sexta-feira, 22 de setembro de 2017

ELBA, ALCEU E GERALDO AZEVEDO ARRASAM NO PALCO DO ROCK!

  
                                                                POR SIMONE MAGALHÃES

Que 'Grande', o quê?! Foi um 'Enorme Encontro' o show de Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo, no Rock in Rio, hoje. O público começou meio tímido, mas foi só o trio trazer o melhor do sertão para o mar, e os jovens (isso mesmo!) se acabarem na verdadeira música de raiz brasileira. Com o palco Sunset repleto de alusões ao Nordeste - flores e pássaros se misturavam a fotos de Jackson do Pandeiro, desenhos de obras de Mestre Vitalino, e bandeirinhas de festa junina. Com direito a banda de pífanos Zé do Estado, muito frevo com o Grupo Grial de Dança, e desabafos. Como o de Alceu, dedicando sua mágoa "a todo populista destruidor do povo, vai pra essa gente ruim o meu desprezo. Vamos salvar a Amazônia!".
 Depois, foi a vez de Elba soltar a voz, mas com palavras: "Temos que preservar a natureza. Que a gente faça canções que durmam os meninos e acordem os homens. E fora Temer!", gritou, seguindo com a emblemática 'Chão de Giz', de Zé Ramalho. O povo foi à loucura.
Boa parte do repertório do álbum 'O Grande Encontro' (1996) fez a festa, mas também buscaram lá atrás, no passado, o que acharam de melhor. Os três cantaram separadamente, juntos e misturados. Para variar, Elba arrasou em 'Caravana', de Geraldo Azevedo. E seguiu, pedindo a todos que homenageassem "o nosso rei do baião, Luiz Gonzaga", introduzindo a linda 'Sabiá'. Alceu juntou-se à amiga, e cantaram 'Papagaio do Futuro', que o cantor defendeu no Festival Internacional da Canção (FIC), de 1972, já preocupado com a poluição no Brasil ("...Olha que eu fumo e tusso é fumaça de gasolina...").
Quando Geraldo Azevedo começou os primeiros versos de 'Dia Branco', a galera vibrou e seguiu cantando a música sozinha, em muitos trechos. E Elba veio com outra composição dele, 'Bicho de Sete Cabeças', também aplaudidíssima. 
O que se seguiu foram três vozes personalíssimas interpretando 'La Belle de Jour', 'Morena Tropicana' e 'Pelas Ruas que Andei', de Alceu; 'Táxi Lunar', 'Banho de Cheiro' e 'Frevo Mulher', de Zé Ramalho. Fecharam o show com dançarinos de frevo, os integrantes da banda nordestina, chuva de papel picado, fitas de plásticos coloridos em formato de serpentina, enfim, um bailão! Tanto que Alceu continuou dançando, animadíssimo, e, se deixassem, ele não sairia do palco. 
Foi pouco tempo pra muita música boa dedicada aos discípulos de Gonzagão e Jackson do Pandeiro.

FOTO: DIVULGAÇÃO   






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