quinta-feira, 30 de junho de 2011

Marcelo Adnet rouba a cena de Danilo Gentili

Foi divertida a entrevista de Danilo Gentili com Marcelo Adnet na estreia do Agora É Tarde, na Band. O humorista da MTV roubou a cena do anfitrião, fazendo piadas sobre seu casamento com Dani Calabresa e "o elenco de segunda" do programa. Adnet ainda brincou, dizendo que Danilo estava "a cara do Datena" e afirmando que se sentia como "o primeiro passageiro do Titanic". Será que a atração naufraga? Acho que não, mas talvez sejam necessários alguns ajustes. Tem gente demais no palco: Marcelo Mansfield atua como locutor, e a dupla Murilo Couto e Léo Lins faz reportagens e também ocupa uma bancada. Os três são de stand-up comedy e interagem com Danilo, dando pitacos como numa roda de amigos - o que não significa que são engraçados o tempo todo. O programa ainda ressuscitou uma banda, o Ultraje a Rigor - o vocalista Roger ainda não consegue dizer uma frase inteira e compreensível. Danilo Gentili, que abusa do deboche no CQC, não pareceu tão descontraído e natural como prometera na função de apresentador. Tudo bem, deve ter sido o nervosismo da estreia. Mas agora é tarde!

terça-feira, 28 de junho de 2011

RECORD ESTÁ DE LUTO POR AMIN KHADER


Amin Khader não morreu, mas a Record vai precisar de um tempo para sair do luto. Ao anunciar precipitadamente no programa Hoje em Dia a morte do seu repórter e humorista, a emissora ignorou um dos princípios básicos do jornalismo: não checou a informação. Deu uma "barriga" histórica e pagou mico em rede nacional - Chris Flores, uma das apresentadoras da atração, chegou a chorar, ao vivo. Por mais que o boato tivesse se espalhado nas redes sociais da internet era obrigação da emissora paulista confirmar a notícia, que foi repercutida com colegas de trabalho de Amin, como Tom Cavalcante e Ana Hickmann. Minutos depois, a Record desmentiu o falecimento, mas o estrago já estava feito. A falsa morte ganhou destaque em toda a programação - até no sensacionalista Cidade Alerta, de José Luis Datena. Se tudo não passou de brincadeira de mau gosto, envolvendo o promoter e amigo da "vítima", David Brazil - quem primeiro deu a notícia no Twitter -, ou estratégia suicida do próprio Amin para aparecer, o resultado foi pavoroso: um tiro no pé. Promoção negativa, que só levanta suspeita sobre os envolvidos. Para a Record é um incidente que compromete a credibilidade de seu jornalismo.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Show de talentos e bizarrices

Tem gente que canta, que dança, que sapateia e que faz qualquer tipo de maluquice. No Qual É o Seu Talento?, do SBT, é possível ver de tudo um pouco. O programa é uma versão revisada e ampliada do inesquecível Show de Calouros, mas também tem um pé - ou dois - de inspiração no reality Go Talent - formato da Freemantle, produtora que acusa a emissora de Silvio Santos de plágio. Cópia ou não, a atração é capaz de surpreender com alguns candidatos realmente talentosos, principalmente cantores, artistas circenses, grupos vocais e de street dance. Mas há bobagens como uma dupla - pai e filho - de palhacinhos sem a menor graça ou um adestrador de animais que ensinou um ratinho a mergulhar. Esses dois concorrentes levaram pau dos jurados Cyz Zamorano, Arnaldo Saccomani, Carlos Miranda e Thomas Roth, que já tiveram missão mais edificante: julgar os candidatos de Ídolos, quando o reality era exibido pelo SBT. Vez ou outra, o quarteto se vê diante de bizarrices, como um homem que chora colorido, e outro que come lâmpadas. Nem sempre os jurados conseguem manter o rigor. O mago que engole agulhas e as cospe de volta, já com a linha, recebeu sinal verde para ir à semifinal. Até Arnaldo, que faz o papel do carrasco, com seu mau humor risível, aprovou a performance do candidato dublê de costureiro. Na coxia, o apresentador André Vasco tenta fazer, sem sucesso, piadinhas com os artistas. Mas quem brilha mesmo é o júri, independentemente do que é exibido no palco. Diversão despretensiosa, que passeia pelas raias do ridículo, mas não chega a incitar a vergonha alheia. 

