sábado, 9 de julho de 2011

O reencontro emocionante de Júnior com o algoz do Fla

Não sei se Angélica entende de futebol, nem se torce pelo Flamengo. Mas a apresentadora do Estrelas marcou um belo gol ao fazer uma entrevista com Júnior, ex-jogador rubro-negro e comentarista esportivo da Globo, no Estádio Nacional de Santiago, no Chile, onde o Mengão disputou o segundo jogo das finais da Libertadores de 1981 contra o Cobreloa. A partida foi uma guerra. Zico foi caçado em campo. Adílio sofreu um corte no rosto. Lico saiu com olho roxo. Júnior, caído, levou pisão na perna. Um zagueiro chileno foi apontado como o principal vilão: o botinudo Mario Souto. Trinta anos depois, o ex-lateral esquerdo do Fla contava a Angélica detalhes e lances daquele jogo violento quando um senhor grisalho e barrigudo entrou em campo. Para surpresa do Maestro, era o algoz do rubro-negro. Souto abraçou e reverenciou Júnior como grande jogador, mas disse que, na época da decisão, eram todos iguais dentro das quatro linhas. De aparência frágil e educado, ele nem parecia aquele beque desleal que distribuiu socos e pontapés nos rubro-negros. O encontro foi emocionante - Júnior chegou a esfregar as mãos nos olhos pra conter as lágrimas. Evitando as rixas do passado, Souto negou a acusação de que usara uma pedra ou um objeto cortante, escondido nas mãos, para ferir os craques do Fla. Não convenceu muito. Mas o ex-zagueiro tem razão numa coisa: acabou, isso é passado! Até porque essa história teve um final em vermelho e preto, com o Mengão vencendo o terceiro jogo e sagrando-se campeão das Américas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário