segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

ESPECIAL DO DIDI: PRA RIR OU CHORAR?


Existe uma expressão no jornalismo que se aplica ao especial de fim de ano Meu Querido Trapalhão, sobre a vida de Renato Aragão: "faltou dizer". A grande preocupação dos redatores e da direção do programa foi contar o início da vida do humorista. Isso num clima puxado para o drama, com uma trilha sonora de entristecer qualquer um e com o homenageado sempre à beira do choro. Foram tantos detalhes dramatizados em tantos minutos, que parece ter faltado tempo para falar mais da carreira de Renato, de seu humor na TV e no cinema. Muito esporadicamente passava uma ceninha de algum filme ou de Os Trapalhões, na Globo. De repente, a atração deu um pulo na vida do comediante: da mudança para o Sudeste à formação do quarteto Didi, Dedé, Mussum e Zacarias. Faltou contar sobre os humorísticos A E I O Urca, A Cidade Se Diverte, Adoráveis Trapalhões (com os cantores Wanderley Cardoso e Ivon Curi, além do lutador de Telecatch Ted Boy Marino), Uma Graça, Mora?, Praça da Alegria, Quartel do Barulho, Café sem Concerto, Os Insociáveis (com a cantora Vanusa e o comediante Roberto Guilherme, o Sargento Pincel) e, aí sim, Os Trapalhões. Não se falou de seu trabalho como Embaixador da Unicef, da apresentação do Criança Esperança e, muito menos, da atual Turma do Didi. Outra coisa: por que Dedé Santana não deu um depoimento sobre o companheiro de tantos anos? Aliás, por que só os parentes falaram sobre Renato, e, mesmo assim, sem créditos que pudéssemos identificá-los? Por que não foram contadas histórias engraçadas, momentos divertidos, o melhor dos 50 anos desse profissional que se dedica a fazer rir, e não a buscar emoção pelas lágrimas? Um programa pra cima, isso sim. Com a cara do Didi Mocó Sonrisépio Colesterol Novalgino Mufumbbo, que alegrou tanto a minha infância e a de milhões de brasileiros. Ah, ia faltando dizer: O ponto alto do especial ficou por conta de Vinícius de Oliveira, que deu um show como Renato Aragão jovem.

2 comentários:

  1. Foi deprimente. Pra mim, que aos 50 anos, tenho orgulho de dizer que desde a minha infância, acompanhava os trabalhos deste enorme grupo, e pude assistir ä primeira formação dos Trapalhões, com Roberto Guilherme, Wanderley Cardoso, Ivon Cury, Ted Boy Marinho e uma trupe de artistas "da pesada", que se transferiram da TV Tupi (saudades!) para a Globo por ocasião da contratação do Renato Aragão. Tem muita, mas muita gente que deveria ser brevemente mencionada, como Tião Macalé, Terezinha Eliza, e o grande Walter Stuart, que fazia o "maluco", na TV Tupi, aquele cara que usava uma luva na cabeça e que o Renato Aragão copiou...
    Outra coisa que não gostei é ver, quem quiser pode assistir novamente que também verá, o tremendo distanciamento entre os filhos do primeiro casamento do Renato, e a sua segunda família, o quanto que a Lílian e a Líviam gostam de aparecer, tirando o momento dos outros filhos...
    Sinceramente, não gostei mesmo, e Renato, que já tinha perdido muito do meu respeito, ali se afundou, inclusive não mostrando imagens ou filmes do seu primeiro casamento, que durou 34 anos...
    Patético!

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