domingo, 26 de junho de 2011

Festival de Parintins: briga de bois que dá sono

Festival de Parintins é programa pra boi dormir. Com todo respeito ao folclore amazonense, sou obrigado a dizer: como é chato esse duelo entre Caprichoso e Garantido. Transmitida ao vivo pela Band, a festa pode até atrair uma multidão de turistas pelo aspecto cultural e exótico, mas como espetáculo televisivo não empolga, não. Dá sono mesmo. A apresentação dos bois-bumbás é longa demais - duas horas e meia para cada um, uma eternidade. A música é uma toada cansativa, não tem, por exemplo, o ritmo contagiante do samba. No bumbódromo, os bois evoluem sem sair do lugar, o que só colabora com a sensação de repetição. O movimento fica por conta da entrada e saída dos carros alegóricos e a troca de fantasisas dos integrantes. Muito pouco para mexer com o público do sófa. Téo José, experiente locutor de futebol e Fórmula Indy, faz o estilo econômico, fala menos do que o habitual, porque não tem mesmo o que narrar. Parece que ele está com o grito de gol preso na garganta. Quando levanta a voz para tentar passar alguma animação, não convence. Os repórteres se esforçam para buscar curiosidades dos bois - um dos bastidores mais batidos é mostrar as pessoas que manipulam as alegorias. No camarote, o problema é a falta de entrevistado famoso. Na primeira noite, o máximo foi um executivo de um banco que patrocina o evento. A entrevista tinha pinta de ação de merchandising. E, assim, o boi foi pro brejo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Morte de Milton: atropelamento realista em 'Insensato'



Foi muito bem feita a cena da morte de Milton (José de Abreu) em Insensato Coração. O malandro, que estava sendo ameaçado por Ismael (Juliano Cazarré) com uma arma, saiu correndo do carro e foi atropelado por um ônibus da linha 154 (Central - Ipanema), no Aterro do Flamengo. Uma câmera colocada dentro do veículo flagrou a expressão de pânico do personagem no momento do choque. Depois, o corpo é mostrado debaixo do ônibus. Além de tecnicamente perfeita, a sequência teve agilidade e tensão na medida exata.
Milton, que estava chantageando Norma (Gloria Pires), se junta a outros 12 personagens que tiveram fim trágico na trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares: foram assassinados, vítimas de acidente ou morreram por causa natural. Nem a novela policial de Silvio de Abreu, Passione, teve tantos defuntos.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Casos de Família: roupa suja lavada diante das câmeras


A mulher reclama que o marido não a respeita e que ele mexe com outras na frente dela. O sujeito se defende, dizendo que a 'patroa' é muito ciumenta e que ela já o feriu com uma faca mais de uma vez. O casal sem-vergonha lava a roupa suja da relação diante das câmeras. Christina Rocha, apresentadora do Casos de Família, no SBT, confronta marido e mulher, fingindo fazer o papel de mediadora. O tema já diz tudo: "Meu Casamento é Um Reality Show". Parentes e amigos do casal são chamados ao palco para darem depoimento. Em vez de colocar panos quentes, Christina bota pilha na discussão. Afinal, se não houver barraco, o programa não tem sentido. Todos falam ao mesmo tempo, brigam, xingam e até riem. É tudo tão inacreditável que dá vontade de rir também. No fim, parentes e amigos vão para uma espécie de confessionário, como se fosse no Big Brother, e votam em quem deve ser "eliminado": marido ou mulher. O casal vai embora sem nenhuma solução prática, mas ainda ouve um conselho de Christina para tentar se acertar. Para o programa, pouco importa quem tem razão. O que vale é o show - e a audiência! - que os convidados proporcionam. Lamentável!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Datena muda de canal, mas continua gritando absurdamente

