamente com os Estados Unidos. A série gira em torno dos habitantes da fictícia cidade Mapleton, em Utah, três anos após 140 milhões de pessoas – 2% da população do mundo – sumirem sem deixar rastros. Nesta nova temporada, com dez episódios, Kevin Garvey (Justin Theroux) decide largar o seu cargo de chefe da polícia da cidade para recomeçar sua vida no Texas com sua nova família. Enquanto isso, sua ex-mulher, Laurie Garvey (Amy Brenneman), resolve se desligar do grupo Guilty Remnant e se unir ao seu filho, Tom (Chris Zylka), que pode ter descoberto uma causa à qual se dedicar para ajudar a diminuir o seu sofrimento.


Publicada em 3/10/2015 - O DIA

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

'Supergirl' estreia 4 de novembro na Warner. Veja fotos e imagens da série!

Uma das séries mais aguardadas do ano, 'Supergirl' já tem data para estrear no canal Warner: dia 4 de novembro (uma quarta-feira), às 22h30, com legendas em português e áudio original. A história da prima do Super-Homem chegará ao Brasil  nove dias depois de sua estreia nos Estados Unidos. A atriz Melissa Benoist, que fez a série 'Glee', é a intérprete da heroína Kara Zor-El, que usa seus superpoderes para ajudar os humanos.
Como seu famoso primo Kal-El, Kara escapou da destruição do planeta Krypton e veio para a Terra. Protegida e criada por sua família adotiva, os Danvers, ela cresceu à sombra de sua irmã adotiva, Alex (Chyler Leigh), e aprendeu a esconder seus superpoderes. Anos depois, aos 24 anos, vivendo em National City e trabalhando como assistente para a Catco Worldwide Media, Kara decide usar suas habilidades sobre-humanas para salvar o planeta de uma terrível ameaça.







                                              Veja os bastidores das gravações da série:





domingo, 13 de setembro de 2015

Vinícius de Oliveira se inspira no Candomblé para viver taxista vidente em série do AXN

Rio - O tema espiritualidade sempre mexeu com a curiosidade de Vinícius de Oliveira. Há dois anos e meio, o ator, de 30, passou a frequentar um terreiro de candomblé. E foi exatamente nos rituais da religião afro que ele se inspirou para dar vida a João da Cruz Forte, um taxista carioca que tem o corpo fechado e é capaz de enxergar os problemas de seus passageiros na série ‘Santo Forte’, exibida aos domingos no canal AXN.
“Foi uma surpresa boa quando li o roteiro e descobri que o assunto é algo que me interessa muito. Tudo o que eu sabia sobre candomblé usei para tornar o personagem mais crível”, conta Vinícius, que foi apresentado à religião por sua mulher, a atriz Sara Antunes. “Foi ela quem me fez entender. Vou por curiosidade. Essa ligação da religião com a natureza, o poder dos orixás, tudo isso sempre me interessou.”

Na série, que tem um toque de sobrenatural e realismo fantástico, João da Cruz tem visões dos problemas de seus passageiros no momento em que eles pagam a corrida. “Quando ele e o passageiro tocam no dinheiro ao mesmo tempo há uma troca de energia”, detalha. É aí que o taxista se sente na obrigação de ajudar as pessoas, como velhinhas, prostitutas, agiotas e até bandidos. Um misterioso acontecimento no passado fez com que ele contraísse uma dívida com um pai de santo, vivido por Tiago Justino, que lhe deu esse dom das visões.
“Por conta desses poderes sobrenaturais, o João tem um conflito pessoal. A série mostra a dificuldade que ele tem de lidar com isso, não se sabe se é uma bênção ou uma maldição”, diz o ator. “O pai de santo é seu mentor espiritual. Ele incorpora uma entidade que o ajuda, e dá dicas para solucionar os problemas dos passageiros.”
Para encarnar um taxista, Vinícius observou bastante o trabalho de quem dirige na praça. “Estou acostumado a andar de táxi no Rio. Mas fiquei mais atento, conversei mais com taxistas, até para saber como é essa relação com os passageiros”, entrega. Nas gravações, o ator, sem muita prática ao volante, passou por alguns perrengues para dirigir uma Parati velha, transformada em táxi. 
“Eu sabia dirigir, tinha carteira de motorista, mas não dirigia com frequência. A maior dificuldade foi que me deram um carro velho, que deu muito problema. Às vezes, ele não ligava. Morreu numa ladeira. Perdia a força do nada, mesmo eu pisando fundo no acelerador”, revela ele, aos risos, acrescentando: “Tinha que fazer tudo isso com a câmera em cima de mim, mas acho que, por isso, as cenas ficaram mais reais.”
Pai de dois filhos com Sara Atunes, Vinícius também é um chefe de família na ficção. Só que o taxista, que é casado com Dalva (Laila Garin) e tem dois filhos, acaba negligenciando a família por causa de sua obrigação. “A mulher sente falta da mesma atenção que ele dá aos passageiros”, explica.
Conhecido pelo papel do menino Josué do filme ‘Central do Brasil’ (1998), o ator lida bem com essa lembrança do público, mas fica incomodado quando isso ganha destaque em suas entrevistas. “João é meu primeiro protagonista na TV”, comemora ele, que está fazendo outra série na TV a cabo, ‘Unidade Básica’. “Vai mostrar o trabalho de médicos do SUS.”


Publicado em 9/09/2015 – O DIA

Vilões das novelas invertem os valores, conquistam o telespectador e ganham até torcida

Rio - Já se foi o tempo em que bandido de novela tinha cara feia, só fazia o mal e era odiado por todos. Heroína romântica que se prezava não ia para cama com o namorado da mãe nem em sonhos. Só que isso mudou. Cada vez mais, a ficção dá espaço a novos valores ao mostrar personagens como Grego (Caio Castro), um vilão que manda matar e sequestrar, mas também faz benfeitorias para sua comunidade e tem até torcida para ficar com a mocinha em ‘I Love Paraisópolis’. 

Com uma ajudinha da boa pinta de Caio, um galã que é ídolo adolescente, o malvado sedutor caiu nas graças do público. Apesar de alguns acharem que o tipo está distante da realidade dura das favelas, o ator defende Grego com unhas e dentes: “É uma novela das sete, e as pessoas têm que entender isso. Não estamos retratando a vida real, estamos usando como referência.” 

Para o psicólogo e educador sexual Marcos Ribeiro, o vilão tratado como herói está bem próximo do que vemos em favelas cariocas. “A novela traduz uma realidade que pode não ser a de muita gente, mas retrata uma parcela da população”, avalia. Como exemplo, Marcos cita o traficante Playboy, o ex-chefão do morro da Pedreira, na Zona Norte do Rio, cuja morte foi lamentada por moradores, porque o bandido “fazia o bem” para a comunidade. 

“O personagem do Caio é bandido, mas ajuda a comunidade e faz a inversão do que é ética. Numa sociedade onde há esses tipos, a ética é moldada de acordo com os interesses e a realidade daquele local. Essa ética duvidosa está em todo canto, mas, às vezes, as pessoas não se dão conta disso, como na hora de dar propina à polícia, furar a fila, ficar com o troco a mais ou comprar produto pirata no camelô”, diz o psicólogo. 

Em ‘A Regra do Jogo’, a bandida é linda, glamourosa e divertida. O que parece atenuar os trambiques de Atena, vivida por Giovanna Antonelli. Por falsificar assinatura, clonar cartão de crédito e destruir o apartamento da amiga, a personagem só ganhou elogios na primeira semana da trama de João Emanuel Carneiro. “Não sou a favor de crimes e nunca daria um golpe”, frisa a atriz. 

Mas é em ‘Verdades Secretas’ que se concentra a maioria dos personagens de ética e moral suspeitas. Com muitas cenas de nudez, a novela mostra prostituição por trás do mundo da moda. No papel de um modelo decadente, Reynaldo Gianecchini assume que Anthony se submete a tudo por dinheiro, como se relacionar com Fanny (Marieta Severo), a dona da agência onde trabalha, e ter um caso com o estilista francês Maurice Argent (Fernando Eiras), para dar um up na carreira. “Ele é um amoral”, decreta o ator.
Já a jovem modelo Angel (Camila Queiroz), que esconde o passado recente de garota de programa, transa com o padrasto, Alex (Rodrigo Lombardi), casado com sua mãe, Carolina (Drica Moraes). Para o psicólogo Marcos Ribeiro, o caso de Angel é um exemplo do momento contraditório por que passa a sociedade, já que o público reprovou o casal de lésbicas de ‘Babilônia’, mas parece não se escandalizar com a menina fazendo sexo com o marido da mãe. 

“O que vemos nas novelas e no público é essa mesma contradição. É importante refletir sobre o que estamos assistindo. Quando a novela traz essas questões, tem a intenção de expurgar o que está debaixo do tapete. A TV está botando o dedo na ferida”, diz. 

Doutor em Teledramaturgia Brasileira e Latino-Americana pela USP, Mauro Alencar lembra que, desde a Idade Média, os vilões sempre despertaram amor e ódio. Segundo ele, os autores foram aumentando a importância dessa figura na trama ao longo dos anos: “Daí eu não estranhar que o carisma de Caio Castro e Giovanna Antonelli esteja cativando o público, prova de que a essência do humano pouco mudou.”


Publicado em 6/09/2015 – O DIA

Silvia Abravanel cria bordão, agrada ao público infantil e alavanca audiência do Bom Dia & Cia

Rio - ‘Que delícia!’ É com esse bordão que Silvia Abravanel, 44 anos, vem chamando a atenção no comando do ‘Bom Dia & Cia’, ao lado de Matheus Ueta e Ana Julia, no SBT. A apresentadora e também diretora do programa infantil usa a frase em qualquer circunstância, provocando diariamente uma enxurrada de comentários e piadas nas redes sociais.
“O bordão vem de ser prazeroso, gostoso... Sempre usei com as minhas filhas, porque amo as coisinhas lindas de viver, queridas, saudáveis e delícias que elas fazem”, explica a diretora, que é mãe de Amanda, de 9 anos, e Luana, de 17.

Em 15 de julho, Silvia surpreendeu o público infantil ao aparecer conduzindo a atração, no lugar de Matheus e Ana Julia, que foram impedidos pela Justiça. Treze dias depois, uma nova decisão judicial liberou as crianças para o trabalho. Mas, por decisão da cúpula do SBT — leia-se seu pai, Silvio Santos, e sua irmã, a diretora de programação Daniela Beyruti —, ela passou a dividir o programa com os pequenos porque elevou o ibope.
“Foi assustador (substituir as crianças), porém desafiador. No final, foi gratificante ver que os telespectadores me aceitaram”, conta a diretora, que não esperava continuar e chegou a se despedir da garotada. “Até me deu um aperto no coração.”
Responsável pelo núcleo infantil do SBT, Silvia garante que não estava nos planos colocar um adulto no ‘Bom Dia & Cia’. Em entrevista ao DIA em 2013, ela chegou a afirmar que não se via mais como apresentadora, mas mudou de ideia ao aceitar agora a missão. “Encaro de uma maneira tranquila e positiva, porque eu amo fazer televisão e amo mais ainda estar no universo infantil”, diz a filha ‘número dois’ do patrão, que já apresentou na emissora o ‘Casos da Vida Real’ (2004) e o ‘Programa Cor-de-Rosa’ (2006).
Ser comparada a Silvio Santos, um dos maiores nomes da televisão, não a deixa preocupada. “Meu pai é único e insubstituível, assim como Xuxa, Ayrton Senna, Pelé, Chacrinha, outros ícones. Então, jamais teria esse medo. O medo é de não fazer um bom trabalho e de não ser bem aceita na casa das pessoas. E, graças aos anjos, eu fui”, destaca.
No ar há 22 anos, o ‘Bom Dia & Cia’ sustenta o segundo lugar em audiência, com médias de 7 pontos e sem concorrência no segmento. Silvia admite que a atração tem metas a cumprir: “Quem está à frente das câmeras tem essa preocupação. A média é permanecer na vice-liderança”. E ela entrega a receita do sucesso: “São as brincadeiras e prêmios que damos todos os dias. Ah, e também alguns desenhos.”



Publicada em 20/08/2015 – O DIA

Samantha Schmütz protagoniza série do Multishow, lança desenho animado e se prepara para novela

Rio - Samantha Schmütz é do tipo que não acredita em sorte na profissão. “Sempre fiz muito teatro. Subo degrau por degrau. Não surgi de repente! Acho que é uma forma sólida de construir uma carreira. Tudo é por merecimento, não é porque eu dei sorte, é puro trabalho mesmo”, avalia a atriz, protagonista da série ‘Aí Eu Vi Vantagem’, que estreia hoje, às 21h30, no Multishow. 

