terça-feira, 23 de agosto de 2011

Muita estampa para pouca finesse

Quando o ambicioso Antenor (Caio Castro) esculachou a mãe, Griselda (Lilia Cabral), na estreia de Fina Estampa, pensei estar assistindo a uma versão da novela das sete. A trama é a mesma de Morde e Assopra, em que o filho metido a besta, Guilherme (Klebber Toledo), tem vergonha da mãe batalhadora e sem estudo, Dulce (Cássia Kiss). Se os personagens trocassem de folhetim, daria no mesmo. Mas este é apenas um dos muitos clichês da nova novela das nove: tem ainda a mulher que apanha do marido - Celeste (Dira Paes) e Baltazar (Alexandre Nero) -, e a dondoca rica, Tereza Cristina (Chrtistiane Torloni), que gosta de humilhar os empregados por puro prazer. Vai ser duro acompanhar 180 capítulos com Torloni gritando e dando chiliques. Sem falar que a personagem é parecida com outras que a atriz já fez, como a histérica Melissa, de Caminho das Índias. Para enfatizar o jeitão masculino de Griselda, a 'marido de aluguel', vulgo Pereirão, a turma do figurino e da caracterização abusou do estereótipo. Sorte de Lilia Cabral que não vai vestir macacão nem carregar caixas de ferramenta por muito tempo, já que a protagonista vai ganhar na loteria e tomar um banho de loja - olha aí outro clichê: o patinho feio que vira cisne! A abertura é de doer: tem cara de comercial de perfume com música ruim.

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