Aos brados, José Luiz Datena anunciou que estava estreando no comando do "novo" Cidade Alerta nesta segunda-feira. Mas o programa não tinha nada de novo, a não ser a volta do apresentador à Record, após oito anos. A emissora repatriou Datena com direito ao pacote completo: o jeito combativo e resmungão, com pose de paladino da justiça, sempre aos berros. É mais do mesmo que o público já viu na Band. Só mudou de canal!
"Não é bom negócio enfrentar a polícia. Senão, é meio caminho pro caixão", avisa o apresentador, enquanto chama o indefectível comandante Hamilton, piloto de helicóptero, para acompanhar uma grande operação da PM na zona norte de São Paulo. Datena, como sempre, manda abrir a tela para mostrar as imagens aéreas, ao vivo. Quando o diretor corta para o estúdio, ele reclama: "Não precisa colocar minha cara toda hora! Não aumentaram meu salário". O mais engraçado é que ele acabou de ser contratado por cinco anos e já fala em aumento... 
Numa favela do Rio, o Cidade Alerta mostrou a perseguição do helicóptero da polícia a um bandido armado com fuzil, que atirou na aeronave, levou chumbo de volta, mas conseguiu escapar. Bem ao seu estilo, Datena vibrou com as imagens flagradas - repetidas à exaustão -, exortou a ação policial e esculhambou - como sempre - o "vagabundo".
A impressão é que hoje nenhum programa policial pode abrir mão do helicóptero, equipamento fundamental na cobertura de qualquer ação ao vivo. As imagens aéreas aproximam o telespectador do fato, com cenas de perseguição, de tiros e até de vítimas. É o apelo à emoção e à curiosidade natural do público pela desgraça. Um grande trunfo para prender a audiência. E, verdade seja dita, Datena sabe tirar proveito desse recurso como ninguém. Mas não dá pra aguentar seus gritos.

PÂNICO APELA PARA VIOLÊNCIA FÍSICA

Há algum tempo o Pânico na TV! vem perdendo a graça. Várias tentativas já foram feitas para voltar a atrair o público: trocaram as duplas de humoristas, criaram histórias - algumas deprimentes até - em capítulos, aumentaram a participação das Panicats, enfim, de tudo um pouco. Mas nada é pior do que os quadros com violência física, que foram ficando cada vez mais apelativos com o passar dos anos. Se é consensual, se os atores do programa topam apanhar, se machucar, ser humilhados, problema deles. Mas ninguém, numa noite de domingo, assistindo a um programa definido como humorístico, fica impassível diante de um quadro que pretende reviver cenas de filmes famosos e agride os participantes. Hoje, o sempre sádico diretor de externas Marcelo "Bolinha", que adora ver Marcos Chiesa, o Bola, todo estropiado, investiu em Jogos Mortais. Além de Bola, Eduardo Sterblitch (o Freddie Mercury Prateado) e mais dois atores do segundo escalão do programa ficaram de joelhos e levaram com uma bola, pesando um quilo, na cabeça. A "brincadeira" poderia ter resultado em fratura ou coisa bem pior. Além disso, foram atingidos por "tiros" de uma arma de paintball, que o diretor gabava-se de ser "a mais moderna, mais forte". Bola e Eduardo ficaram machucados - lesões como se fossem de queimaduras - no abdômen, que a atração fez questão de mostrar em close. Nada ali foi engraçado. Nada ali foi dignificante para crianças e adultos verem. Tudo foi enojante.