E trabalho é o que não falta para ela. Além do novo seriado, Samantha aparece ainda este ano em três filmes — entre eles, ‘Tô Ryca’ —, está gravando a terceira temporada da sitcom ‘Vai que Cola’, que estreia em setembro, e se prepara para fazer a próxima novela das sete, ‘Totalmente Demais’, de Rosane Svartman e Paulo Halm. 
Na trama das 19h, ela viverá a dona de casa Dorinha, que tem inveja da irmã linda e bem-sucedida, Carolina (Juliana Paes). Casada com Zé Pedro (Hélio de la Peña) e mãe de dois filhos, a personagem sofre um choque anafilático durante uma cirurgia plástica e entra em coma. 
Aos 36 anos, Samantha ficou conhecida por participar do humorístico ‘Zorra Total’, em que fazia o Juninho Play. Em setembro, o personagem vira desenho animado com exibição no YouTube. Com produção dela e do marido, o empresário americano Michael Cannet, a animação ‘Juninho Play e Família’ tem 13 episódios de um minuto e meio de duração cada um, sendo que o último é um especial de Natal de cinco minutos. 
“O desenho é lindo, está a minha cara”, assume a atriz, que contratou o estúdio americano Lightstar para realizar o projeto e convidou famosos para dublar. “Gravamos a voz da Ivete Sangalo, como mãe do Juninho Play. O Marcelo Adnet vai ser o pai, e o Paulo Gustavo faz uma vizinha”, adianta. 
Em ‘Aí Eu Vi Vantagem’, com 16 episódios, ela dá vida a Jéssica, personagem oriunda do ‘Vai que Cola’ que ganha sua própria série. Ao reencontrar a amiga de infância Katarina (Luciana Paes), a periguete é convidada a transformar um cabaré falido da família em um novo point da cidade. 
“Foi uma ideia do canal fazer um programa com a Jéssica. Tive ideia de ela ser uma promoter, para bombar o cabaré. Dei alguns palpites, mas o Fil Braz (roteirista) e o Pedro Antonio (diretor) desenvolveram os roteiros”, conta ela, que também interpreta Juninho Play e a cantora de churrascaria Fátima. “Criei especialmente para a série o sambista Paulinho Paixão e a Gaspareta, uma astróloga maluca, meio charlatã.”


Publicada em 16/08/2015 – O DIA

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Olivier Anquier diz que 'Cozinheiros em Ação' não tem terror

Rio - Com seu peculiar sotaque francês, o chef Olivier Anquier resume o espírito de ‘Cozinheiros em Ação’, a competição de culinária que estreia sua terceira temporada hoje, às 21h, no GNT: “Tem tempo para realizar as provas, regras, mas existe uma relação humana. É o que distingue nosso programa de qualquer outro. Não tem terror. Os produtos concorrentes são baseados no terror. Mas acho que a gente pode fazer melhor.”

Para Olivier, os participantes são submetidos a uma pressão normal do jogo. No papel de mediador das provas, ele diz que não faz tipo e tenta ajudar a todos com suas dicas, mesmo que alguns não aceitem. “Não me vejo diferente no programa. Até porque sou absolutamente incapaz de interpretar um personagem”, garante.

Diferentemente de outros programas, os jurados Ivan Achcar, Mônica Rangel e Renata Vanzetto — todos donos de restaurantes — não exageram nas críticas, mas eventualmente até chamam de gororoba um prato com aparência ruim ou comparam um molho mal feito ao gosto de sabão de coco.

Aos 55 anos, dos quais 34 está no Brasil e 20 na televisão, Olivier diz que sua culinária é baseada em uma filosofia de família. Tratar mal quem trabalha na cozinha não faz parte de seu repertório. “Eu ia à feira com meu pai comprar os ingredientes, conversava com feirantes e voltava para casa para cozinhar. Essa é a minha escola”, conta ele, que não tem formação acadêmica. “Nunca tive approach com a culinária aterrorizante, nunca fui à faculdade, nunca tive que seguir uma disciplina, nunca passei por constrangimento.”

Dono de dois restaurantes em São Paulo, ele não costuma ir a outros lugares para comer. Prefere receber os amigos em sua casa, ao lado da mulher, a atriz Adriana Alves. “Hoje em dia, eu cozinho cada vez menos. Tenho uma mulher como antigamente, que cuida do seu homem e cozinha muito bem. Quando fazemos jantares em casa, ela prepara a entrada, e eu faço o prato principal”, conta.

Na nova temporada de ‘Cozinheiros em Ação’, os 18 participantes competem em duplas com alguma ligação familiar. “O programa investe mais nas histórias dos candidatos e menos no climão do jogo, para ficar mais leve”, diz o diretor Roberto D’Avila.


Publicada em 6/08/2015 - O DIA
Foto Divulgação

Ticiana Villas Boas deixa o jornalismo e comanda o reality 'Bake Off Brasil'

Rio - Após sete anos no ‘Jornal da Band’, Ticiana Villas Boas concluiu que estava na hora de mudar. A ideia era seguir o mesmo caminho feito por Fátima Bernardes e Ana Paula Padrão, que trocaram o jornalismo pelo entretenimento. A apresentadora só não imaginava estar comandando um reality de culinária como o ‘Bake Off Brasil — Mão na Massa’, uma competição entre confeiteiros amadores, que estreia neste sábado, às 21h30, no SBT.

“Fiquei muito tempo na bancada. Senti que não estava mais evoluindo. Nos últimos dois anos, parei de crescer. Durante minha licença-maternidade, pensei em não voltar para a mesma rotina, queria fazer algo diferente. Aí apareceu a proposta do SBT. Era o que eu queria, mas nunca tinha pensado em apresentar um reality, ainda mais de culinária, porque não tinha afinidade”, diz a apresentadora, que teve em janeiro seu primeiro filho, Joesley Filho, fruto de seu casamento com o empresário Joesley Batista.

Gravando há um mês em uma fazenda em Salto de Pirapora, no interior de São Paulo, Ticiana acha que o formato do programa, criado pela BBC, é ideal para sua transição para o entretenimento. “Ele já foi testado, é um sucesso em vários países (Inglaterra, Itália, França, entre outros). A postura como apresentadora tem muito a ver com a de jornalista, para conduzir, entrevistar os participantes. Isso me dá mais segurança, me sinto mais à vontade, leve. Está sendo mais fácil do que eu esperava”, garante ela, que assume estar preparada para críticas. “Sei que é arriscado sair de uma emissora onde eu tinha uma carreira sólida, mas esse é o momento. Fechou-se um ciclo importante. Tenho que circular no mercado, conhecer outras empresas.”

Para fazer bonito no novo programa, a apresentadora fez um curso de confeitaria em Nova York durante o período de licença-maternidade. “Sei fazer risoto, massa e brigadeiro. No curso, aprendi a fazer bolos, cupcakes e ganaches. Agora eu tenho um repertório para fazer perguntas aos participantes. Não tive tempo ainda para fazer as receitas do programa em casa. A gente grava o dia inteiro”, conta ela, que sente falta do filho por causa do ritmo das gravações. “Eu já o levei para o estúdio. Mas conto muito com a ajuda da minha sogra para ficar com ele, já que a minha mãe mora na Bahia.”

Ao longo de 13 episódios, a função de Ticiana é conduzir as provas e contar as histórias dos 12 participantes, avaliados por dois jurados que prometem ser muito rigorosos: o empresário Fabrizio Fasano Jr. e a chef confeiteira Carolina Fiorentino. “Vou à casa deles, mostro como vivem, o que fazem. Logo no primeiro, fazemos um ‘quem é quem’, para o telespectador conhecer os candidatos e torcer”, adianta.
A cada edição, os confeiteiros amadores passam por três tipos de provas, nas quais criam suas próprias receitas de bolo, pães e tortas ou seguem um tema proposto pela direção. Um é eliminado ao final de cada episódio. O vencedor vai ter seu livro de receitas publicado.


