quarta-feira, 1 de junho de 2011

Mulher Invisível: mais apelo sensual e menos comédia

A Mulher Invisível tem qualidades. E não digo isso por causa de Luana Piovani. A atriz que dá corpo a Amanda, espécie de mulher ideal, até que veste bem a personagem, emprestando suas formas exuberantes para um desfile de calcinhas e sutiãs. Mas o problema é que a belezoca fala. Aí, a coisa se complica e o encanto pela fêmea fatal se quebra. O que vemos é mais do mesmo que Luana já mostrou na fraquíssima série Na Forma da Lei, em que vivia uma delegada durona e - verdade seja dita - aparecia bem mais vestida. E vamos combinar: nem se quisesse Luana passaria em branco!
Mas a comédia romântica que teve origem no longa-metragem de 2009 não se resume apenas ao apelo sensual da atriz que bota paparazzi pra correr. Selton Mello está bem como o publicitário Pedro, que passa por uma crise criativa e a rotina do casamento. Há quem ache que o ator se repete, mas defendo que Selton consegue sempre dar uma pegada diferente em cada personagem.
Amanda só existe na imaginação de Pedro. Como ele é o único que a enxerga, a confusão é inevitável quando contracenam com outros personagens, o que rende sequências bem divertidas. Débora Falabella, que vive Clarisse, a mulher de carne e osso de Pedro, é uma boa surpresa num papel cômico, embora, às vezes, tenha subido o tom além da conta. Na estreia, A Mulher Invisível ficou à meia boca, mas tem potencial para mostrar mais, muito mais... Vamos aguardar!

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