domingo, 19 de junho de 2011

Miss RJ 2011: duro foi encontrar mulher bonita

Bumbum caído, celulite, coxa mole, barriguinha saliente. Definitivamente, o perfil de miss mudou muito... e para pior! Prova disso foi o inacreditável concurso Miss Rio de Janeiro 2011, que elegeu Mariana Figueiredo, representante de Teresópolis, para desfilar a beleza carioca no Miss Brasil. Fiquei impressionado com a falta de um quesito básico entre as participantes: beleza. Minha decepção só aumentou quando as moças desfilaram de biquíni, deixando à mostra todas as imperfeições que deveriam esconder. Bem que a apresentadora Adriane Galisteu tentou levantar o moral das candidatas, simulando admiração: "Meninas, vocês vão dar trabalho pros jurados!!". E devem ter dado mesmo. Não queria estar na pele deles. Cadê o corpão violão? A elegância? E o glamour? Tudo isso ficou no passado, numa época em que as moças competiam porque eram bonitas e sonhavam representar seu estado e o país. Mas vencedora da noite deu outra conotação ao concurso. Ao ser perguntada, antes de subir à passarela, por que queria ser Miss Rio de Janeiro, ela disse que desde pequena sonhava com isso: "Sempre quis seguir essa carreira". Mas desde quando miss é profissão?

O concurso também ficou devendo em outros quesitos. O orçamento deve ter sido baixo, porque só deu pra levar as candidatas ao Burguer King e a um restaurante de comida a quilo. E os pagodeiros do Jeito Moleque tiveram que se apresentar duas vezes. Sem falar no cenário cafona, e no vestido da Galisteu, que parecia a união de dezenas de lenços de cetim. E que venha o Miss Brasil!!!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Bruce Lee ressuscita na CNT

Zapeando dia desses, parei na CNT e me surpreendi com o seriado Bruce Lee - A Lenda. Resultado: comecei a acompanhar a atração, que é produzida pela filha de Bruce, Shannon Lee, e estrelada por Danny Chan Kwok-Kwan. A série conta a trajetória do superastro das artes marciais, destacando não apenas seu talento para a luta mas aspectos positivos e negativos de sua personalidade. Num dos episódios, por exemplo, fica claro uma certa aversão de Bruce à cultura japonesa, sobretudo quando ele desafia um mestre de caratê, para mostrar a superioridade do Kung Fu. Seu excesso de confiança beirava a arrogância. A narrativa é lenta - o perfil de Bruce é construído com paciência oriental! Há erros de continuidade, cortes abruptos e menos cenas de luta do que os fãs gostariam de ver. Apesar de o seriado ter sido filmado em Hong Kong, Macau, Tailândia, Itália e Estados Unidos, os cenários são pobres - quase sofríveis! Ainda assim, vale a pena conferir essa produção, já que apresenta uma versão da história de Bruce sobre a ótica de alguém da família - diferentemente de outros documentários, que enfatizam mais a força de seus golpes e a carreira no cinema.

Com Bruce Lee - A Lenda - exibida de segunda a quinta-feira, às 22h30 -, a CNT quebra a recente hegemonia das produções mexicanas. A emissora paranaense, que loteou sua grade com programas religiosos e de televendas, tem reservado o horário nobre para novelas e séries da Televisa. No momento, está no ar o folhetim Dona Bárbara. A protagonista, a tal Bárbara (Edith Gonzalez), anda com uma arma na cintura e um chicote nas mãos, odeia os homens e tem sede de vingança, por ter sofrido abuso sexual quando menina. Já o galã, Santos Luzardo (Christian Méier), tem cara de canastrão, como a maioria dos personagens masculinos. Todos gritam, brigam e se ameaçam com revólveres. É tudo intenso e exagerado! Um dramalhão com jeito de faroeste espaguete, ambientado numa fake Floresta Amazônica. Não dá para não perder!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