Publicado em 23/07/2015 - O DIA

Ex-CQC, Oscar Filho estreia como ator no cinema e em série de TV

Rio - Após sete anos no ‘CQC’, Oscar Filho ficou sabendo de seu desligamento do programa da Band através da imprensa. Passado o susto inicial, ele não demorou para trocar a chave de ‘repórter’ para a de ‘ator’, o que garante que sempre foi. Sem o conhecido terno preto que o tornou famoso nacionalmente, ele agora se aventura em uma dupla estreia na dramaturgia: interpretando um vilão em ‘Carrossel — O Filme’, que entra em cartaz amanhã nos cinemas, e atuando na sitcom ‘Aí Eu Vi Vantagem’, série estrelada por Samantha Schmütz, que vai ao ar a partir de 17 de agosto no Multishow.

“Eu pensava em deixar o ‘CQC’, mas não tinha efetivamente decidido sair. Quando aconteceu, pensei: ‘Oi, como assim?’ Mas essa sensação durou pouco tempo. As coisas precisavam mudar mesmo. É um recomeço”, diz.

No programa da Band, Oscar comandou o quadro ‘Proteste Já’, investigando denúncias de comunidades por todo o país, durante quatro anos. Na bancada, ficou quase dois anos. “Gostava de fazer o quadro, mas não queria ficar marcado. Passei por todos os níveis do programa, não tinha mais para onde ir. A não ser que fosse para o lugar do Marcelo Tas, o que eu não gostaria de fazer, porque é muita responsabilidade”, explica o ator. “Acho que o que me fez ficar tanto tempo no programa foi uma certa acomodação. Às vezes, precisamos de uma chacoalhada”, admite.

Aos 36 anos, ele acredita que a passagem pelo ‘CQC’ o preparou para o resto da carreira e para a vida. No entanto, quando se viu fora do ar, ficou tomado por dúvidas. “As pessoas me conhecem como repórter. Pensei: ‘Será que elas sabem que sou ator?’”, lembra.

Ao participar de sua primeira seleção de elenco, Oscar levou bomba. “Fui mal no teste para a série ‘#PartiuShopping’ (de Tom Cavalcante), estava com dores nas costas... Mas acabei sendo chamado para a série da Samantha Schmütz por um diretor que nunca tinha visto o meu trabalho”, revela.

Em ‘Aí Eu Vi Vantagem’, ele vive o encostado OJ, filho de Jurandir (Stepan Nercessian) e Glória (Fafy Siqueira). Solteiro por pura preguiça, o personagem é ex-namorado de Jéssica (Samantha), que ajuda a família dele a promover um cabaré recebido como herança e tenta ficar com ele a todo custo. “OJ é muito lento, diferente de tudo o que fiz em teatro. Sou um cara mais expansivo, elétrico”, compara ele, que se surpreendeu com a entrega da protagonista: “Samantha não tem esse problema de vaidade, que algumas mulheres humoristas têm. Ela embarca na história, faz um homem, coça o saco... É uma p... comediante e pessoa.”

Já as filmagens do longa inspirado na novela ‘Carrossel’, do SBT, fizeram Oscar voltar à época de infância. “Eu assistia à novela (versão mexicana) quando era criança e morava em Atibaia (SP)”, conta ele, que vive o vilão Gonzalito, parceiro de Gonzales (Paulo Miklos). “É uma dupla bem caricata. Foi muito divertido. Vilão pode fazer qualquer coisa, não tem limite. Pode até errar”, exagera.

Cercado por crianças, ele ficou impressionado com a pequena atriz Maisa Silva. “Acho um gênio, falei muito dela no ‘CQC’. Ela é fluente, uma graça. Isso é muito legal, porque, às vezes, a gente vê um prodígio que não dá muito certo”, avalia.


Publicada em 22/07/2015 - O DIA
Foto: Daniel Castelo Branco

Ceará dá cara a tapa em 'A Grande Farsa' e fala de sua saída do 'Pânico'

Rio - Silvio Santos, Gabi Herpes, Dantena e Regina Ralé. O que eles têm em comum? Todos são imitações feitas pelo humorista Wellington Muniz, o Ceará, que deixou o ‘Pânico na Band’ em dezembro passado para se aventurar em programa solo na TV por assinatura. Na próxima segunda-feira, às 22h30, no Multishow, ele estreia no comando de ‘A Grande Farsa’, em que apresenta esquetes, recebe convidados e interpreta seus conhecidos personagens, além de outros tipos criados especialmente para a atração.

“Eu sempre quis ter um programa como apresentador, em que eu pudesse desfilar meus personagens, com plateia. O título do programa não foi eu que dei, mas acho que combina bem com a atração, com a coisa do teatro. Porque eu não sou o Silvio Santos, sou um farsante, e não me levo a sério em momento algum”, diz Ceará.

No programa, com direção de Márcio Trigo, nada é o que parece ser. O humorista, que também aparecerá de cara limpa, conta que deve ser surpreendido pela produção em vários momentos. “É uma oportunidade para o público que só conhecia meus personagens me ver também como comunicador. Para mim também é algo novo, vou dar a cara para bater”, admite.

Cada um de seus tipos já conhecidos dos telespectadores vai ter um quadro. Em ‘Diferente com Gabi’, Ceará encarna a Gabi Herpes para entrevistar personalidades. Já Silvio Santos aparece no ‘Show de Caloucos’, em que os candidatos testam seu talento e passam pelo crivo dos jurados. No ‘Ixxquentão no Palco’, Regina Ralé dá dicas para ficar na moda gastando pouco.

“Eu também vou participar das brincadeiras, assim como a plateia e convidados. Neste programa, a grande estrela é o público”, explica ele, que vai contar com participações especiais de famosos como Adriane Galisteu, Danilo Gentili, Otavio Mesquita, Rafinha Bastos, Sabrina Sato e Mr. Catra.

Além das imitações consagradas, Ceará criou 20 personagens inspirados em profissões brasileiras. No quadro ‘Povo Falha’, a cada semana, ele interpretará um tipo diferente, indo às ruas para conversar com as pessoas.

“São tipos do cotidiano, gente que não é famosa, mas faz o nosso país. Vou para a rua e falo com o povo. As externas são perto do estúdio Quanta, onde gravamos (em São Paulo). Mas não é nada a sério”, adianta.

SAÍDA DO ‘PÂNICO’
Animado com o novo programa, Ceará diz que a decisão de deixar o ‘Pânico na Band’ foi tomada depois do nascimento de sua filha com Mirella Santos. Ele fez parte da trupe do humorístico comandado por Emílio Surita durante 17 anos. “A gente tem que saber o momento certo de sair. Quando minha filha nasceu, pensei: ‘É hora de arriscar.’ Sou muito grato a eles”, conta o humorista, que garantiu ter saído sem traumas e se referiu ao antigo programa como “página virada”.

Apesar de confessar um medinho no início da transição, Ceará garante que está confiante. “Hoje é pensar pra frente”, diz ele, que completa: “Não estou criando muita expectativa, só peço que as pessoas assistam e depois falem o que acharam.”


