manter o olhar de igual para igual, a TV prefere exibir circo de horrores. A título de programas divertidos, 'Pequenas Grandes Mulheres' e 'Big Women' são 'realities' com anãs e obesas, no canal Lifetime. Bom, talvez surjam depois as mulheres barbadas, os homens-gorilas, e outras tantas atrocidades que faziam o público gargalhar no século passado, principalmente nos espetáculos itinerantes no exterior. E não me venham com o papo: "Ah, deixe as moças que têm nanismo e as mais opulentas trabalharem". Mas não é nada disso que acontece: elas estão numa vitrine prontas para os risos sarcásticos, imorais. As Pequenas Grandes Mulheres são estigmatizadas, com visual exagerado, à base de roupas sensuais e maquiagem mexicana, com "problemas" que acreditam que as anãs tenham, intempestivas, brigonas (isso AINDA deve ser engraçado para muitos, infelizmente). Já as plus sizes têm o quê? Dificuldades amorosas, claro! Sonhos, expectativas e encontros frustrados. Uma delas é preconceituosa: se recusa a sair com gordinhos - só quer "magros, com estilo bad boys". E a apresentação dessa "atração" ainda informa que "oferece o melhor conteúdo para a mulher de hoje, a mulher multifacetada, 'perfeitamente imperfeita'". Já não chega a exploração de crianças no programa Pequenas Misses? Entretenimento é uma coisa, ridicularização é outra.
Simone Magalhães
Sinceramente, vocês dois são dois preconceituosos mal amados.
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