SHOW DOS HORRORES VIRA CULT NA TV

Recebi a dica e fui conferir. O trash do momento que periga virar cult é o Jone Brabo Show, na TV Comunitária (canal 6/NET). Na madrugada de domingo pra segunda, aquele grandalhão, que fazia o Brutão no Zorra Total, o tal Jone Brabo, grita à exaustão: "Vai, otário!", e você não sabe se é para o câmera, para o diretor, para uma de suas dançarinas, as brabetes, ou, pior, para o telespectador. No meio de um cenário (???), coberto por panos coloridos, o anão Arnold Jr. - com um porrete nas mãos-, um bebum, um velho índio, e um ser que veio de Plutão, entre outras figuras com o mesmo grau de estranheza, Jone chama lutadores de Vale Tudo, e conta que vai lançar o quadro Momento da Porrada. Depois, apresenta a banda de rock Almada, manda seu  DJ dar beijo de língua no ser de Plutão, e exibe uma novelinha (!!!), na qual ele luta contra o malvado Dr. Sheet, que quer dar o golpe do baú, casando seu filho com rica Marilyn  Morro, uma anã com peruca loura, filha de Zaca, clone do Zacarias, dos Trapalhões. No meio do casório, aparece o diabo, que é exorcizado por um padre e um pai de santo (vivido pelo "armário" Paulão, aquele que sempre estraga os sonhos de Severino, personagem de Paulo Silvino, em Zorra Total). Lógico que quem resolve a situação é Jone Bravo, simulando uma briga, à la Didi Mocó, com o arquiinimigo. Uma das passagens mais deprimentes da TV brasileira - ouso dizer, desde que foi fundada por aqui, em 1950. A atração, com cerca de uma hora de duração, mostra ainda as "gatas" tatuadas, já que um estúdio de tatoos é patrocinador do Jone. Volta pro cenário (???), aparece um dos câmeras men, de bermudas e chinelos, tentando focalizar a Mulher Bambu - famosa na Cinelândia, por querer fazer programas... de TV - e o rapper Nog Dog, declamando pérolas no estilo "agora que estou cheio de grana, tem um monte de mulher querendo dar pra mim". Enfim, é um circo dos horrores da melhor - ou pior - qualidade. Ou seja, na TV de hoje, tem tudo pra virar cult mesmo...  

sábado, 11 de junho de 2011

Val Marchiori tem dinheiro, só lhe falta o 'gramour'

Pior do que rico esnobe e prepotente é rico deslumbrado e sem noção. Val Marchiori tropeça no salto e se encaixa na segunda categoria. A empresária, que comanda um quadro sobre luxo no 'Programa Amaury Jr.', da RedeTV!, deu um show de futilidade num bate-papo com Amaury e Laura Wie, na madrugada de quinta. Cheia de caras e bocas, balançando os cachos dourados fakes o tempo inteiro, a perua gabou-se de como torra sua fortuna em roupas e sapatos, restaurantes caros e viagens. Abriu a casa, o closet lotado de Versace, sua grife preferida e repetida no programa à exaustão. Tudo que ela faz é motivo para brindar com champanhe! Para a aspirante a socialite, Veuve Clicquot é como água. A moça tem até algumas frases feitas, como "Empresa boa e mulher bonita não falem: trocam de dono" e "Nascer na miséria é imposição, continuar é opção". Se ela norteou sua vida nessa filosofia, dá para entender por que chegou aonde está. Amaury que se cuide!
Mas aí, quando a gente pensa que já ouviu todo tipo de humilhação social, vem o golpe baixo: Val tem um cabeleireiro particular 24 horas por dia. A revelação deve ter causado raiva num monte de mulheres, e inveja em outras tantas. Na tentativa de imprimir uma marca, talvez criar um bordão, Valdirene começa todas as frases com um "Hello" - que também é o nome de seu barco. E não tem nada mais chato - e cafona - do que usar palavras em inglês para parecer "in". A empresária faz tudo para aparecer - e pode pagar por isso! Só que dinheiro não compra elegância, educação, bom gosto... Acho que Val e Lady Kate, do 'Zorra Total', são almas gêmeas: dinheiro elas têm, só lhes falta o 'gramour'.

terça-feira, 7 de junho de 2011

ROBERTO JUSTUS É O NOVO SÉRGIO MALLANDRO

Nesses tantos anos cobrindo TV eu já vi muiiiita gente querendo aparecer. Mas Roberto Justus me surpreendeu. Aquele estilo tirano-grosseirão, copiado do Donald Trump, em O Aprendiz, deu lugar a um genérico de Sérgio Mallandro. Não contente em assassinar as canções de Frank Sinatra em um CD, o homem do topete branco se aventurou a apresentar o 1 Contra 100, no SBT. Uma gaiatice aqui, outra ali, pulinhos, dancinhas e piadinhas sem graça, mas já se preparando para o que viria a ser à frente do Topa ou Topa, da mesma emissora. E, hoje, ele chegou ao auge da pagação de mico ao improvisar no berimbau, entoar um grito de guerra, ensaiar gestos de karatê e tentar jogar capoeira com o participante da atração, Mestre Nenê.

