quarta-feira, 27 de setembro de 2017

MAIS SUSPENSE, AÇÃO E SURPRESAS NA 'CIDADE PROIBIDA'

POR SIMONE MAGALHÃES

Sempre me interessaram histórias de amores misteriosos, casos que acabaram em cadeia ou cemitério. Quando o assunto é detetive lembro-me de Bechara Jalkh, um dos mais procurados não apenas no Rio, mas em todo Brasil, em 50 anos de profissão, para desvendar traições, desaparecimentos, sequestros... Vários ficaram sem solução. Outros, tiveram fins dramáticos. Mas há uma aura sobre a profissão. Não é à toa que Sherlock Holmes, Hercule Poirot, Auguste Dupin e outros vendem tantos livros. Entre os detetives da literatura, e os profissionais de hoje com canetas, óculos e bonés que fotografam e gravam à longa distância, além dos drones, que circulam pelas janelas de casas e motéis, existem os da ficção televisiva. "CIDADE PROIBIDA" (tudo a ver com o atual momento  do Rio, com trocadilho) estreou com um caso comum, principalmente nos filmes hollywoodianos: a esposa envolve uma testemunha ou amante ou apaixonado bobão para não descobrirem que foi ela quem deu cabo do marido, para ficar com o pecúlio.


Vladimir Brichta está bem no papel, sempre cercado de mulheres, do fiel delegado Palhares (Aílton Graça) e de cenas sensuais vindas diretamente de sua imaginação. Acredito que a busca detetive-para-descobrir-traição tenha sido muito  considerada, principalmente pelos mais abonados, nos anos 1950, quando se passa a série. Mas o escritório de Zózimo, que, pelo visto, serve de moradia também, remonta a filmes p&b da indústria americana. Há cenas mais quentes, sim. Só que o preponderante é o heroísmo meio caricato do detetive. Ele pode sacar um revólver, pode levar um tiro apesar do colete à prova de bala, pode rejeitar a prostituta que o ama loucamente, pode até demorar um pouco a entender a relação entre a 'mau-caráter' e o 'vilão' para matarem o marido, mas é o herói charmoso e boa gente, num elenco de atrizes lindas e talentosas. Aliás, com um figurino de cair o queixo, e uma produção de arte impecável.
Essas histórias atraem o público? Claro, dependendo de como são contadas, da ação que é imprimida e, principalmente, do suspense. É fato que o telespectador gosta de ser surpreendido. De tentar descobrir o que acontecerá.
E eu fico aqui torcendo por surpresas, algo bem instigante a cada episódio, com finais tão inusitados quanto.
                                                             

FOTOS:DIVULGAÇÃO/REDE GLOBO/GSHOW/JOÃO MIGUEL JR


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