Publicado em 16/07/2015 - O DIA

No 'Meninas do Dan', Danilo Gentili reúne time que só fala bobagem

Rio - Apresentador do ‘The Noite’, do SBT, Danilo Gentili olha para Renata Frisson, a Mulher Melão, e pergunta com toda a seriedade que o assunto merece: “O que você faria para diminuir a inflação?” Enfiada num microvestido que deixa seus pernões à mostra, ela dispara: “Minha ideia é ir pra Brasília e fazer um protesto. O que vocês acham, tipo assim, de as mulheres tirarem a roupa?”

A proposta da modelo sem noção é uma das muitas pérolas produzidas no quadro ‘Meninas do Dan’, uma sátira do talk-show de Danilo ao ‘Meninas do Jô’, do ‘Programa do Jô’. Na atração, além de Melão, ‘webcelebridades’ como Geisy Arruda, Inês Brasil, Heloísa Faissol e Dona Irene debatem temas ligados à economia, política e crise mundial. Os comentários não têm qualquer objetividade, mas garantem boas risadas.

“Sério mesmo que, depois de um dia cheio e pesado, depois de ter lido tudo que podia a respeito das notícias do dia, o telespectador quer sentar no sofá e assistir a mais jornalistas comentando seriamente as notícias?”, indaga Danilo, que emenda: “O ‘Meninas do Dan’ é uma sátira justamente a isso. No fim das contas, o que importa a opinião das meninas ou dos meninos? Já vi um monte de analista se levando a sério em programas por aí e falando só besteiras. Então, a gente fala besteira assumidamente.”

Para o apresentador, assim como a opinião das jornalistas do quadro de Jô Soares não muda a vida de ninguém, suas comentaristas estão lá apenas para divertir. ‘Meninas do Dan’ vai ao ar sempre às quartas-feiras, com rodízio entre as participantes. A Operação Lava Jato, a alta do dólar e a redução da maioridade penal já foram alvo de palpites das moças.

“A Inês Brasil e a Heloisa Faissol têm revelado opiniões muito bem equilibradas e coerentes”, crava Danilo, acrescentando que o comentário de Inês sobre a moeda americana deve ser levado a sério — “O dólar é famoso internacionalmente”, disse ela.

Cantora e dançarina, Inês Brasil é um show à parte. Sem calcinha, ela abre e fecha as pernas o tempo inteiro, e gosta de mexer com Danilo. “Dá um tesão quando você fala Lava Jato. Penso em você com um jato me levando pro espaço”, provocou. Apesar das indiretas, o apresentador fica em cima do muro ao apontar a participante mais engraçada. “Todas têm seus momentos divertidos”, garante ele.

O quadro tem ajudado a manter a média de audiência do programa, vice-líder em São Paulo com 4,6 pontos e no Rio com 4,7. “Na próxima edição, vou perguntar o que elas acham disso”, promete.

Pérolas sobre quase tudo

Operação Lava Jato : “Adoro! Tudo que é lavar é bom pra ficar limpinho. Falou em jato, estou dentro dele” — Inês Brasil.

Inflação : “Eu sei que o ministro da Fazenda é bem charmoso. Agora, não sei direito o que ele faz” — Mulher Melão.

Crise na Ucrânia : “Não sei, eu só assisto ao ‘TV Fama’, coisa de fofoca” — Geisy Arruda.

Paraíso Fiscal : “Onde fica esse paraíso, que eu quero conhecer?” — Mulher Melão

PEC da Terceirização : “Não sei. Estou na coluna do meio” — Dona Irene.

Como melhorar o visual da presidenta Dilma : “Morre e nasce de novo” — Melão.


Publicada em 12/07/2015 - O DIA

Protagonista de série, Cacau Protásio diz que não perdeu a simplicidade

Rio - Há três anos, Cacau Protásio morava na Tijuca, pegava ônibus, van e mototáxi, e não saía da quadra do Salgueiro. “A Praça Saenz Peña era o meu quintal”, conta. Mas, após ser revelada em ‘Avenida Brasil’ (2012), a atriz viu sua vida dar uma guinada e tanto. Protagonista da série ‘Trair e Coçar É Só Começar’, que estreia a segunda temporada em 17 de agosto no Multishow, ela hoje vive na Barra da Tijuca, tem seu carrão e raramente usa transporte.

“A novela foi um divisor de águas. Minha vida mudou muito, graças a Deus. Não ando mais de ônibus, mas, se precisar, eu pego. Continuo indo ao Centro, vou a Madureira, faço tudo o que fazia antes. Agora tenho carro, e o canal tem automóvel para me levar e buscar em casa. Então, eu vou de carro, né?”, diz ela, que fazia e vendia relicários para complementar a renda.

No fim do ano passado, Cacau investiu o dinheiro que juntou em uma paixão antiga: comprou uma loja de vestidos de noivas, a Bem Vestida, que fica num shopping da Barra. “Amo tudo que é relacionado a noivas. Acho lindo, romântico”, admite. Apesar do foco nas gordinhas, ela garante que tem roupas para todos os tamanhos e tipos de mulheres: “Quando viajo e vejo uma peça bonita, trago para a loja. Pra mim, não é prejuízo, é lucro!”

A dificuldade de encontrar o próprio vestido de noiva fez com que a atriz também criasse o modelo que vai usar em seu casamento com o fotógrafo Janderson Pires, em julho. Os dois já dividem o mesmo teto há três anos, mas ela agora quer oficializar a união. “Nunca casei. Meu marido e eu fomos morar juntos depois de três meses. Vamos comemorar”, conta ela, sem entregar a data e o local da cerimônia: “Quero a bênção de um pastor, um padre, ou um cerimonialista dizendo palavras bonitas. Quero tudo como manda o figurino, acho lindo.”

O mergulho no universo das noivas ainda vai dar novos frutos. Em parceria com Mariana Caruso, mulher do comediante Fernando Caruso, Cacau vai fazer um programa dando dicas de como economizar na cerimônia. A ideia é gravar vídeos sobre onde encontrar vestidos, bufês, salões e serviços mais baratos e lançar na internet. “O programa vai se chamar ‘Casamento Sem Orçamento’, ou ‘Casamento com Pouco Orçamento’. Tudo relacionado a noiva é muito caro, um absurdo. Mas se você souber procurar, consegue fazer um casamento como o meu, BBB: bom, bonito e barato”, diverte-se.

Autoestima elevada

Depois de várias dietas e reeducação alimentar, Cacau já perdeu alguns quilos, mas recuperou novamente. Estar acima do peso, no entanto, nunca foi um obstáculo, por exemplo, para arrumar namorado. “Sou bem-resolvida, minha autoestima é boa. Nunca tive problema por ser gorda, negra, nada disso. Sempre namorei, mas não tive todo mundo que eu quis, né? Queria namorar algumas pessoas aí, mas não me quiseram, tudo bem!”, diz ela, aos risos. “A única coisa que me deixava chateada era não encontrar roupa do meu tamanho”, completa.