Lá pelas tantas, Justus quis abrir mão até de seu famoso topete, e chegou a questionar se, como o capoeirista, ficaria bem com dreadlocks. "Um dreadlocks grisalho, hein, gente?". Gargalhadas gerais do público, claro. Mas não ficou por aí. Quase no fim do programa, uma das assistentes de palco entra com uma tesoura de jardinagem, ameaçando cortar os dreads de Mestre Nenê. E Justus aposta num mico definitivo: pergunta se poderia tosar a cabeleira do rapaz, caso ele ganhe o prêmio máximo, 1 milhão de reais. Para sorte dos dois, o capoeirista saiu de lá com 159 mil.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pinguim é a nova piada do Pânico

O Pânico é especialista em transformar anônimos em celebridades instantâneas. Pessoas simples como o Zina, a Vovó desbocada, o Charles Henrique e a ex-desdentada Gorete viraram famosos da noite para o dia, à custa de muita gozação do programa. A nova bola da vez é o Pinguim, um portador de deficiência descoberto por Alfinete na torcida do Corinthians. O rapaz, chamado Dalércio Gomes, tem sido o fiel escudeiro do humorista nas últimas semanas. A verdade é que Pinguim, quando não serve de escada para as gracinhas de Alfinete, é a própria piada... Tudo muito graça e, às vezes, constrangedor! Mas o programa insiste na sua vocação de revelar - e explorar - essas figuras. Agora, as namoradas de Vesgo e do Impostor estão na mira da trupe. Para convencê-las a integrar o time de repórteres, o programa usa o argumento de que seus nomes são os mais pedidos entre os internautas. Provavelmente, mais uma enganação! O que ninguém duvida é que as beldades, se fizerem topless em Ibiza (como planeja a equipe), vão alavancar a audiência. No fim das contas, é isso - o Ibope! - que tem pautado o programa.

domingo, 5 de junho de 2011

MISS SÃO PAULO 2011: DEPRESSÃO DIFERENCIADA

Desde criança, amo concursos de miss. Já adolescente, registrava no meu diário todos os quesitos, dava notas, avaliava tudo. Mas a competição - seu glamour, vestidos lindíssimos, coroa de princesa - se perdeu no tempo. E hoje fiquei deprimida ao ver o Miss São Paulo 2011. Apresentado por Adriane Galisteu, com um vestido feio de doer, no cenário que parecia uma parede de azulejos antigos, o concurso não despertou a mínima emoção. A única "vida" vinha da plateia, que, como num programa de auditório, gritava e levantava faixas, quando solicitada. Para ganhar um carro da Volkswagen, a coroa, 10 mil reais em roupas e um curso de inglês, as candidatas a Miss São Paulo se submeteram a ser avaliadas comendo, andando de biquíni e indo ao teatro. Ah, fizeram um passeio cultural ao Memorial da América Latina. E, na saída, uma das beldades foi taxativa: "Aprendemos muito, não só como miss, mas também como pessoa".  E quando perguntadas por que queriam o título, tinham motivos risíveis: "Eu queria a coroa e queria ser a Marta Rocha", alegou a candidata de Americana; "A ideia de ser miss surgiu da minha mãe, que foi miss na época dela", abriu o coração a representante de Catanduva; "Porque tenho potencial e acredito em Deus", levou fé a de Ribeirão Preto; "Beleza todas têm, mas precisa ter conteúdo, e isso eu tenho", apelou a do Sumaré. Tanta beleza, conteúdo e silicone quase não couberam nos vestidos de gala, desfilados depois. De gosto duvidosíssimo, pareciam confeccionados em papel de presente metalizado, com fendas laterais, que davam pra ver até a calcinha das moças. Tudo ao som de Madonna, Disco Inferno, Paula Lima e Falamansa. Depois de perguntas absurdas as cinco finalistas - como "O que você diria a um ET para impedi-lo de destruir a Terra?" -, a justiça foi feita, e a bela Rafaela Butareli, de Marília, levou a coroa para casa. E me bateu uma saudade do Paulo Max, da Ellen de Lima interpretando a Canção das Misses, do Maracanãzinho lotado, da TV Tupi e até do Pequeno Príncipe...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Dança das cadeiras no esporte da Globo

