sábado, 15 de janeiro de 2011

Final de Passione: mais uma expectativa frustrada

Assim como o segredo de Gerson não satisfez as expectativas do público, o final de Passione foi previsível. Exceto pela prisão de Fred, que muitos achavam que ia continuar dando golpes ao lado de Clara. No mais, nenhuma novidade. Até o falecido polvo Paul já sabia que Clara era a assassina de Saulo. O último capítulo foi muito longo - cheio de intervalos comerciais! -, mas os desfechos se atropelaram. Tudo muito corrido. Grazi e Taís Araújo fizeram figuração de luxo para a cena patética em que Clô e Olavo reataram. Sem falar em Patrícia Pillar, que só entrou no apagar das luzes para não deixar o tonto do Totó sozinho. Aqui, vale uma ressalva: só um grande ator como Tony Ramos poderia dar dignidade a um personagem como esse, . Agora, também é possível entender por que Fernanda Montenegro passou a novela inteira falando "Meu Deus!, Meus Deus!". Com tantos parentes desajustados - Saulo era mau caráter e pedófilo; Melina, louca e obsessiva; Gerson viciado em cheirar o computador; o neto Danilo dependente de crack e a nora, Stela, pegando o neto dela - Bete Gouveia só podia mesmo pedir ajuda dos céus. A última cena deixou claro quem foi a dona da novela: Mariana Ximenes, que ganhou um merecido big close pelo bom trabalho. Mas uma pergunta não quer calar: será que Fred não poderia pedir um novo julgamento com aquele cartão que Clara lhe mandou de uma ilha do Pacífico? Afinal, o cartão da biscate é uma confissão do crime ao mencionar a faca que ela escondeu atrás da geladeira do pilantra - Reynaldo Gianecchini até que não se saiu mal no papel de um bandido de quinta. Enfim, anta mesmo é Fred, que pagou o pato pela morte de Saulo.

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