Rio - Um dos pilotos mais bem-sucedidos do automobilismo
nacional, pentacampeão da Stock Car, Cacá Bueno ainda corre atrás de um sonho:
vencer um campeonato mundial. “É um objetivo mais pessoal do que profissional”,
diz ele, que disputa o FIA GT, uma competição de supercarros. A busca pelo
título inédito é registrada no docu-reality ‘Cacá Bueno — O Sonho do Mundial’,
que estreia amanhã, às 22h30, no Discovery Turbo.
Dividida em cinco episódios, a série acompanha Cacá na
temporada de 2014, quando ele terminou em sexto lugar na classificação geral
com o carro da equipe Team Brasil (BMW). Este ano, o piloto brasileiro compete
novamente no mundial de GT, que começa em abril no circuito de Nogaro, na
França.
Para Cacá, o título representa mais uma satisfação pessoal:
“Apesar de ser um campeonato mundial, ainda tem pouca repercussão no Brasil.
Seria mais um desejo de terminar o ano e ter a sensação de que fui o melhor.”
Além das corridas — Cacá e seu companheiro de equipe Sérgio
Jimenez subiram ao pódio quatro vezes —, a série destaca a convivência do
brasileiro com os outros pilotos e times. A competitividade entre eles é tão
acirrada quanto na Fórmula 1. “Rivalidade sempre tem, ainda mais com tanta
gente de outros países envolvida. Por mais que se dê bem, é difícil disputar
uma corrida batendo porta a porta com os outros pilotos e não ter algum
conflito. A vitória de um sempre significa a derrota de outro. O que se vê na
Fórmula 1 também tem em outros campeonatos”, diz.
O primeiro episódio mostra os bastidores da corrida no
autódromo inglês de Brands Hatch, uma das sete etapas do mundial. Mas a prova
que Cacá prefere esquecer é a de Zandvoort, na Holanda. “Pegamos pista seca,
chuva, acidentes nas duas largadas. O carro não andou bem”, recorda.
Aos 38 anos, Cacá diz que a parte mais desgastante da
competição são as viagens constantes à Europa. “A corrida é o mais prazeroso”,
assegura o piloto, que não tem superstição alguma nem segue qualquer ritual
antes de entrar no carro. “É normal”.
Filho do narrador Galvão Bueno e irmão do também piloto
Popó Bueno, ele lamenta que a família não possa acompanhá-lo com frequência.
“Meu pai dificilmente está no autódromo, por causa do seu trabalho. Ano
passado, ele só esteve em uma corrida. É torcedor como qualquer outro pai de
piloto, mas a gente acaba se falando sempre por telefone. Com meu irmão, a
gente se encontra na pista ou na hora de ir embora”, conta.
Publicada em 22/03/2015 - O DIA
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