Com a estreia de Tande no Esporte Espetacular, ao lado de Glenda Kozlowski, neste domingo, a Globo aproveita para promover uma dança das cadeiras entre os apresentadores de esporte. Luis Ernesto Lacombe deixa o programa dominical e assume o noticiário esportivo do Bom Dia Brasil. Já Luciana Ávila passa a fazer reportagens para o EE. Alex Escobar continua no comando do Globo Esporte local, enquanto Cris Dias fica na apresentação do GE nacional. Mudanças são sempre bem-vindas, principalmente numa editoria em que alguns profissionais costumam se perpetuar. Aposto que já tem gente torcendo para esse movimento chegar ao time de narradores e comentaristas.

Programa de Sônia Abrão brinca de detetive

Pelo segundo dia, o programa A Tarde é Sua, da RedeTV!, dedica seu valioso tempo e espaço à morte do ex-BBB André Caubói. Surpresa? Nenhuma! A combinação ex-participante de reality e tragédia é tema obrigatório na pauta da atração comandada por Sonia Abrão, que faz uma pretensa cobertura do mundo das celebridades, flerta com o jornalismo policial e sempre resvala no sensacionalismo. O assassinato do caubói ainda vai ser assunto das próximas edições - pode apostar! O velório e o enterro foram transmitidos ao vivo pelo repórter Tony Castro. Constrangimento total, já que a família da vítima nem quis falar! Só Max Porto, vencedor do BBB 9, conversou com Sônia pelo celular. Com ares de grande cobertura jornalística, a apresentadora agora debate com convidados, entre eles um delegado e o ex-BBB Carlão, os motivos do assassinato. O programa brinca de detetive e já especula - mais rápido do que a polícia - que o caubói pode ter sido morto por alguém que o conhecia, que o crime teve um mandante e que o tiro na nuca indica execução. É como disse a apresentadora: "Estamos fazendo um exercício de pensamento". É muito palpite pra pouca informação consistente.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Mulher Invisível: mais apelo sensual e menos comédia

A Mulher Invisível tem qualidades. E não digo isso por causa de Luana Piovani. A atriz que dá corpo a Amanda, espécie de mulher ideal, até que veste bem a personagem, emprestando suas formas exuberantes para um desfile de calcinhas e sutiãs. Mas o problema é que a belezoca fala. Aí, a coisa se complica e o encanto pela fêmea fatal se quebra. O que vemos é mais do mesmo que Luana já mostrou na fraquíssima série Na Forma da Lei, em que vivia uma delegada durona e - verdade seja dita - aparecia bem mais vestida. E vamos combinar: nem se quisesse Luana passaria em branco!
Mas a comédia romântica que teve origem no longa-metragem de 2009 não se resume apenas ao apelo sensual da atriz que bota paparazzi pra correr. Selton Mello está bem como o publicitário Pedro, que passa por uma crise criativa e a rotina do casamento. Há quem ache que o ator se repete, mas defendo que Selton consegue sempre dar uma pegada diferente em cada personagem.
Amanda só existe na imaginação de Pedro. Como ele é o único que a enxerga, a confusão é inevitável quando contracenam com outros personagens, o que rende sequências bem divertidas. Débora Falabella, que vive Clarisse, a mulher de carne e osso de Pedro, é uma boa surpresa num papel cômico, embora, às vezes, tenha subido o tom além da conta. Na estreia, A Mulher Invisível ficou à meia boca, mas tem potencial para mostrar mais, muito mais... Vamos aguardar!