Na segunda temporada de ‘Trair e Coçar É Só Começar’, a comediante volta a fazer a protagonista Olímpia, a empregada que leva tudo ao pé da letra. “Ela agora está trabalhando para a Inês (Márcia Cabrita) e para um ídolo do funk, o Neco (Bento Ribeiro), que veio do Rio”, adianta. Na semana passada, Cacau começou a gravar como a escandalosa Terezinha a nova temporada de ‘Vai que Cola’, também do Multishow.

“Conheço uma mulher como a Terezinha e me inspiro nela. Eu a admiro muito. Ela fala alto e me chama de nega”, revela a atriz, que admite semelhanças com os tipos populares. “Vivo nesse mundo, então é mais fácil para eu fazer, imitar. Minha família é assim, tem uma galera escandalosa, brigona, protetora. Então, tenho um pouquinho de cada personagem.”


Publicada em 28/06/2015 - O DIA

Sucesso reality ‘Lucky Ladies’, MC Carol diz: "Não sou diva, sou bandida"

Rio - Quando era criança, MC Carol queria ser advogada e, depois, virar juíza. “Ninguém sonha ser MC”, diz. Mas foi o funk que transformou a vida da autora do hit ‘Minha Vó Tá Maluca’. Com personalidade forte e carisma, ela agora faz sucesso no reality ‘Lucky Ladies’, da Fox Life, e está bombando nas redes sociais com fotos e comentários abusados. Mesmo tímida, a funkeira de 21 anos, que gosta de ser chamada de Carol Bandida, transborda autoestima, mas não se acha uma diva, como já é proclamada pelos fãs.
“Não sou diva. Sou bandida! Pra mim, diva é a Beyoncé, a Nicki Minaj, a Rihanna, a Madonna. Não dou força pra isso. Acho ridículo”, dispara ela, que gosta mesmo é de ser comparada a Tati Quebra-Barraco, sua mentora no reality. “Ela é como uma mãe pra mim. A gente tem o mesmo sobrenome (Lourenço), e a filha dela tem o meu nome e a minha idade.”
Moradora do Morro do Preventório, em Niterói, Carol encontra inspiração para suas composições nas histórias de amigos, vizinhos e parentes. “Não faço música do nada. Quando não tem algo interessante na minha vida, foco na dos outros”, conta. Foi assim que surgiu a música para a avó e o funk ‘Jorginho Me Empresta a 12’, dedicada a uma amiga, cujo namorado a deixou em casa para ir ao baile com outra. “Falei para ela dar um tiro nele”, brinca. A mulher que queimava o lixo ao lado de sua casa inspirou ‘Minha Vizinha É Louca’. “Quando era solteira, eu fazia muita festa em casa até de manhã, e ela ficava louca”, diverte-se.
Na comunidade, Carolina de Oliveira Lourenço, seu nome de batismo, teve uma infância e adolescência sofridas, mas garante que nunca se envolveu em coisa errada. Com a mãe morando em local ignorado e o pai preso, ela foi criada pelos bisavós. “Fui expulsa de casa por um tio aos 14 anos. Pensei em ir pro Rio e morar na rua, pedir esmola, mas fiquei com medo dessas paradas que acontecem”, conta ela, que pediu abrigo na casa da avó. “Eram oito pessoas em dois cômodos. Os cinco adultos consumiam drogas. Mas, graças a Deus, nunca usei, nem tive curiosidade. Não sei se tenho pavor ou nojo, acho que os dois”, afirma.
Carol não bebe cerveja nem fuma. Mas o vinho é seu fraco. Após uma festa de Natal, já embriagada, foi chamada para cantar e esqueceu a letra. “Deu um branco, mas aí criei na hora a música ‘Bateu Uma Onda Forte’. A galera amou”, lembra. No reality da Fox, uma festinha regada a vinho deixou a funkeira mais soltinha a ponto de fazer um strip-tease e pagar calcinha. “Não tive vergonha, faria tudo de novo. Meu marido viu e deu um piti, mas tá tranquilo”, garante.
Casada há quatro anos com o ajudante de pedreiro Alecssandro, de 22, ela sabe administrar o ciúme do marido. “Agora ele está melhor. Mas falei: ‘Ou você anda do meu lado, ou vai ficar para trás’”, diz ela, que já tinha namorado o rapaz e o reencontrou na sarjeta. “Ele tinha problemas com drogas. Eu o internei, cuidei dele, levei pra casa. Por isso, ficou obsessivo por mim”, revela.
Em homenagem ao amado, ela compôs ‘Meu Namorado É Maior Otário’. “Ele lava minhas calcinhas, faz comida, me ajuda em tudo. Mas não o acho otário, ele é um exemplo. Os homens têm de ser menos machistas e dividir as tarefas”, defende.
No programa, deu o que falar sua revelação que faz sexo com Alecssandro nove vezes por dia. “Acham que são nove direto, mas não é, pelo amor de Deus! São três de manhã, três de tarde e três de noite. A gente briga, faz as pazes e depois transa”, detalha. Além de jurar que nunca pisou na bola com o amado, ela deixa claro que não perdoaria uma traição. “Se pegasse ele com outra, não sei se mataria ou mandaria matar. Não trabalho com o perdão, não”, decreta, aos risos, emendando: “Acho que procuraria um homem melhor que ele.”
A autoestima é tão elevada que a MC posta nas redes sociais mensagens do tipo “Sou gostosa, sou feliz, sou sexy” e fotos sensuais. “Nunca sofri preconceito por ser gordinha. Os homens que eu queria, eu tinha. Mas escolhia muito. Eu sempre me achei”, admite ela, que não sobe numa balança há tempos: “Estou pesando mais de 100 quilos, mas quero chegar aos 90.”
A convivência com as outras funkeiras do reality a deixou mais vaidosa. “Antes, não tinha preocupação com isso. Agora tenho parceria com uma marca de roupas plus size, aprendi a me maquiar e a cuidar do cabelo.”
Desde que estourou no reality, o número de shows aumentou e o cachê subiu. Se antes fazia baile por R$ 500, hoje cobra entre R$ 3 mil e R$ 5 mil para cantar em casas da Lapa e na região oceânica. “Faço muito show em boate gay”, diz ela. Na época das vacas magras, Carol se contentava com bem menos. “Quando comecei, há cinco anos, fazia shows em troca do dinheiro da passagem de volta para casa e uma garrafa de vinho”, entrega.

