terça-feira, 9 de outubro de 2012

É guerra! Torta voa pra todo lado na novela das sete

Aberta a temporada de torta na cara! E a primeira vítima foi Edson Celulari, logo no primeiro capítulo de ‘Guerra dos Sexos’. Roberta (Gloria Pires) acertou o bolo bem na cara de Felipe, personagem do galã. Mas a cena mais esperada da trama de Silvio de Abreu só vai acontecer no nono capítulo: Tony Ramos, o Otávio II, e Irene Ravache, a Charlô II, se sujaram muito ao refazerem a antológica ‘guerra de comida’ entre os primos vividos por Paulo Autran e Fernanda Montenegro na primeira versão.


“Ficou um barato! As pessoas riam no estúdio. Eu e Irene também rimos muito, era uma brincadeira. Nossa preocupação era sujar pra valer logo. Foi tão indolor que a cena saiu com humor que tinha de ter”, conta Tony Ramos. A gravação foi feita de uma só vez, sem ensaios, exatamente como a cena de 30 anos atrás.

“Foi direto. Não se pode errar essas coisas. Às vezes, o diretor queria mais pedaços na cara, pedia para a gente jogar outra vez, só para sujar mais. Foi um happening, uma alegria. E o importante foi acreditar nessa alegria e entender que o ódio dos personagens tinha que ser para valer. A gente não podia ter dó de jogar na cara um do outro aquela meleca toda”, diz Tony.

Mas a guerra entre Otávio II e Charlô II não saiu barato. Na mesa de café da manhã, além de leite, suco, iogurte e pães, os dois atiraram um na cara do outro seis tortas de damasco com creme de chantilly, encomendadas pela produção à Confeitaria Kurt (Rua Gal. Urquiza 117, loja B, Leblon. Tel: 2294-0599. Preço: R$ 85, a grande, e R$ 70, a pequena). Carro-chefe de vendas da loja, a tradicional guloseima também foi usada na batalha entre os personagens da primeira versão.

No meio do barraco, com comida voando para todo lado no cenário, Tony Ramos lembra que Irene Ravache não conseguia enxergar em certo momento. “Foi por causa do iogurte que caiu nos olhos dela. Ardeu!”, revela o ator, contendo o riso. “Foi difícil atuar com iogurte nos olhos. Ele bateu e foi descendo lentamente, se espalhando por todo lado. Um horror”, brincou a atriz.

Se Irene perdeu a visão por alguns segundos, Tony teve dificuldades para se livrar da sujeira. A atriz entrega uma engraçada história de bastidores sobre seu colega, conhecido por ter muitos pelos no corpo. “Tony contou que, quando foi tomar banho, foi terrível. Como ele é muito peludo, ficou cheio de cerejinhas”, diverte-se ela.

Edson Celulari, que faz o papel que foi de Tarcísio Meira em 1983, também achou divertido ser atingido por um bolo. “Quando li o primeiro capítulo e vi que a cena do Felipe acabava com uma tortada na cara, decidi que queria fazer. É muito engraçado! O barato da carreira de ator é diversificar. Se fizer sempre a mesma coisa, o público não vai querer ver”, avalia.

A comédia pastelão é um dos principais ingredientes da trama. E outras tortas na cara virão. Tony Ramos sabe que haverá comparações, mas frisa que agora a história é outra. “Quando temos dois ícones da dramaturgia, como Paulo e Fernanda, a cena deles é para toda vida. Agora, fizemos a nossa cena, com outra leitura. Tendo essa consciência dramatúrgica, tudo fica mais fácil”, conclui.


PUBLICADA EM O DIA, EM 2/10/2012

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