Publicada em 05/07/2015 - O DIA
Foto: Márcio Mercante

domingo, 21 de junho de 2015

Sony estreia duas séries: 'Red Band Society' e 'Scorpion'

Rio - Uma comédia dramática e uma aventura são as novidades na programação de domingo do Sony. Neste domingo (dia 21), o canal estreia as séries ‘Red Band Society’, que leva a assinatura de Steven Spielberg na produção executiva, às 18h30, e ‘Scorpion’, que está na lista das dez produções mais assistidas dos Estados Unidos, às 21h30. Os espisódios semanais serão exibidos com dublagem. 
A comédia ‘Red Band Society’ acompanha o dia a dia de um grupo de seis adolescentes que convivem na ala infantil do Hospital Ocean Park. Os jovens são interpretados por Zoe Levin (Kara Souders), Charlie Rowe (Leo Roth), Griffin Gluck (Charlie Hutchison), Astro (Dash Hosney), Clara Bravo (Emma Chota) e Nolan Sotillo (Jordi Palacios). Já Octavia Spencer vive a enfermeira durona Jackson, que faz com que tudo funcione na unidade. E Dave Annable interpreta o doutor Adam McAndrew, cirurgião e oncologista pediátrico do hospital.
‘Scorpion’ (foto) é inspirada na vida de Walter O’Brien, o homem com um dos maiores QIs do mundo — 197 — e que invadiu os computadores da Nasa quando tinha apenas 13 anos. A série conta a história de Walter, um excêntrico gênio da tecnologia, vivido por Elyes Gabel.
Na trama, ele é dono da empresa Scorpion, que recruta os melhores intelectos, a fim de formar uma linha de defesa contra todas as ameaças do mundo moderno e oferecer soluções para os problemas da sociedade.
O elenco traz ainda Katherina McPhee como a garçonete Paige Dineen, e Robert Patrick como Cabe Gallo, um agente do Departamento de Segurança dos EUA.


Publicada em 20/06/2015 – O DIA

O melhor amigo do homem ajuda a salvar vidas na série 'Cães Heróis' no Animal Planet

Rio - Eles não são apenas os animais de estimação e companheiros mais adoráveis de milhares de pessoas. Treinados no canil central da Polícia Militar de São Paulo, os cachorros também podem salvar vidas e ajudar no combate ao crime. É o que vai mostrar a série nacional ‘Cães Heróis’, que estreia hoje (dia 18), às 22h, no Animal Planet. 
Diam’s, Cléo, Barão, Pegasus, Marley e Brock são alguns dos 70 cachorros que o programa acompanha. Cada um está em um estágio diferente da ‘carreira’ policial. Brock, por exemplo, fareja explosivos, enquanto Pegasus está em fase de adaptação a um novo condutor.
Produzida pela Mixer, com 26 episódios de meia hora de duração cada um, a série mostra a rotina de patrulha e treinamento desses cães policiais, que atuam em operações de resgate a feridos, rebeliões em presídios, além de identificar drogas, bombas e armamentos contrabandeados.
No primeiro episódio, os animais realizam varredura no Terminal Rodoviário do Tietê, em busca de substâncias ilícitas e armamento contrabandeado. No canil, a filhote Cléo treina, ao som de tiros, o ataque a suspeitos que reagem à abordagem.


Publicada em 18/06/2015 – O DIA


Casais que nunca se viram sobem ao altar em 'Casamento à Primeira Vista' no A&E

Rio - Para quem acredita em amor à primeira vista, a experiência é, no mínimo, ousada e arriscada. Seis pessoas que nunca se viram antes vão se conhecer apenas no altar e vão se casar. Parece loucura, mas é exatamente o que vai ser mostrado na série ‘Casamento à Primeira Vista’, que estreia nesta sexta-feira (dia 19), às 23h, no A&E.
A escolha dos três casais é feita por quatro especialistas em relacionamentos: a terapeuta Logan Levkoff, a antropóloga Pepper Schwartz, o espiritualista Greg Epstein e o psicólogo clínico Joseph Cilona. São eles que juntam os pares ideais de acordo com as afinidades e propõem o casamento.
Em dez episódios da série, os especialistas acompanham os três casais em tudo, inclusive na lua de mel. Eles participam dos encontros com os parentes e das atividades do cotidiano.
Para os casais, espécie de cobaias nessa experiência, é a chance de lidar com situações como a atração física, a decisão de beijar no primeiro encontro e a intimidade na lua de mel.
Após cinco semanas de convivência, os especialistas se reúnem com os casais para saber se eles continuam juntos ou vão se separar.


Publicada em 17/06/2015 – O DIA

Tom Cavalcante diz que foi preciso coragem para sair da mesmice e voltar à TV com '#Partiushopping'

Rio - Afastado da TV há quatro anos, Tom Cavalcante não estava com saudades. “Não queria me repetir. Para voltar, tinha que ser um projeto robusto e ousado”, explica. A série ‘#PartiuShopping’, que estreia hoje, às 22h30, no Multishow, marca o retorno ao ar do humorista, que considera o programa “inovador”. Na sitcom, ele interpreta Gildo, chefe de segurança do Astro Shopping, resgata personagens famosos como o João Canabrava e faz imitações, entre elas a de Roberto Carlos.
“O programa traz um humor que estava faltando na programação da TV, um humor que reflete os costumes e os tipos brasileiros”, argumenta Tom, que admite semelhanças com o ‘Sai de Baixo’. “Toda comédia de situação, com família, grupos e núcleos, sempre tem comparação. Só que a linguagem evolui, e a gente traz um novo conteúdo.”

O humorista diz que pretende agradar à família brasileira. “De A a Z, mamãe, titia, Peppa Pig e cia”, brinca. Para isso, no entanto, ele sabe que deve ter cuidado com as piadas e a onda do ‘politicamente correto’ que se espalha nas redes sociais.

“O patrulhamento ficou muito chato”, reclama Tom, que acrescenta: “Há uma incomodação por qualquer tema que as pessoas se posicionem. Se hoje você defende uma bandeira de qualquer coisa, seja política, seja do doce que você comeu e gostou, vão aparecer umas 400 pessoas para dizer que ‘quero que você enfie...’ (risos) e outra vai dizer ‘que ridículo’. Estão de plantão lá.”

Tom confessa que já se importou mais com esse patrulhamento. “Passei a me policiar. Se fosse fazer o Pit Bicha hoje, por exemplo, talvez houvesse uma reação negativa. Foi um sucesso num momento em que o Brasil estava muito relax”, diz. Num dos episódios do novo sitcom, ele interpreta um gay e aproveita para passar uma mensagem contra a homofobia. “Faço de forma leve e brincalhona, sem preconceito, sem querer alfinetar. No final, digo que, para ser cor- de-rosa tem que ser muito macho.”

Quando deixou a Record em 2011 e foi para Los Angeles (EUA), onde passou dois anos fazendo workshops e produziu um média-metragem, Tom não estava satisfeito com os rumos de sua carreira, após 21 anos na TV aberta. “Precisava sair daquela mesmice e, para isso, é preciso ter coragem. Porque a primeira coisa que a gente pensa é: vou ficar desempregado, vão me esquecer, não vou ter mais dinheiro”, assume.

Antes de assinar com o Multishow, do Grupo Globo —“O bom filho à casa torna”, comemora —, o humorista chegou a conversar com Silvio Santos sobre sua possível ida para o SBT. O que acabou não acontecendo por falta de espaço na grade. “Na verdade, as emissoras convidam, contratam, mas não pensam muito no que vão fazer com você. No Multishow, já estava tudo no papel”, conta.
Em ‘#PartiuShopping’, gravado em um estúdio em São Paulo com plateia de 240 pessoas, Gildo é o chefe da segurança que se envolve em confusões após a morte do presidente da empresa, que deixa o Astro Shopping para ele como herança. Mas a família tenta a todo custo evitar que o funcionário trapalhão assine a documentação. O elenco tem Nany People, Danielle Winits, Monique Alfradique, Camilla Camargo, Alex Gruli e Léo Castro.

“A gente fala de economia, política, tudo na nossa linguagem, dá umas pontadas. Acho que o humor tem essa força para falar de temas polêmicos. Mas a gente evita usar o palavrão como recurso de risada”, diz Tom.


Publicada em 15/06/2015 – O DIA

Domingos Montagner, o Miguel de 'Sete Vidas', diz que não atua para ser galã

Rio - É numa manhã nublada que vamos ao encontro de Domingos Montagner, na Marina da Glória, durante uma gravação de ‘Sete Vidas’. Atencioso e educado, o ator de 53 anos aproveita o intervalo do almoço para fazer as fotos dessa edição. “Não gosto de foto”, admite ele, que fica pouco à vontade diante da câmera. Mas nada de estrelismo. Até porque isso nem combina com o jeito tranquilão do intérprete do solitário Miguel, oceanógrafo e navegador que descobre ser pai de sete filhos, seis por inseminação artificial, na trama das seis.
“Me identifico com ele por entender que cada um tem a sua vida, não pode interferir na vida do outro. Não dou palpite se não me pedirem”, diz Domingos, que arremata: “Também gosto de ter meus momentos de solidão. Adoro reunir as pessoas, fazer churrasco, bater papo com todo mundo. Mas tem dia que quero sair sozinho, ir ao cinema”.
O sucesso não fez com que Domingos mudasse sua postura nem sua rotina. Esse paulista do Tatuapé é bem pé no chão, sem deslumbre com a profissão que iniciou há quase 30 anos. A carreira na TV só decolou há quatro temporadas, com ‘Cordel Encantado’ (2011). Hoje, curte, discretamente, a repercussão de seu primeiro protagonista em novelas.
“O êxito na TV é diferente do teatro porque a visibilidade é maior. Pelo ofício, não vejo diferença. O que muda é que você é mais reconhecido. Continuo trabalhando, porque sucesso é o canto da sereia, é efêmero. Meu chão é o trabalho”, enfatiza o ator, que é formado em educação física e deu aulas em várias escolas de São Paulo, durante dez anos, antes de se apaixonar pelos palcos do circo e do teatro. “Sou um cara muito satisfeito com as minhas escolhas. Me sinto privilegiado por fazer o que gosto”.
Com a escassez de atores talentosos e boa pinta na sua faixa etária, ele virou uma das apostas de galã da Globo. O rótulo já o incomodou muito por reduzir seu trabalho a um padrão estético. Mas, hoje, não dá importância.
“Prefiro ver como uma função dramatúrgica. Não entro numa novela para ser o galã. Se pensar assim, estou perdido”, avalia ele, que cita colegas de profissão que receberam o rótulo: “Se eu fizer 10% do que o Antônio Fagundes e o Francisco Cuoco fizeram, por exemplo, acho genial. Há atores que têm esse peso. Vai além do talento e da técnica”.
A maneira de lidar com a fama também é tranquila. Domingos não se incomoda em dar autógrafos e tirar fotos, contanto que não esteja com sua família. Casado há 13 anos com Luciana Lima e pai de três meninos — Dante, de 4 anos, Antônio, 8, e Léo, 12 — ele quer preservar a privacidade de todos. “Eu lido com isso com muita naturalidade. Mas, se estou num restaurante com meus filhos, não gosto. Não quero submetê-los a isso. Sou um cara reservado. Já passo por um processo de exposição enorme. Não fomento isso”, explica ele, que só usa as redes sociais para divulgar os espetáculos de sua companhia teatral. “Não coloco fotos da minha família no Facebook”.
Se existe um assunto que deixa o ator sem graça é o seu sucesso com as mulheres. Personagens como o capitão Herculano de ‘Cordel Encantado’ (2011), o sedutor presidente da República em ‘O Brado Retumbante’ (2012) e o turco Zyah em ‘Salve Jorge’ (2012) só ajudaram a acender mais o fogo do público feminino. “Não fico muito à vontade com isso. Não me vejo nesse personagem catalizador. Sou um cara tímido. Por isso, não gosto de fotos”, diz ele. “As mulheres são mais propensas a fazer fotos, mas sem afetação, sem loucuras”.
Na trama das seis, escrita por Lícia Manzo, Miguel tem dificuldades de estabelecer relações afetivas por causa de um trauma da infância — sente-se culpado pela morte da mãe. Apaixonado por Lígia (Deborah Bloch), não consegue se acertar com ela, nem com os sete filhos, seis deles frutos de doação de sêmen feita ainda na juventude.
“Ele começa a lidar com os filhos não por se sentir pai, mas por situações que o levam a mudar essa relação”, conta o ator, que aprova os casais (héteros ou homossexuais) que recorrem à inseminação artificial para ter filhos. “É um processo natural nos dias de hoje, um recurso válido. Sou de uma família tradicional, com pai e mãe. Mas o conceito de família é claro: são pessoas ligadas por laços afetivos”.
Se na ficção ainda está aprendendo a lidar com a prole, na vida real Domingos se desdobra para ser um pai presente, mesmo morando no Rio, por causa da novela, e os três filhos em São Paulo. “Ser pai é um chá de realidade. Você tem uma pessoa para educar. É a única relação para a vida toda”, resume ele, que ressalta a importância da referência paterna. “A maneira como você se relaciona com a mãe, os amigos e as pessoas do trabalho, a criança absorve isso tudo. É uma responsa, dá trabalho”.
Em casa, o ator gosta de brincar e comer junto com os filhos, mas criou alguns códigos. “Ensino o porquê dos limites. Quando me sento para almoçar, não atendo telefone, e eles não veem televisão”, conta. “Assisto a futebol na TV com eles. Não tenho muito hábito de ir ao estádio, pela minha rotina. Mas jogo bola... Eles adoram”.
A família já se acostumou com sua rotina de viagens. “Meus filhos mais velhos já dormiram em trailer comigo, vivendo do circo e do teatro”, revela. Mas agora o lado aventureiro de Domingos vem se identificando com o navegador, e ele já não descarta a possibilidade de ter um barco. “É apaixonante, sentir o vento no rosto, controlar a vela, a liberdade e o contato com a natureza”, diz ele, que fez aulas para velejar. “O barco tem semelhanças com o circo, uma rotina de manutenção. O mundo do velejador é o barco. No circo, a vida é a lona”.


Publicada em 14/06/2015 – O DIA
Foto Maíra Coelho